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Feira da FAS suspende edital para atrações

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) suspenderá temporariamente o edital de credenciamento de atrações para a realização de lives no Instagram da Feira da FAS (@feiradafas), divulgado, nesta semana, através dos meios de comunicação e das redes sociais. A proposta era apoiar classes afetadas economicamente com a pandemia do novo coronavírus, como professores de yoga, contadores de história, músicos, entre outros.

“Diante de algumas manifestações de artistas locais, resolvemos suspender temporariamente o edital. Vamos iniciar um diálogo com a classe para adequar o edital e, de alguma forma, encontrar uma solução para fortalecer o setor em Manaus. A Feira da FAS é feita de forma social e colaborativa, sem fins lucrativos. Tem a missão de apoiar a Economia Criativa e a cena artística da cidade. Não possui recursos próprios. Então, acreditamos que podemos unir forças com a classe para encontrar a melhor proposta”, informou a coordenadora da Feira da FAS, Paula Gabriel.

O edital foi aberto para receber as inscrições e era mais direcionado para o público não profissional de várias classes. Os interessados podiam propor performances como músicas, contação de histórias, atividades para o público infantil, aulas de yoga, bate-papos sobre temas relevantes, entre outras modalidades que seriam apresentadas em lives no Instagram da Feira. Seria uma plataforma para realização de atividades online nesse período de recomendação de isolamento social, enquanto a Feira da FAS de forma presencial não pode acontecer.

A programação da Feira da FAS começa com uma programação zen e de bem-estar, segue com atividades para crianças e, em seguida, com atrações artísticas. A ideia das lives no Instagram era seguir com essa lógica. A Feira está temporariamente suspensa por conta das recomendações de prevenção ao coronavírus.

“Ainda não temos data para o retorno desse edital. Mas, ressaltamos que a FAS também está com um edital aberto para inscrição de atividades na Virada Sustentável Manaus, prevista para o fim do ano. Então, as pessoas que pensaram em participar desse edital da Feira pode inscrever sua proposta na Virada. Desde 2015, a Virada incentiva a cena cultural local, inclusive com pagamento de recursos através da Lei Rouanet”, disse Paula.

FAS lança websérie ‘Soluções para Sustentabilidade’ sobre cadeias produtivas na Amazônia

A cada 15 dias, conteúdos multimídia sobre farinha, cacau, castanha, pirarucu, açaí, turismo, guaraná, óleos vegetais e manejo de madeira serão lançados nas redes sociais e site da instituição.

A Amazônia oferece uma infinidade de produtos e serviços vindos da natureza. Farinha, cacau, castanha, pirarucu, açaí, guaraná, madeira, óleos vegetais e as próprias belezas naturais são recursos disponíveis em rios e florestas da região que alimentam populações no campo e na cidade, geram renda e são a identidade do povo amazônida. Se usados de forma sustentável, ajudam a manter a floresta em pé, conservam o meio ambiente e melhoram a qualidade de vida de populações ribeirinhas e indígenas.

Com apoio do Fundo Amazônia/BNDES, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) apoia comunidades tradicionais na Amazônia que vivem desses recursos naturais dentro de Unidades de Conservação (UC) e fazem deles fontes de renda como cadeias produtivas. Com o propósito de divulgar tais sistemas produtivos, desde a colheita dos recursos naturais, o processamento sustentável e até chegar à mesa do consumidor, a FAS lança a websérie “Soluções para Sustentabilidade”, apresentando nove cadeias produtivas na Amazônia: farinha, cacau, castanha, pirarucu, açaí, turismo, guaraná, óleos vegetais e manejo de madeira.

A cada 15 dias, conteúdos multimídia com vídeo e publicações serão lançados nas redes sociais e site da instituição sobre as cadeias produtivas. A primeira é a farinha, que vai ao ar neste sábado (6) no YouTubeFacebookInstagramTwitter, LinkedIn e site da FAS. Cultura e tradição da farinha de mandioca na Amazônia, o processo produtivo, comercialização e os desafios e as soluções para fazer da farinha uma potência em geração de renda de forma sustentável para comunidades tradicionais estarão nos conteúdos divulgados nas mídias sociais da FAS. Toda a série recebeu cooperação estratégica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

“É uma série documental que fala de nove cadeias produtivas. O objetivo é mostrar todas as etapas do processo de produção. Na farinha, por exemplo, a primeira da série, mostramos desde o plantio até a colheita, o processamento e o momento que é empacotado para ir aos supermercados e chegar na casa das pessoas. Mostramos como a cadeia acontece, como ela recebe apoio da FAS e quem está por trás dessa produção, os comunitários e os empresários também”, explicou Dirce Quintino, produtora audiovisual que assinou o trabalho de vídeos da série.

