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Programa Floresta em Pé

FAS realiza expedição ao Rio Madeira

A iniciativa foi realizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e revelou os desafios de comercialização e de produção de polpas de frutas, óleos vegetais, açaí, chocolate e farinha.

De 04 a 09 de março, uma comitiva interinstitucional, liderada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), percorreu áreas protegidas localizadas na calha do Rio Madeira, no Amazonas.

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) promoveu uma expedição ao Rio Madeira, no sul do estado do Amazonas, para rever e avaliar projetos implantados pela fundação na região. Foram cinco dias de visitas às Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Amapá, Rio Madeira, Juma, Canumã, à Terra Indígena Coatá-Laranjal e comunidades ribeirinhas do entorno dessas áreas protegidas. A comitiva foi composta por 21 pessoas. Além de técnicos da Fundação, participaram da viagem prefeituras de Manicoré, Novo Aripuanã e Nova Olinda do Norte, as Secretarias de Estado do Meio Ambiente e de Educação do Amazonas e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas.

A expedição ao Rio Madeira proporcionou momentos de diálogo e troca de experiências entre a FAS, parceiros, lideranças comunitárias e indígenas e moradores das áreas protegidas. Ao longo de cinco dias, a comitiva ouviu demandas, necessidades e desafios: “Nós queremos que a Fundação nos ajude a ganhar o mercado”, disse a professora Joaceli Veiga, da Comunidade Urucuri, que fica no entorno da RDS Amapá. A comunidade possui uma cozinha comunitária, equipada com recursos do Fundo Amazônia, e vem produzindo biscoito de castanha.

O desafio da comercialização, principalmente para escoamento, se impõe em várias comunidades com vocação para produção de polpas de frutas, óleos vegetais, açaí, chocolate e farinha. De um total de 11 comunidades ribeirinhas e duas comunidades indígenas visitadas, a equipe técnica da FAS visualizou a oportunidade de mais de 50 projetos e ações nas áreas de educação, saúde, empoderamento e geração de renda nas comunidades visitadas. “Estamos aqui para sonhar junto com vocês [comunidades], elaborando projetos e tentado captar recursos para executar os desejos de vocês”, disse Virgílio Viana, superintendente geral da FAS.

Núcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS)

A equipe visitou os núcleos nas comunidades do Abelha e Boa Frente, ambos na RDS do Juma. “A proposta do núcleo é fazer uma educação diferenciada e nós não fazemos isso sozinho. A gente quer construir junto com os parceiros, a comunidade, com os jovens e transformar estes espaços em unidades produtivas aproveitando a vocação da comunidade”, disse Anderson Mattos, gerente do Programa de Educação, Saúde e Cidadania da FAS.

A iniciativa de viabilizar educação por meio dos NCS’s vem sendo realizada no Amazonas desde 2010 pela parceria entre a FAS e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Esta parceria fornece educação relevante para áreas remotas, além de soluções em saúde. Estes projetos possuem o financiamento do Bradesco, Samsung, Petrobras, Rosneft e Lojas Americanas.

Desde 2012, 576 alunos ribeirinhos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, 1º ao 3º ano do ensino médio e do Educação de Jovens e Adultos (EJA) foram atendidos pela iniciativa. “Queremos que os NCS’s se tornem uma escola para pequenos empreendedores. A gente acredita que há uma grande oportunidade para os jovens ganharem dinheiro e permanecer nas suas comunidades”, disse Virgílio Viana.

A visita ao NCS “Samuel Benchimol”, na comunidade Boa Frente, foi acompanhada do prefeito de Novo Aripuanã, Jocione Souza, que avaliou a infraestrutura da comunidade e oportunidades de parcerias com a FAS. “A gente começou a entender a riqueza que a gente tem e que a floresta vale mais em pé do que derrubada. Nós precisamos ter isso aqui preservado para as novas gerações”, disse o prefeito.

