Comunidades ribeirinhas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Cujubim, na zona rural do município de Jutaí-AM (632 km de Manaus), encontraram no leito do rio uma saída sustentável para gerar renda. Graças ao protagonismo dos próprios moradores, o manejo sustentável de pirarucu tem se tornado pauta nas duas comunidades da reserva, como uma alternativa para produção sem degradar a floresta. A ação vem sendo apoiada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), por meio do Fundo Amazônia/BNDES e Banco Bradesco, Governo do Amazonas e pela Operação Amazônia Nativa (Opan).

As atividades voltadas ao manejo acontecem desde 2013 na reserva, quando foi realizada a primeira oficina com os moradores das Vilas Paraíso e Cujubim. Desde então são realizadas atividades de mobilização, preparação e despesca, entre os meses de agosto e setembro. Este ano as atividades iniciaram nos dias 18 e 19 de agosto na Vila Cujubim, com uma oficina que definiu o regimento interno da atividade: um acordo comum entre com os deveres de cada participante do processo.

“Um dos grandes destaque é a autonomia da associação de moradores da reserva, que tem atuado para conseguir as autorizações juntos aos órgãos competentes, e mobilizado esforços para engajar os comunitários na atividade”, explica o coordenador da Regional Juruá-Jutaí da FAS, Marcelo Castro.

Entre os dias 20 e 26 de agosto, foi realizada a contagem dos peixes. O censo dos lagos permite a despesca de uma cota dos pirarucus, assegurando a conservação do estoque para o ano seguinte.

Com o orçamento participativo do Programa de Geração de Renda da FAS, desde 2010 as comunidades passaram a contar com novos kits de pesca, que inclui redes e boias, além de lonas e sal para beneficiamento do pescado: a ideia é fazer com que a produção beneficiada dure por mais tempo, superando a distância logística entre pescado e consumidor. A Fundação participa com demais parceiros no fornecimento combustível para o escoamento da produção, e acompanhamento técnico para o desenvolvimento de todas as etapas da atividade.

Na liderança do processo está a Associação de Moradores da RDS Cujubim, com apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), por meio do Fundo Amazônia/BNDES, Governo do Amazonas, através da SEMA e Operação Amazônia Nativa (Opan).

“O manejo de pirarucu é uma atividade que tem se consolidado nos Ultimos anos na RDS Cujubim, promovendo geração de renda entre os moradores, e ajudando a conservar os lagos da região”, explica Marcelo Castro.

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