Todo o “Soluções para Sustentabilidade” levou um ano para ser produzido e filmado e abrangeu comunidades localizadas nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Mamirauá, do Uacari, Rio Negro, Juma e Madeira, e também na Área de Preservação Permanente (APA) do Rio Negro. “A série mostra como a vida das pessoas mudou a partir do momento em que elas se dedicaram às cadeias produtivas e passaram a atuar de forma sustentável nas reservas. O bom é que hoje elas estão conscientes que conseguem viver da floresta e deixar ela conservada”, comentou a superintendente de Desenvolvimento Sustentável da FAS, Valcleia Solidade.

Para acompanhar a websérie “Soluções para Sustentabilidade” basta acessar as redes sociais da FAS. A coordenação geral é do superintendente-geral Virgílio Viana, coordenação da superintendente de Desenvolvimento Sustentável Valcleia Solidade e coordenação executiva do coordenador de comunicação da FAS Felipe Irnaldo. Na equipe técnica tem Michelle Costa, Marilson Rodrigo, Edvaldo Correa, Adamilton Bentes, Marcelo Castro e Jousanete Dias. A produção audiovisual é de Dirce Quintino e Thiago Looney, redação de Vandré Fonseca e Vinícius Leal e projeto editorial de Ana Cláudia Medeiros.

‘Farinha de Uarini’ produzida por ribeirinhos passa a ser vendida com selo Origens Brasil

Cultivada por comunitários da RDS Mamirauá, entre os municípios de Uarini e Alvarães, a farinha “A Ribeirinha” agora circula com o selo nacional de garantia de origem florestal.

O mais tradicional produto da agricultura familiar ribeirinha do Amazonas e queridinha no paladar dos amazonenses, a farinha de mandioca do tipo “ovinha”, produzida na região de Uarini, e vendida com o nome de “A Ribeirinha”, passa agora a ser comercializada com o selo Origens Brasil, um selo nacional que garante que o cultivo e/ou a fabricação de um produto têm origem florestal e respeita tanto o meio ambiente quanto suas populações tradicionais e seus territórios.

Cultivada por agricultores de 15 comunidades situadas entre os municípios de Uarini e Alvarães, a cerca de 550 quilômetros de Manaus, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá, a farinha também é empacotada pelos próprios comunitários e comercializada com o nome de “A Ribeirinha”, recebendo apoio técnico da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), com recursos do Fundo Amazônia/BNDES, por meio do programas Geração de Renda e Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis.

“O selo Origens mostra a origem e dá a rastreabilidade do produto, garante que esse produto vem da floresta e que ele promove uma relação comercial mais justa, ética, transparente e equilibrada entre quem produz e quem cultiva, e também quem consome”, explicou Edvaldo Oliveira, coordenador da Regional Solimões do Programa Geração de Renda, da FAS. Segundo ele, o selo é o reconhecimento do trabalho feito pelos agricultores. “É importante a farinha receber o selo para valorizar o produto e reconhecer o trabalho dos comunitários”.

O selo Origens Brasil, além de garantir a origem florestal do produto, funciona também como um QR Code que, após ser escaneado numa tela de smartphone, redireciona o consumidor a um endereço eletrônico com informações sobre a origem do produto, as histórias dos povos que o produzem, qual região, entre outros dados, estimulando o respeito à diversidade dos modos de vida tradicional. O selo foi criado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA).

O lançamento do selo Origens Brasil na farinha “ovinha” acontece na data em que “A Ribeirinha” completa um ano no mercado. “É importante o selo estar num produto como ‘A Ribeirinha’ para mostrar quem está por trás da produção, quem são esses produtores, qual é a área protegida, a região de onde a farinha vem. Isso dá transparência aos compradores e consumidores, que por vezes não conhecem essa região da Amazônia”, afirmou de Helga Yamaki, coordenadora do Imaflora.

Farinha secular

Descendente de indígenas e cultivada há séculos por populações tradicionais na Amazônia, a farinha de mandioca do tipo ovinha da região de Uarini alcançou uma especificidade de produção e qualidade que deram fama ao produto. O selo Origens Brasil é mais uma garantia de qualidade para a “farinha de Uarini”.

“Agora a gente consegue mostrar a história do nosso povo ribeirinho agricultor, mostrar o rosto dos produtores, como a farinha é produzida, quantas famílias participam e de onde sai”, disse Raimundo Rodrigues “Xexeo”, agricultor da comunidade São Francisco do Aiucá, da RDS Mamirauá. “Antes a pessoa só comprava e comia, hoje ela vai poder saber a nossa história, de onde vem. (A farinha) vai ficar mais conhecida, as pessoas vão poder comprar de qualquer lugar do mundo e pelo preço que vale, um produto sustentável e sem agrotóxicos”.