Assembleia Geral da Amurdesc

Na tarde de sábado (07), a equipe participou da Assembleia Geral da Associação de Moradores e entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Canumã (Amurdesc). Em pauta, a eleição e a posse da nova diretoria. Emerson de Macedo Moreira foi eleito para o mandato de dois anos e falou sobre a atuação da FAS: “Costumo dizer que nossa comunidade tem uma história antes da chegada da Fundação e depois. Se a gente está tomando água aqui é porque a FAS fez um poço artesiano. Na seca, o rio fica seco e a gente tinha que ir lá em baixo para buscar. Agora não é mais assim”.

A última atividade no domingo (08), foi uma palestra sobre desenvolvimento sustentável para estudantes de biologia e matemática da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Nova Olinda do Norte, Virgílio falou sobre objetivos do desenvolvimento sustentável e de perspectivas de parcerias entre a Fundação e a UEA no município de Nova Olinda do Norte.

Óleo de andiroba produzido por ribeirinhos é lançado no mercado com apoio da FAS

Produto florestal “Menino dos Óleos”, oriundo da empresa de processamento EBC Bauana, da RDS Uacari, recebeu apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) para ser comercializado

Nas curvas do rio Juruá, no sudoeste do Amazonas, o mais sinuoso rio do mundo, floresce algo que vai além de um produto bom para a pele e para o bem-estar. Território de brava gente, que luta pelo direito à floresta desde o ciclo da borracha, hoje a região se destaca pela organização social e produtiva, o que resulta na valorização dos recursos naturais e do conhecimento dos povos que ali habitam. É dali que chega ao mercado um novo produto florestal: o óleo de andiroba “Menino dos Óleos”, um frasco de 30 mililitros (mL) de puro óleo da andiorobeira lançado nesta sexta (22) em Manaus.

Colhida e processada na comunidade do Bauana, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uacari, no município de Carauari, na região do Médio-Juruá, a cerca de 1 mil quilômetros de Manaus, a andiroba do “Menino dos Óleos” é a mesma que abastece a linha de cosméticos da gigante Natura. Agora, porém, os ribeirinhos colocam à venda o próprio negócio, passam a comercializar o mesmo óleo de andiroba com qualidade de mercado dentro de uma marca com identidade visual própria. Tudo com apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

Resultado do esforço, inspiração e visão inovadora de três jovens empreendedores ribeirinhos, Reginaldo, Manoel e Vagner, o “Menino dos Óleos” foi desenvolvido dentro de uma empresa própria deles, a Empresa de Base Comunitária (EBC) Bauana, que leva o nome da comunidade. “Agora a gente está fazendo o nosso próprio óleo, na nossa embalagem, para ficar uma coisa bonita, nossa, para agregar valor ao nosso produto. É uma forma da gente chegar no mercado, enquanto que lá no nosso município a gente só conseguia fornecer ele in natura”, explica Reginaldo Oliveira dos Santos, 30, um dos empresários dos óleos vegetais.

A EBC Bauana, que há três anos já processa óleos vegetais de sementes colhidas por famílias extrativistas em 32 comunidades da região, passou de 1,5 tonelada de produção anual para 4 toneladas. O sistema, apoiado pela FAS, beneficia não só os donos da EBC Bauana, mas cerca de 60 famílias localizadas na RDS Uacari e também na Reserva Extrativista do Médio-Juruá. O faturamento bruto anual é de R$ 96 mil. “Fico muito feliz por estarmos colocando no mercado um produto do nosso nome, ‘aqui do nosso Estado e também do nosso município. É uma satisfação grande”, completou Vagner Ferreira de Menezes, 30, empreendedor durante o lançamento do produto.

O poder da andiroba

Oriundo da andiobeira, árvore típica da Amazônia que pode ultrapassar os 30 metros de altura, o óleo de andiroba possui um poderoso ativo capaz de restaurar e equilibrar os mecanismos de defesa da pele. Especialistas e o conhecimento popular defendem o efeito antiinflamatório da andiroba, também usado para fins cosméticos e como óleo massageador.