Foto: Dirce Quintino (FAS)

‘A Ribeirinha’

Há um ano, por meio dos programas Geração de Renda e Empreendedorismo da FAS, a farinha ovinha produzida por agricultores das comunidades na RDS Mamirauá passou a ser empacotada na comunidade Campo Novo e comercializada com o nome “A Ribeirinha”. Ela é vendida no mercado local, no Amazonas, e, mais recentemente, também passou a ser vendida a nível nacional por meio da loja virtual “Jirau”, uma parceria da FAS com as americanas.com. Acesse o link a seguir para comprar on-line a farinha “A Ribeirinha”: https://bit.ly/2ZMqN6q

E antes de ajudar a levar a “farinha de Uarini” ao mercado nacional, a equipe técnica da FAS desenvolveu ações de qualificação, treinamento e negócios com os produtores por meio do programa de Empreendedorismo. “O selo vai contribuir no reconhecimento do território, da origem, da história, do local e dos povos que trabalham de forma justa e sustentável pela manutenção da floresta. Ao colocar ‘no mapa’ a farinha ‘A Ribeirinha’ por meio do selo Origens Brasil, o empreendimento comunitário poderá ser valorizado como um produto de valor comercial mais justo num mercado que é cada vez mais exigente”, ressaltou Wildney Mourão, coordenador de Empreendedorismo da FAS.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não governamental, sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações que vivem em Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Duas toneladas de tambaqui manejado são colocadas à venda neste fim de semana na FAS

Pescadores da região do Médio-Solimões vêm até Manaus comercializar o pescado a preços que variam de R$ 9 a R$ 17 o quilo. A venda incentiva o manejo do peixe e gera renda às famílias ribeirinhas.

Duas toneladas de tambaqui manejado da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá, na região do Médio-Solimões, serão vendidas a das partir das 8h deste sábado (15), em Manaus, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, número 351, bairro Parque Dez, na Zona Centro-Sul da capital. Os preços vão variar de acordo com o tamanho do peixe, indo de R$ 9 a R$ 17 o quilo.

A ação, desenvolvida em parceria com a FAS, permite que a população de Manaus compre pescados manejados diretamente com os produtores, sem a participação de atravessadores ou distribuidores. A venda incentiva o manejo do peixe e gera renda às famílias pescadoras que vivem em comunidades ribeirinhas como as da RDS Mamirauá, uma Unidade de Conservação (UC) onde a FAS atua.

Os tambaquis de rio serão vendidos de acordo com o peso seguindo uma tabela de preços. Os peixes até 4,999 quilos serão vendidos a R$ 9 o quilo; os peixes de 5 a 6,999 quilos o preço pago será R$ 11/kg; de 7 a 10,999 quilos o valor será R$ 14/kg; e tambaquis com peso entre 11 e 15,999 quilos sairão por R$ 17/kg. Caso as duas toneladas de tambaqui não sejam completamente vendidas haverá comercialização no domingo (16), durante a Feira da FAS. Saiba mais abaixo.

Atualmente, o manejo de peixes em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas é uma das atividades mais importantes para gerar renda a comunidades ribeirinhas e desenvolver sustentavelmente as regiões. Todo o lucro arrecadado é revertido aos pescadores, estimulando o comércio justo e o empoderamento comunitário.

Os pescados são produzidos em rios e lagos na RDS Mamirauá, na zona rural de Fonte Boa, município a 678 quilômetros de Manaus, na região do Médio-Solimões, com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e com apoio do Programa Bolsa Floresta (PBF), por meio do Fundo Amazônia/BNDES.

Feira da FAS

No domingo (16), das 8h às 20h, também na sede da FAS, acontece a 13ª edição da Feira da FAS, com entrada gratuita e atividades diversas ligadas a economia criativa, sustentabilidade, verde, produtos naturais, jardinagem, decoração, artesanato, artes plásticas, moda, gastronomia, música, literatura, teatro, dança, esportes, saúde, bem-estar, jogos, entre outros. A feira é petfriendly, ou seja, é permitido levar animais de estimação.

Serviço

O quê: venda de duas toneladas de tambaqui na sede da FAS
Quando: sábado (15), a partir das 8h
Onde: sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, número 351, bairro Parque Dez, na Zona Centro-Sul da capital
Foto: Dirce Quintino

Satélite, fibra ótica ou rede de rádio? Seminário debate soluções para conectividade digital na Amazônia

Desafios e soluções para levar internet de qualidade a populações ribeirinhas e comunidades afastadas no Estado do Amazonas foram compartilhados e apresentados durante seminário.

Satélite, cabos de fibra ótica ou rede de rádio? A alternativa mais eficaz e inteligente para levar conectividade digital a populações ribeirinhas e regiões afastadas na Amazônia seria o conjunto de todas essas tecnologias. É o que dizem especialistas que participaram nesta quarta-feira (12) do “I Seminário sobre conectividade digital em áreas remotas da Amazônia”, realizado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na sede do órgão, em conjunto com o Banco Mundial, a Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti) e a empresa de Processamento de Dados Amazonas S.A (Prodam).