O “Menino dos Óleos” da EBC Bauana é um frasco com 30 mL do poderoso óleo de andiroba. “Agora eles deixam de ser somente produtores e passam também a protagonizar a venda do próprio óleo vegetal. É bom para o meio ambiente porque é preciso ter árvores para a produção acontecer, é bom para a economia porque distribui renda e é bom para quem compra porque além de cuidar da pele também está cuidando do Planeta, comprando um produto sustentável”, explicou Wildney Mourão, coordenador do Empreendedorismo da FAS.

EBC Bauana

A Empresa de Base Comunitária (EBC) Bauana é um projeto de desenvolvimento de capital empreendedor na Amazônia profunda. Criada no ano 2016 com apoio da Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari (Amaru) e da Incubadora de Negócios Sustentáveis da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), a EBC Bauana funciona com atuação direta na gestão produtiva de negócios, rastreabilidade da matéria-prima, processamento de óleos vegetais e relacionamento com comunidades ribeirinhas fornecedoras de sementes de andiroba.

Entre os parceiros estão a própria Amaru, o Fundo Amazônia/BNDES, SAP, Sitawi, USAID, Governo do Amazonas, via as secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e de Produção Rural (Sepror), Bradesco, Americanas.com, Pharmakos e Natura.

Manejo do pirarucu é fortalecido com entrega de empreendimentos de pesca em Fonte Boa

Unidade de beneficiamento, salgadeira e complexo frigorífico, adquiridos com recursos do Fundo Amazônia/BNDES via Fundação Amazonas Sustentável (FAS), foram entregues a associações de pescadores.

A pesca do pirarucu é uma das atividades mais comuns e tradicionais na região amazônica, que dão sustento e geram renda a populações ribeirinhas. Depois de anos sob escassez e sob ameaça de extinção, a espécie vem sendo recuperada com uso de métodos de pesca de manejo até se tornar uma das mais rentáveis e sustentáveis cadeias produtivas do Amazonas. Parte desses investimentos feitos foram entregues nesta terça-feira (3) a associações de pescadores na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá, na sede do município de Fonte Boa, a 678 quilômetros.

Uma unidade básica de beneficiamento de pirarucu, uma salgadeira e um complexo frigorífico de pescado, que receberam juntos R$ 600 mil de recursos via Fundo Amazônia/BNDES para serem construídos, agora poderão alavancar a produção do peixe e beneficiar mais de 500 famílias. Os empreendimentos só foram possíveis por meio de ações do Edital Floresta em Pé e do Programa Floresta em Pé, da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em cooperação estratégica do Governo do Amazonas, via as secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e de Produção Rural (Sepror), e com apoio das associações de pescadores.

Uma dessas associações é a Associação de Pescadores e Pescadoras de Fonte Boa (ASPPFB), contemplada com a unidade básica de beneficiamento, que sozinha possui a capacidade de produzir 60 toneladas/mês de pirarucu beneficiado, isto é, congelado ou cortado, embalado e rotulado. “Isso é uma conquista para nós, os pescadores, e para a nossa cidade. Além de trazer o benefício do sustento, traz expectativa de vida para nós e para a natureza, porque faz parte da cadeia produtiva do manejo”, disse Aberlan Dias de Matos, presidente da entidade.

Além dessa unidade de beneficiamento, um barco geleiro já havia sido entregue à ASPPFB no ano passado como investimento à cadeia produtiva do manejo do pirarucu. “O manejo sustentável veio para organizar a pesca. Eu lembro lá atrás, quando eu era jovem, quando ia pescar com o meu pai, que para pescar um pirarucu era a coisa mais difícil. A gente tirava de qualquer jeito. Se no lago tivesse 100 peixes, a gente matava os 100, sem qualquer método. Meu pai dizia ‘daqui a 20 anos não vai ter mais peixe’ e hoje graças ao manejo você tem uma cota para tirar. Além de ajudar no sustento das pessoas, ajuda a preservar a espécie”, disse.

Salgadeira e complexo

Os outros dois empreendimentos, a salgadeira, onde acontece os processos de salga, secagem natural, defumação e aproveitamento de subprodutos como pele e carcaça, e o complexo frigorífico, formado por túnel de congelamento para cinco toneladas e câmara frigorífica para armazenar 40 toneladas, foram entregues via Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá/Antonio Martins (Amurmam). A salgadeira recebeu investimentos de R$ 150 mil do Fundo Amazônia/BNDES por meio do Edital Floresta em Pé e o complexo frigorífico R$ 300 mil também do Fundo Amazônia/BNDES, mas via Programa Floresta em Pé.

“O petróleo de Fonte Boa é o peixe. São 880 lagos. De Manaus a Tabatinga é o município que tem mais lagos e eu falo isso porque eu conheço. Todos esses empreendimentos de hoje vão fazer a diferença na vida do pescador porque o manejo é o emprego das comunidades. É o manejo tira o caboclo da porta do poder público. Uma obra dessa é de grande importância porque melhora a qualidade de vida das pessoas e preserva o meio ambiente”, afirmou o presidente da Amurmam, José Pereira de Souza, o “Seu Pereira”.

Investimentos

Nos últimos dez anos, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) investiu R$ 6,2 milhões em ações de geração de renda ao manejo do pirarucu na RDS Mamirauá e R$ 2,1 milhões em melhoria de infraestrutura, beneficiando cerca de 2 mil famílias em 178 comunidades. “São barcos de pesca, postos de vigilância, unidades de beneficiamento, tudo entregue e feito em parceria com diversas instituições, como o Governo do Estado, a Prefeitura de Fonte Boa, as associações. As entregas de hoje beneficiam não só os pescadores lá da ponta, nos lagos, mas também que está aqui na cidade porque gera emprego e renda aqui. É uma conquista de todos”, ressaltou Virgílio Viana, superintendente-geral da FAS.

Os empreendimentos só foram possíveis por meio de ações do Edital Floresta em Pé e do Programa Floresta em Pé, da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em cooperação estratégica do Governo do Amazonas. Foto: Diego Peres/ Secom

O governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou as ações em prol do desenvolvimento sustentável durante as entregas dos empreendimentos. “Eu fiz questão de vir ao município de Fonte Boa porque aqui estamos inaugurando estruturas que dão condições necessárias para essas pessoas que trabalham de forma manejada e de forma sustentável na Reserva de Mamirauá. Estamos caminhando para outras etapas junto à nossa Secretaria de Meio Ambiente e de Produção Rural para ampliar essas estruturas e para promover o manejo de outros animais, como é o caso, por exemplo, do jacaré, uma vez que a gente tem uma população significativa desse animal aqui na região”, disse.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos e sem vínculos político-partidários que tem por missão fazer a floresta valer mais em pé do que derrubada, promovendo ações de desenvolvimento sustentável e de melhoria de qualidade de vida de populações ribeirinhas e indígenas que vivem em Unidades de Conservação (UC). Por meio de programas e projetos, como o Programa Floresta em Pé e o Edital Floresta em Pé, a FAS impacta a vida de cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação do Estado, em cooperação com a Sema e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Samsung, Bradesco e Coca-Cola Brasil.

Fotos: Diego Peres/Secom

8,3 toneladas de pirarucu fresco e seco oriundo de manejo à venda na FAS neste fim de semana

Pescado manejado da RDS Cujubim e RDS Mamirauá são comercializados diretamente com os pescadores, inclusive durante a Feira da FAS, no domingo (3). Os preços variam de R$ 3,50 a R$ 25 o quilo

Oito toneladas de pirarucu manejado, fresco e seco, oriundos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Cujubim, no município de Jutaí, a 751 quilômetros de Manaus, e da RDS Mamirauá, em Fonte Boa, a 678 quilômetros da capital, serão vendidas neste final de semana na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em Manaus, rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez. A venda acontece normalmente a partir de 7h30 na sexta (1) e no sábado (2), e no domingo (3) durante a Feira da FAS.