Poder público, empresas e universidade debateram desafios e soluções para internet no interior do Amazonas e compartilharam iniciativas que deram certo. Os resultados preliminares de um estudo de viabilidade técnica, financeira, social e cultural para levar conexão de internet a comunidades ribeirinhas situadas em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas foram apresentados pelo consultor, engenheiro e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Ademir Lourenço. “A solução, a curto e médio prazo, passa pelo uso de satélites e, nas comunidades, a utilização de sistemas rádio. O satélite em conjunto com uma rede de rádio seria a solução imediata”, disse.

“O déficit (de conectividade digital na Amazônia) é quase total. É uma região diferente do resto do Brasil, as dificuldades são imensas. No estudo apontamos as tecnologias com base em nove Unidades de Conservação onde a FAS atua e estabelecemos parâmetros do que existe hoje e do que é possível ser feito. Basicamente se aponta que num curto e num médio prazo a solução para essas áreas é uso de satélite em conjunto com redes de rádio. Satélite provém internet e a rede rádio distribui a internet dando conectividade digital para as comunidades”, ressaltou Ademir Lourenço.

A tecnologia por cabos de fibra ótica já implantada em certas regiões do Estado pelo Projeto Amazônia Conectada, dos governos federal e estadual, também é uma alternativa, segundo Ademir Lourenço, de longo prazo. “É uma solução que demanda tempo. O melhor dos mundos seria sim a fibra ótica. O (projeto) Amazônia Conectada é uma solução que já está bem avançada, mas temos problemas. Se fibra quebra, qual o tempo de manutenção disso? Será que o ribeirinho, o pessoal da comunidade, consegue esperar seis meses para consertar uma fibra? É muito difícil”.

Cidades conectadas

O projeto Amazônia Conectada, que desde 2014 instala cabos de fibra ótica para levar conectividade às cidades do interior do Amazonas, deve ser retomado pelo novo Governo do Estado, segundo o diretor da Prodam, João Guilherme de Moares. “O governo entendeu que todo gasto com tecnologia de informação e comunicação não é despesa, e sim um investimento. Estamos empenhados em implantar esse projeto (Amazônia Conectada), só falta definir quem do Exército vai comandar as ações e aí reativar as negociações”, disse. “Temos o gasoduto Coari-Manaus, o Linhão de Tucuruí, a fibra ótica da Oi, a fibra ótica da Embratel, tudo dentro do data center da Prodam. A ideia é montar a rede estadual de telecomunicações interligando todas essas redes num objetivo único de desenvolver o Estado”.

Na região por onde passa o gasoduto Coari-Manaus, o projeto Amazônia Conectada instalou cabos de fibra ótica e levou conectividade às cidades de Manaus, Iranduba, Manacapuru, Caapiranga, Anori, Codajás e Coari. “Só Anamã não foi possível instalar devido a cheia dos rios. É uma cidade que fica toda debaixo d’água durante a enchente. A fibra chega lá, só não colocamos o equipamento ainda”, explicou Guilherme de Moraes, da Prodam. “Precisamos conectar os outros 53 municípios que faltam. Precisamos do braço forte do Exército para, em conjunto implantarmos, o programa Amazonas Conectada, da Prodam. Custaria menos que a construção da Arena da Amazônia e menos que a construção da Ponte Rio Negro”, disse.

Desafios geográficos

Os desafios geográficos também são entraves para conseguir levar conectividade digital às regiões mais remotas da Amazônia, segundo disse o comandante do 4º Centro de Telemática de Área do Exército Brasileiro, coronel Júlio Cesar Brasil, palestrante no seminário. Para ele, é necessário investir em infraestrutura e recursos humanos. “A Amazônia é desafiadora pela própria geografia dela. É uma área que impõe uma série de fatores, mas, em compensação nos motiva porque não temos em nenhum lugar do mundo um lugar como aqui. A infraestrutura das telecomunicações ainda precisam de um aporte maior de recursos, seja humano seja material, e o que nós, do Exército, pudermos fazer para somar. É nossa missão”.

A infraestrutura da região também foi ressaltada pelo gerente de Universalização e Ampliação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Eduardo Jacomassi, durante participação do evento. “Muitos municípios onde a fibra ótica ainda não chegou sofrem para garantir uma internet de qualidade, o serviço móvel tem cobertura muito baixa e, às vezes, a população entende como uma falha de qualidade, mas por vezes é por causa da quantidade de torres na infraestrutura é que abaixa”, disse.

Novas infraestruturas de tecnologia 4G devem ser instaladas, ao longo dos próximos anos, em localidades mais remotas do Amazonas fora da zona urbana dos municípios do interior, conforme informou Eduardo Jacomassi, da Anatel. “São localidades menores que precisam mais. Temos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, o Fust, que vem sendo arrecadado, mas não vem sendo utilizado. Precisamos liberar os recursos e fazer investimento necessário em infraestrutura, ampliar os cabos de fibra ótica que interligam os municípios e também ampliar a cobertura móvel 3G e 4G para que, a partir do básico, que é infraestrutura, as pessoas possam desenvolver negócios, melhorar educação e saúde. Sem infraestrutura não dá para começar nada. E isso é em médio a longo prazo”.