Das oito toneladas, 4,1 são só de pirarucu fresco, com preços que variam de R$ 3,50 o quilo da carcaça; R$ 12 o quilo da ventrecha; R$ 16 o quilo de manta; e R$ 22,00 o quilo do filé. Já a quantidade de pirarucu seco equivale a 4,2 toneladas, comercializadas a preços de R$ 20 o quilo da ventrecha e R$ 25 o quilo do filé. Os pagamentos poderão ser feitos em dinheiro, cartão de débito e de crédito.

Todo o peixe é oriundo de pesca manejada na RDS Cujubim e RDS Mamirauá. Os pescadores, apoiados pela FAS, vêm até a capital vender o peixe diretamente aos consumidores, sem a participação de atravessadores e/ou distribuidores. “O objetivo é promover o manejo do pirarucu e o comércio justo, aproximar o comprador dos manejadores e fazer com que eles tenham oportunidade de oferecer produtos em Manaus sem os atravessadores”, explicou Edvaldo Corrêa, coordenador de Geração de Renda do Programa Floresta em Pé.

É por meio do Floresta em Pé, e com recursos do Fundo Amazônia/BDNES, que a Fundação Amazonas Sustentável apoia o manejo do pirarucu na RDS Cujubim e RDS Mamirauá. Pelo programa, que funciona como uma política pública de pagamentos por serviços ambientais, os pescadores recebem incentivo à gestão sustentável de recursos naturais, como o pirarucu, o que gera renda às famílias e empodera as comunidades ribeirinhas.

A comercialização dessas oito toneladas de pirarucu na sede da FAS beneficiará um total de 41 famílias pescadores de quatro comunidades na RDS Cujubim e na RDS Mamirauá. “O lucro sempre é da gente, não tem atravessador no meio e recebemos o dinheiro na hora. É muito bom”, comentou o pescador Luiz Teixeira, da comunidade Paraíso, na RDS Cujubim. A venda, inclusive, tem autorização do Ibama e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e também acontece dentro do prazo estabelecido pela legislação.

Feira da FAS

Neste próximo domingo (3) acontece a 17ª Feira da FAS, uma feira de economia criativa que acontece mensalmente na sede da fundação, em Manaus, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez, com a proposta de oferecer à população a experiência de consumir produtos diretamente de quem faz, incluindo o peixe manejado pescado em comunidades ribeirinhas pelo Amazonas. A entrada na Feira da FAS é gratuita.

Serviço

O quê: feira do pirarucu
Quando: sexta (1), sábado (2) e domingo (3), a partir das 7h30
Onde: sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez, Manaus

Empreendedores ribeirinhos aprendem novas técnicas de movelaria e artesanato durante laboratório em Carauari

Treinamento foi promovido pela Fundação Amazonas Sustentável com a finalidade de aprimorar o conhecimento tradicional

Com o objetivo de promover a qualificação em movelaria e artesanato para empreendedores ribeirinhos da região do Juruá, no interior do Amazonas, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com a Sitawi, realizou o Laboratório Criativo de Mobiliários da Floresta, uma atividade que aconteceu na comunidade São Raimundo, na Reserva Extrativista do Médio Juruá, no município de Carauari, a cerca de 782 quilômetros de Manaus.

“Essa é uma formação inédita que está acontecendo aqui na região porque traz novos conhecimentos, técnicas de produção e desenvolvimento de produtos inovadores que irão auxiliar no desafio que é empreender na Amazônia” afirmou Wildney Mourão, coordenador de Empreendedorismo da FAS. Para facilitar a formação, o laboratório contou com a participação da designer de produtos Iuçana Mouco e do líder de marcenaria Edvaldo Almeida, ambos com experiência em criação e desenvolvimento de mobiliários de grande porte e artesanato em madeira.

Ao todo, 13 empreendedores da região participaram da atividade e receberam treinamento que envolvia noções de design como criação e desenvolvimento de mobiliário, ergonomia para mobiliário e leitura de desenho técnico. A capacitação também abordou temas voltados para a área de marcenaria como segurança e organização do espaço da oficina, uso e manutenção de ferramentas e maquinário e uso da madeira, técnicas de marchetaria com foco em secagem, usinagem e acabamento.