Próximos passos

Com atuação em comunidades ribeirinhas situadas dentro de Unidades de Conservação (UC) do Amazonas, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a FAS pretende utilizar os resultados do estudo de viabilidade técnica de conectividade digital para subsidiar estratégias de ação para melhorar a internet nessas regiões. É o que confirma o superintendente-geral do órgão, Virgílio Viana. “Temos um desafio enorme de fazer com que nas 581 comunidades onde a FAS atua as pessoas possam ter acesso à internet, tanto para investir no turismo de base comunitária quanto para uma emergência de saúde, melhorar a educação, etc. O objetivo é que a gente possa identificar as opções mais atraentes nas diferentes circunstâncias e aplicar diferentes soluções para cada uma”, disse.

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não governamental, sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações que vivem em Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Soluções para levar conectividade digital a regiões remotas da Amazônia é tema de seminário em Manaus

Enfrentar desafios, discutir e compartilhar iniciativas que deram certo e encontrar soluções que melhorem a conectividade a populações ribeirinhas distantes é o objetivo do evento, que acontece na sede da FAS, em Manaus.

Que o acesso à internet e à conexão digital em regiões isoladas ou remotas da Amazônia é deficitária, isso não é novidade. Enfrentar tais desafios, discutir e compartilhar iniciativas que deram certo na região e encontrar e recomendar soluções que melhorem a conectividade digital às populações ribeirinhas distantes é o objetivo de um seminário que acontece na próxima quarta-feira (12), em Manaus, a partir das 8h30, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez.

É o “I Seminário sobre conectividade digital em áreas remotas da Amazônia”, realizado pela FAS e pelo Banco Mundial, em parceria com a Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti) e a empresa de Processamento de Dados Amazonas S.A (Prodam) e faz parte de um projeto maior de avaliação de soluções para conectividade digital no Estado.

“O objetivo é discutir e apresentar soluções de conectividade digital na Amazônia, principalmente no Amazonas, a partir das experiências vividas nas Unidades de Conservação onde a FAS atua. O diferencial vão ser os diferentes olhares que vamos propor sobre conectividade. Haverá um momento para tratar de políticas públicas, dos contextos atuais em que vivemos e do impacto da internet sobre a educação, a saúde, empreendedorismo”, explicou a coordenadora do evento e supervisora técnica do Programa de Soluções Inovadoras da FAS, Gabriela Sampaio.

Dentro da programação serão apresentados resultados preliminares de um estudo de viabilidade técnica, institucional, financeira, social e cultural de soluções de conectividade digital para comunidades ribeirinhas em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas, além de haver debates sobre as oportunidades que são geradas a partir da universalização do acesso à conectividade digital. O evento é gratuito e tem certificado de participação, mas as vagas já estão esgotadas.

Entre os participantes do seminário estão especialistas em áreas relacionadas a conectividade digital e territórios amazônicos, setor público e privado, sociedade civil e a universidade. São eles a própria FAS, o Banco Mundial, o Exército Brasileiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a WH Telecom, a Ozônio Telecom, Lojas Americanas, Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Seplancti, Prodam S.A, dentre outros.

“Vamos mostrar iniciativas práticas de quem está trabalhando com conectividade no interior do Estado, desde uma empresa pequena que faz geração de internet até uma empresa grande que promove a universalização do acesso em áreas remotas. Ao final faremos um relatório técnico para subsidiar políticas públicas e tomadas de decisão com as diferentes soluções de conectividade para cada região”, explicou Gabriela Sampaio. “Uma dessas soluções é a conexão com fonte híbrida, ou seja, onde a internet é oriunda não só de satélite, mas também via rádio”.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não governamental, sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações que vivem em Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). As iniciativas são implementadas por meio do Programa Bolsa Floresta (PBF), do Programa de Educação e Saúde (PES) e o Programa de Soluções Inovadoras (PSI).

Serviço

O quê: I Seminário sobre conectividade digital em áreas remotas da Amazônia
Quando: 12 de abril de 2019, quarta-feira, a partir das 8h30
Onde: sede da FAS, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez, Zona Centro-Sul de Manaus
Quanto: gratuito

Cantora paraense Dona Onete é anunciada como atração nacional da Virada Sustentável Manaus 2019

A diva do carimbó “chamegado” foi confirmada no maior festival de sustentabilidade da América Latina, lançado hoje e que vai acontecer nos dias 26, 27 e 28 de julho com centenas de atividades gratuitas em todas as zonas de Manaus. O evento é uma correalização da FAS.

A cantora e compositora paraense Dona Onete, a diva do carimbó “chamegado” que mistura brega, bolero e samba, foi anunciada como a atração nacional da Virada Sustentável Manaus 2019, o maior festival de sustentabilidade da América Latina, que vai acontecer nos dias 26, 27 e 28 de julho com centenas de atividades gratuitas em todas as zonas de Manaus. A programação do evento foi lançada hoje, no Parque do Mindu.

Essa será a primeira vez que a Virada Sustentável terá uma atração nacional. O show da Dona Onete promete reunir fãs da artista numa apresentação focada no último álbum dela, o “Rebujo”.

O lançamento da Virada Sustentável Manaus 2019 aconteceu com a presença do secretário de Estado de Cultura, Marcos Apolo Muniz, do secretário de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, do diretor do Parque do Mindu, José Feitosa da Silva, do superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana, além de representantes de mais de 40 organizações da sociedade civil que ajudam a organizar o festival.

“A sociedade perdeu sua conexão com a natureza. A Virada vem trazer a mudança, fazer repensar, fazer um alerta, uma chamada para a população, bem como conectar as instituições que tem o propósito de melhorar o mundo. Os mais de 800 voluntários inscritos em apenas três dias demonstra que a sociedade está sedenta de oportunidades de participar, de fazer algo”, enfatizou Virgílio Viana durante a cerimônia.

A proposta da Virada Sustentável Manaus é aumentar o engajamento da sociedade para a melhoria da cidade, utilizando atividades lúdicas e inspiradoras como ferramenta. Mais de 800 voluntários estarão envolvidos na mobilização.

Programação

Entre as novidades anunciadas no lançamento está a inclusão de mais um dia no cronograma do festival, antes realizado ao longo de um fim de semana. “Agregamos a sexta-feira como um dia dedicado à disseminação de conteúdo, com a realização de atividades como palestras, debates, rodas de conversa, exibição de filmes, entre outras””, explicou a coordenadora da Virada Sustentável Manaus, Paula Gabriel.

Outro destaque desta edição será a abertura do festival, marcada para o dia 25 de julho, no Largo São Sebastião, com apresentação da Amazonas Jazz Band. “Sempre realizamos a abertura no Teatro Amazonas, mas, por conta da limitação de espaço, decidimos levar o evento para o Largo, garantindo que mais pessoas possam participar e ter acesso ao espetáculo”, disse Paula.

Além do Largo São Sebastião, a Virada Sustentável terá palco com shows e apresentações gratuitas no Monte das Oliveiras, Redenção, Bosque da Ciência e Shopping Manaus Via Norte. O show da Dona Onete deverá fechar a programação.

Inscrições abertas

Para integrar a programação cultural estão abertas inscrições para artistas com projetos que se enquadrem nas modalidades de teatro, dança, tradução em libras, música, grafitti, artes cênicas e artes gráficas. Cada proponente pode se inscrever individualmente ou em grupo, até o dia 10 de junho, no site: www.viradasustentavel.org.br/manaus.

O edital também está aberto para oficineiros, palestrantes, organizações, fundações, movimentos, coletivos, escolas, faculdades e equipamentos culturais que desenvolvem iniciativas relacionadas a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Organizadores

A quinta edição da Virada Sustentável Manaus, via Lei de Incentivo à Cultura, tem patrocínio da Uber Eats, Bemol e CMPC, copatrocínio da Liberty Seguros e parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Além disso, possui colaboração da Whirlpool, Honda, Votorantim, Grupo Martins/IAMAR, World Animal Protection, Instituto Sabin, Shopping Manaus Via Norte, ARMOR Brasil, Local Hostel Manaus, Local Hostel Figueiredo, Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS), Agência Oto e Up Comunicação Inteligente.

O festival é uma correalização do Instituto Virada Sustentável e Fundação Amazonas Sustentável (FAS), e realização Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Pátria Amada Brasil do Governo Federal.

Troca de experiências sustentáveis entre Costa Rica e Amazonas é debatida em seminário em Manaus

Promovido pela FAS e pelo Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (CATIE) da Costa Rica, o seminário busca alternativas para o desenvolvimento rural sustentável da Amazônia Legal brasileira.

Facilitar a troca de experiências sustentáveis entre a Costa Rica e instituições governamentais e institutos de pesquisas do Amazonas é objetivo do seminário “Amazônia Legal brasileira diante dos novos desafios: alternativas de desenvolvimento”, que acontece na próxima terça-feira (11), a partir das 9h, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (CATIE) da Costa Rica.

Os temas desenvolvimento rural sustentável, agrossilvicultura, pastagem sustentável e turismo para o desenvolvimento sustentável nortearão as atividades do seminário, que tem por finalidade refletir sobre os desafios e oportunidades da cooperação sul-sul para o desenvolvimento sustentável do Estado do Amazonas.