Durante o treinamento, produtos como mesas de centro e armários foram elaboradores pelos participantes. Além disso, os empreendedores também aprenderam a usar novas ferramentas e maquinários para tornar o processo produtivo mais inovador. “Antes eu usava a faca para fazer acabamento e agora eu aprendi a usar a tupia, que diminuiu para dez minutos o trabalho que eu levava mais de uma hora para fazer”, disse Fabrício de Souza, empreendedor da comunidade Morada Nova.

Os próximos passos do projeto consistem em ações de acesso ao mercado e comercialização dos produtos desenvolvidos durante e após o Laboratório, continuação de mentoria e coaching para os empreendedores e monitoramento dos indicadores de desempenho e resultados.

O Laboratório Criativo de Mobiliários da Floresta é uma ação do projeto de Empreendedorismo do Programa Território Médio Juruá. O programa é financiado pela USAID, Natura e Coca-Cola Brasil, coordenado pela Sitawi e realizado em parceria com associações locais de Carauari, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos, sem vínculos político-partidários, que tem por missão contribuir para a conservação ambiental da Amazônia por meio da valorização da floresta em pé, da biodiversidade e da melhoria de qualidade de vida dos povos da floresta. Seus programas beneficiam cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação (UC) do Estado, com iniciativas de geração de renda, empoderamento comunitário, melhoria social e desenvolvimento sustentável.

Quatro toneladas de tambaqui manejado são vendidas neste fim de semana na sede da FAS

Consumidores de Manaus poderão comprar tambaqui dos rios e lagos da RDS Mamirauá direto dos pescadores, a preços que variam de R$ 9 a R$ 16 o quilo. A venda gera renda às famílias ribeirinhas

Quatro toneladas de tambaqui manejado oriundo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, na região do Médio-Solimões, serão vendidas neste final de semana, sexta (11) e sábado (12), das 7h às 16h, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez. Os preços variam de R$ 9 o quilo do tambaqui até 4,9 kg; R$ 11 o quilo do tambaqui até 6,9 kg; R$ 14 o quilo do tambaqui até 10,9 kg; e R$ 16 o quilo do tambaqui acima de 11 quilos.

Todo o tambaqui a ser vendido beneficia famílias de pescadores da comunidade Terra Nova, no município de Fonte Boa, a 678 quilômetros de Manaus, dentro da RDS Mamirauá, na região do Médio-Solimões. A comercialização, que é coordenada pela Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurmam), incentiva a cadeia produtiva do manejo de peixe e gera renda direta aos pescadores, já que o produto não passa por atravessadores ou distribuidores e o lucro fica com os ribeirinhos.

A venda dos pescados manejados em Manaus também acontece por meio do apoio e incentivo da FAS às associações de pescadores que atuam nas Unidades de Conservação (UC) do Amazonas, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Pelo Programa Floresta em Pé, o antigo Bolsa Floresta, e recursos do Fundo Amazônia/BNDES, ações de geração de renda e empoderamento comunitário são desenvolvidas com os pescadores.

Tanto a venda quanto a pesca dos tambaquis por métodos de manejo acontecem no prazo estabelecido pela legislação ambiental e têm autorização do Ibama e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). “O objetivo é promover o manejo e o comércio justo, aproximar o comprador dos manejadores e fazer com que os pescadores tenham oportunidade de oferecer seus produtos em Manaus sem a participação de atravessadores”, disse Edvaldo Corrêa, coordenador do Programa Floresta em Pé.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos e sem vínculos político-partidários que tem por missão fazer a floresta valer mais em pé do que derrubada, promovendo ações de desenvolvimento sustentável e de melhoria de qualidade de vida dos povos que vivem na floresta. Por meio de programas e projetos, a FAS impacta a vida de cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação do Estado, em cooperação com a Sema e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Samsung, Bradesco e Coca-Cola Brasil.

Serviço

O quê: venda de tambaqui na sede da FAS
Quando: sexta (11) e sábado (12), das 7h às 16h
Onde: sede da FAS, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez

Pirarucu manejado da RDS Mamirauá será vendido na 41ª Expoagro até domingo (6)

 A principal feira agropecuária do Amazonas acontece na área externa da Universidade Nilton Lins, em Manaus. Comercialização do peixe também vai ocorrer no domingo (6) na Feira da FAS

De quinta-feira (3) a domingo (6), quem for à 41ª Feira de Exposição Agropecuária do Amazonas, a Expoagro, na área externa da Universidade Nilton Lins, em Manaus, ou comparecer à Feira da FAS, na sede da Fundação Amazonas Sustentável, no domingo (6), poderá comprar pirarucu manejado da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, oriundo dos rios e lagos da região do Médio-Solimões, na zona rural de Fonte Boa, município a 678 quilômetros de Manaus

O pescado, que é excedente da feira do pirarucu que aconteceu no último final de semana na sede da FAS, foi acrescido de mais uma tonelada de peixe, totalizando quatro toneladas à disposição do público. A venda fomenta a cadeia produtiva do pirarucu e gera renda direta aos pescadores. “Vendemos três toneladas e sobrou três. Agora chegou mais e tem em torno de quatro toneladas para vender. A expectativa é vender tudo”, explica Elinaldo Gonçalves, pescador da comunidade Copianã, da RDS Mamirauá.

Os peixes serão vendidos tanto na Expoagro como a Feira da FAS a preços de R$ 5 o quilo da carcaça, R$ 14 o quilo da ventrecha, R$ 17 o quilo da manta e R$ 22 o quilo do filé. “A Expoagro é uma feira grande. Vai ser nossa primeira vez lá e a nossa expectativa é vender tudo até domingo. Vender tudo tanto na feira agropecuária como na Feira da FAS, que já tradicional”, completou Elinaldo. Serão aceitos pagamentos em dinheiro, cartão de débito e crédito

Floresta em Pé

Os pescadores saíram das comunidades ribeirinhas para vender o próprio peixe em Manaus sem a participação de atravessadores e/ou distribuidores, ou seja, fomentando um comércio justo, em que o lucro da venda fica com os pescadores. Tais ações de incentivo à cadeia produtiva do pirarucu são possíveis por meio do Programa Floresta em Pé, antigo Programa Bolsa Floresta, uma política pública de pagamentos por serviços ambientais, com recursos do Fundo Amazônia/BNDES.

“O objetivo é promover o manejo do pirarucu e o comércio justo, aproximar o comprador dos manejadores e fazer com que os pescadores tenham oportunidade de oferecer seus produtos em Manaus sem a participação de atravessadores ou distribuidores”, ressalta Edvaldo Corrêa, coordenador da Regional Solimões do Programa Floresta em Pé. “O lucro fica todo com eles. Comprando peixe deles, os clientes e apreciadores de pirarucu ajudam a cadeia produtiva do manejo”.

O pirarucu comercializado na Expoagro e na Feira da FAS é oriundo do setor Solimões do Baixo, uma região dentro da RDS Mamirauá coordenada pela Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurmam). O manejo e a comercialização têm autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e acontece no prazo estabelecido pela legislação ambiental.

41ª Expoagro

A 41ª Feira de Exposição Agropecuária do Amazonas, a Expoagro, acontece de quinta (3) a domingo (6) na área externa da Universidade Nilton Lins, no conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores. Organizada pelo Governo do Amazonas, Secretaria de Estado de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), a Expoagro é o maior evento agropecuário do Estado com uma programação que inclui exposições, rodadas de negócios, palestras, cursos, culinária e atrações musicais. A FAS também estará com stand no evento.

Feira da FAS

A Feira da FAS acontece mensalmente na sede da fundação, em Manaus, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez, com a proposta de oferecer à população a experiência de consumir produtos diretamente de quem faz, fomentando um ciclo de sustentabilidade e estimulando a economia verde e criativa. São expositores diversos de itens e serviços desde artesanato a design, moda, beleza, decoração, jardinagem, livros, dança, yoga, teatro, música, gastronomia, produtos orgânicos, veganos e o pirarucu manejado. A entrada é gratuita.