Na programação haverá uma mesa-redonda com representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), da Aliança para a Bioeconomia da Amazônia (ABio) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O seminário também conta com a presença do superintendente da FAS, Virgílio Viana, e do diretor geral do CATIE, Muhammad Ibrahim. O evento é voltado para gestores públicos e privados, para estudantes e para a comunidade científica interessada nas áreas de meio ambiente, desenvolvimento sustentável, agricultura, turismo e demais áreas relacionadas. As vagas foram esgotadas e as inscrições encerradas.

Desde 2016, a FAS e o CATIE mantêm um importante relacionamento para lidar com os desafios da Amazônia no âmbito da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Rede SDSN-Amazônia). Desde então, as instituições trabalham elaborando diversos projetos na sociedade por meio de troca de experiências e conhecimento científico acerca do desenvolvimento sustentável.

A equipe do CATIE também vai conhecer projetos de sustentabilidade desenvolvidos pela FAS na comunidade Tumbira, localizada na RDS Rio Negro, e um Memorando de Entendimento (MoU) deverá ser elaborado entre as instituições visando formalizar a cooperação e identificar oportunidades em conjunto para prosperar a parceria.

Sobre o CATIE

Há mais de 70 anos, o Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (CATIE) desenvolve pesquisas nos países da América Latina e Caribe, cumprindo uma importante missão por ser umas das poucas organizações especializadas em ciência e manejo de agricultura sustentável e recursos naturais do trópico com a finalidade enfrentar os desafios globais em favor do meio ambiente.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não governamental, sem fins lucrativos, de utilidade pública estadual, com a missão de promover o desenvolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas no Estado do Amazonas. As principais iniciativas são implementadas por meio do Programa Bolsa Floresta (PBF), do Programa de Educação e Saúde (PES) e o Programa de Soluções Inovadoras (PSI).

SDSN-Amazônia

A Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável para a Amazônia (SDSN-Amazônia) foi lançada em 18 de março de 2014, na FAS, com o objetivo de articular uma rede regional da bacia hidrográfica da Amazônia focada em centros de conhecimento, academia, organizações da sociedade civil, instituições do setor público e privado com o propósito de acelerar o desenho e a implementação de caminhos e soluções sustentáveis para a Amazônia.

Quinta edição da Virada Sustentável é lançada nesta quinta-feira (6) em Manaus

A Virada Sustentável acontece no próximo mês de julho com uma série de atividades gratuitas como oficinas, exposições, shows, intervenções artísticas, entre outras. O lançamento da programação faz parte da Semana de Meio Ambiente da FAS

Com objetivo de divulgar as novidades da quinta edição da Virada Sustentável Manaus, será lançado nesta quinta-feira (6) uma prévia da programação oficial do evento, a partir das 10h, no anfiteatro do Parque Municipal do Mindu, na rua Perimetral, bairro Parque 10, em frente à rotatória Bola do Mindu. A Virada Sustentável acontece no mês de julho, nos dias 26, 27 e 28, em mais de 20 pontos de Manaus. O lançamento da programação faz parte da Semana de Meio Ambiente da FAS.

Considerada a maior mobilização do gênero na América Latina, a Virada Sustentável tem o objetivo de estimular uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas. Segundo a coordenadora da iniciativa, Paula Gabriel, o lançamento é um momento de celebração que marca o início da contagem regressiva para o festival. O lançamento terá a presença de coordenadores, parceiros e representantes de mais de 40 organizações da sociedade civil que integram o Conselho Criativo da Virada Sustentável Manaus.

“É uma maneira especial de mostrar um pouco do que será realizado e como as pessoas podem participar desta grande mobilização em prol de uma cidade melhor. Como um gesto simbólico, escolhemos a Semana do Meio Ambiente para promover o lançamento, que sempre acontece no Parque do Mindu, um fragmento de floresta preservado em plena área urbana”, afirmou Paula Gabriel.

Neste ano, a Virada Sustentável ocorrerá nos dias 26, 27 e 28 de julho, em mais de 20 pontos da capital amazonense. A população poderá participar gratuitamente de uma série de atividades que buscam valorizar a cultura da sustentabilidade, tais como oficinas, exposições, shows, intervenções artísticas, entre outras.

Durante o lançamento, nesta quinta (6), será divulgada uma prévia da programação e os espaços escolhidos para receber as ações. “Nesta edição, que marca o aniversário de cinco anos da Virada em Manaus, teremos muitas iniciativas incríveis e de grande impacto. Além disso, levaremos as atividades do festival para novos lugares da cidade, que necessitam de ações deste gênero. O objetivo é aproximar a Virada Sustentável da população e alcançar ainda mais pessoas”, antecipou Paula.

Seleção de projetos

Interessados em fazer parte da mobilização ainda podem se inscrever até o dia 10 de junho com projetos de cunho artístico, cultural, esportivo, educativo, social e ambiental. O edital está disponível no site www.viradasustentavel.org.br/manaus e é aberto a artistas, oficineiros, palestrantes, organizações, fundações, movimentos, coletivos, escolas, faculdades e equipamentos culturais que desenvolvam iniciativas relacionadas a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Alguns exemplos são igualdade de gênero, saúde e bem-estar, consumo e produção responsáveis, educação de qualidade, redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis e erradicação da pobreza.