Serviço

O quê: feira do pirarucu manejado na 41ª Expoagro
Quando: quinta (3) e domingo (6)
Onde: área externa da Universidade Nilton Lins, na av. Prof. Nilton Lins, 3259, conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores

O quê: feira do pirarucu manejado na Feira da FAS
Quando: domingo (6)
Onde: sede da FAS, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez

Nova temporada de feiras do pirarucu manejado inicia na sede da FAS

Pelos próximos quatro meses, pescadores da RDS Mamirauá vêm a Manaus vender 30 toneladas de pescado manejado, a preços que variam de R$ 5 a R$ 22 o quilo

Uma nova temporada de feiras do pirarucu manejado inicia nesta sexta-feira (27) na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em Manaus, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez. Pescadores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá, na região do Médio-Solimões, vêm à capital amazonense comercializar um total de 30 toneladas de pirarucu manejado pelos próximos quatro meses, a preços que variam de R$ 5 a R$ 22 o quilo.

Ao todo serão quatro feiras de pirarucu até o fim do ano, uma em cada mês. A primeira acontece nesta sexta (27) e sábado (28), a partir das 7h30, com seis toneladas de pirarucu manejado à disposição do público, vendidas a R$ 5 o quilo da carcaça, R$ 14 o quilo da ventrecha, R$ 17 o quilo da manta e R$ 22 o quilo do filé do pirarucu. Serão aceitos pagamentos em dinheiro, cartão de débito e crédito.

Todo o pescado é oriundo de rios e lagos da RDS Mamirauá, na zona rural de Fonte Boa, a 678 quilômetros de Manaus. “O objetivo é promover o manejo do pirarucu e o comércio justo, aproximar o comprador dos manejadores e fazer com que os pescadores tenham oportunidade de oferecer seus produtos em Manaus sem a participação de atravessadores ou distribuidores”, explica Edvaldo Corrêa, coordenador do Programa Geração de Renda.

Geração de Renda

É por meio do Geração de Renda, e com recursos do Fundo Amazônia/BDNES, que a fundação apoia o manejo do pirarucu em Unidades de Conservação (UC) do Estado, como a RDS Mamirauá. Pelo programa, uma política pública de pagamentos por serviços ambientais, os pescadores recebem assistência social e incentivo à geração de renda e empoderamento comunitário para atuar na pesca manejada de pirarucu.

As seis toneladas de pirarucu comercializadas nessa primeira feira são do setor Solimões do Baixo, da Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurmam), e todo o lucro da venda do pescado é revertido diretamente aos pescadores. “Ano passado foi comercializado mais de R$ 268 mil em quatro feiras de pirarucu. Esse ano temos a previsão de chegar a mais de R$ 300 mil”, reforçou Edvaldo Corrêa.

Qualidade de vida

A comercialização do pirarucu na sede da FAS, em Manaus, tem autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e a pesca manejada de peixe também tem anuência dos órgãos ambientais e acontece dentro do prazo estabelecido pela legislação.

“O apoio que a gente recebe da FAS é muito importante porque fortalece o nosso trabalho. A gente consegue vender o produto por um valor melhor e também melhorar a qualidade de vida das pessoas da comunidade, não só das famílias pescadoras beneficiadas diretamente, mas de toda uma cadeia de comércio que é estabelecida”, explica Rodrigo Pinto, manejador da comunidade ribeirinha Novo Remanso, do setor Solimões de Baixo. “A gente consegue chegar no consumidor final e vender nosso produto, fazer a divulgação dele e oferecer um produto de qualidade para a alimentação das pessoas”.

Serviço

O quê: feira do pirarucu
Quando: sexta (27) e sábado (28), a partir das 7h30
Onde: sede da FAS, rua Álvaro Maia, 351, Parque Dez
Quanto: carcaça R$ 5 o quilo, ventrecha R$ 14 o quilo, manta R$ 17 o quilo e filé R$ 22 o quilo