O festival

A quinta edição da Virada Sustentável Manaus, via Lei de Incentivo à Cultura, tem patrocínio da Uber, Bemol e CMPC, copatrocínio da Liberty Seguros e parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Além disso, possui colaboração da Whirlpool, Votorantim, World Animal Protection, Grupo Martins/IAMAR, Instituto Sabin, Local Hostel Manaus, Local Hostel Figueiredo, Agência Oto e Up Comunicação Inteligente.

É uma correalização do Instituto Virada Sustentável e Fundação Amazonas Sustentável (FAS), e realização Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Pátria Amada Brasil Governo Federal.

Papo Sustentável debate soluções para levar água potável a comunidades ribeirinhas do Amazonas

Iniciativas inovadoras como o projeto Água+Acesso, desenvolvido pela FAS, Instituto Coca-Cola, WTT e Fundação Avina, e a distribuição de sachês purificadores de água da P&G, foram exemplos de soluções

Iniciativas que levam água potável a comunidades ribeirinhas no Amazonas sem acesso ao serviço foram exemplificadas na noite desta quinta-feira (30) durante o Papo Sustentável, um encontro com debate que aconteceu na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em Manaus. Líderes comunitários, presidentes de associações de moradores e parceiros como empresas e institutos estiveram presentes discutindo soluções e divulgando resultados das ações desenvolvidas para levar água a regiões remotas no Estado.

Uma dessas soluções foi o projeto Água+Acesso, que implementa estações de captação, tratamento e distribuição de água em comunidades ribeirinhas do Amazonas onde a FAS atua, por meio de uma parceria com o Instituto Coca-Cola, a Fundação Avina e o o WTT World Transforming Tecnologies. As estações funcionam com energia solar e sustentável e em dois anos de projeto mais de 54 mil pessoas foram beneficiadas em oito estados brasileiros, incluindo o Amazonas. Uma delas foi a comunidade N. S. do Perpétuo Socorro, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, em Iranduba.

“A gente acha que pelo fato da Amazônia ter uma abundância de rios e igarapés, uma bacia hidrográfica grande, as populações são fartas de água limpa em casa. Mas não é bem assim. Muitas comunidades não têm acesso a água seja para tomar banho ou para fazer comida ou outras necessidades”, explicou Valcléia Solidade, superintendente de Desenvolvimento Sustentável da FAS e coordenadora do projeto Água+Acesso. “A implantação dessa iniciativa foi decisiva para diminuir os índices de doenças de veiculação hídrica nessas regiões”, ponderou.

Em dois anos do Água+Acesso, mais de R$ 8 milhões foram investidos em vários projetos no Brasil. De acordo com Gaston Kremer, do WTT, 50% dos projetos de água e saneamento na América Latina acabam fracassando após dois ou cinco anos de implantação. “O Brasil tem muitos desafios a enfrentar para dar acesso a água às pessoas. Iniciativas inovadoras como essa do Água+Acesso aplicadas na Amazônia têm papel fundamental para mudar esse cenário. São exemplos do que deu certo e esperamos continuar contribuindo com tecnologias”.

Purificadores de água

Outra solução para levar água potável a localidades remotas no Amazonas expostas no Papo Sustentável foi a distribuição de mais de 1 milhão de sachês com pó purificador de água da P&G, uma tecnologia desenvolvida pela multinacional Procter & Gamble que já beneficiou milhares de populações carentes em todo o mundo. Como é o caso das comunidades ribeirinhas situadas na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Gregório, entre municípios de Ipixuna e Eirunepé e que fica a mais de 1 mil quilômetros de Manaus, ou seja, uma região remota.

“Hoje a gente tem água boa, quase mineral dentro de casa”, comemorou Deuziano Pinheiro, líder comunitário na Resex Rio Gregório, durante o Papo Sustentável. Ele cita as comunidades da reserva que receberam recentemente 48 mil unidades do sachê P&G, o suficiente para purificar até 480 mil litros de água. Cada sachê é capaz de limpar dez litros de água em aproximadamente 30 minutos. Dá para purificar muita água. Agora a população vai ficar assistida”, finalizou Deuziano Pinheiro.

XXII Encontro de Lideranças

O Papo Sustentável sobre água aconteceu durante o XXII Encontro de Lideranças do Bolsa Floresta, um evento promovido pela FAS com apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Bradesco e Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), com objetivo de avaliar e aprimorar a aplicação do Programa Bolsa Floresta (PBF) – uma política pública implementada pela FAS que beneficia populações ribeirinhas em Unidades de Conservação (UC). O evento também é oportunidade para discutir desafios das comunidades e empoderar os líderes comunitários.