Jovens ribeirinhos participam de projeto de conscientização do Igarapé do Gigante no bairro Redenção
Atividade faz parte do Intercâmbio de Saberes, evento que traz 34 alunos para uma semana de discussões e visitas temáticas
Atividade faz parte do Intercâmbio de Saberes, evento que traz 34 alunos para uma semana de discussões e visitas temáticas
Membros de associações e cooperativas participaram da qualificação na FAS para elaborar projetos elegíveis em qualquer edital público
Em uma região cercada pelo Rio Uatumã o principal acesso é feito através de pequenos barcos que conduzem diariamente moradores que aprenderam a operar motores complexos através do conhecimento popular. Mas esse cenário tão distinto passou uma transformação que deve melhorar a realidade de seus moradores. No dias 20 e 21 de junho a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, localizada a 330 km de Manaus, nos municípios de Itapiranga e São Sebatião do Uatumã, sediou o curso de Mecânica básica de motor estacionário e gerador, promovido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em parceria com a Moto Honda da Amazônia.
O curso capacitou 16 moradores das comunidades que vivem no entorno da RDS e teve a duração de 16 horas, das quais os alunos puderam ter noções básicas de mecânica. De acordo com Alexandre Augusto de Souza, instrutor do curso, trazer a capacitação para a comunidade ribeirinha é uma forma de contribuir com a realidade da região fazendo com que os moradores obtenham maior desempenho e durabilidade dos motores rabeta.
O conhecimento adquirido durante o curso motivou os moradores que já fazem planos para o futuro. O agricultor Joilson Mendes, 23, viu no curso uma oportunidade de abrir uma oficina para atender os moradores que precisem de reparos em seus motores. Já para o barqueiro Sandro Farias, 41, o curso serviu como um forma de entender mais como funciona um motor e com isso evitar futuros danos que possam colocar em risco a vida dos passageiros.
Parceria da FAS e SEDUC, evento traz 34 alunos para uma semana de discussões e visitas temáticas
Por Lívia Salomoni
Por meio do A Gente Transforma – liderado pelo escritório de design e inovação Rosenbaum®, Marcelo Rosenbaum e sua equipe já conheceram e trabalharam com diferentes comunidades do Brasil profundo. As imersões são guiadas pela metodologia do Design Essencial, que usa o design como ferramenta para estimular a reconquista de valores essenciais em comunidades conectadas com a ancestralidade, o sagrado e a natureza, valorizando a economia criativa local.
Uma das mais recentes experiências foi iniciada a partir de uma imersão de nove dias na comunidade de Nova Colômbia, situada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, Amazonas, a convite da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) – em parceria com o Instituto Lojas Renner, Fundo Newton, British Council e Instituto Mamirauá. O projeto contou ainda com apoio do Banco Bradesco, Fundo Amazônia/BNDES e Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
“No Projeto Molongó, nosso ponto de partida foi unir três aspectos: uma demanda da comunidade Nova Colômbia para desenvolver atividades com uma espécie de árvore de grande potencial ecológico de manejo – o Molongó; a experiência da FAS no desenvolvimento social e econômico de comunidades; e a visão de um grupo de alto nível que é o A Gente Transforma”, comenta Virgílio Viana, Superintendente Geral da FAS.
Fundação também ficou entre as 100 melhores do país, em premiação da Revista Época e Instituto Doar
Na última sexta, 04, o Núcleo de Conservação da Comunidade do Abelha, localizado na RDS do Juma em Novo Aripuanã, distante 225 km de Manaus, foi palco do espetáculo de encerramento do segundo módulo do Projeto de Incentivo à Leitura e Escrita – Incenturita, iniciativa da Fundação Amazonas Sustentável – FAS com apoio da Samsung, Bradesco e Instituto Alair Martins (Iamar).
A atividade contou com a participação de 40 alunos que estudam integralmente na Escola Municipal Victor Civita e marcou o encerramento do ano letivo dos estudantes da região, o qual é antecipado devido ao período de seca do rio Marepaua, afluente do rio Madeira. Ao contrário de outras localidades, na comunidade do Abelha o Incenturita é oferecido como atividade dentro da grade curricular do ensino.
Como resultado dessa imersão, os alunos conquistaram uma autonomia para definirem como seriam suas apresentações e demonstraram um pouco do resultado do aprendizado obtido com o projeto, como é o caso do jovem Alailson Ribeiro, 16, morador da comunidade Santo Antônio. “Eu participo do Incenturita há dois anos e o projeto fortaleceu a minha criatividade. Antes eu tinha vergonha em falar perante o público e agora eu me tornei uma pessoa que eu jamais podia imaginar que me tornaria, pois consigo me comunicar melhor hoje em dia e ainda atuo”, reconhece Alailson.
O imaginário amazônico difundido nas lendas serviu como referência para o tema das peças. Através de fantasias, coreografias e desenhos corporais, a lenda do guaraná, o misticismo da dança do pajé foram usados nas apresentações, bem como a clássica história da Formiga e a Neve, do gênero textual lenga-lenga que é muito utilizado para desenvolver as habilidades de leitura e escrita.
Longe de grandes palcos, os alunos do Incenturita da comunidade do Abelha mostraram que a distância e a simplicidade não é empecilho para emocionar o público. “Achei linda a apresentação porque demonstra o trabalho que os professores tem feito e investido. Isso é o reflexo de que os alunos estão aprendendo”, afirma a nutricionista Bárbara Carvalho.
Noite foi comandada pelo chef Marcos Carioba, finalista do programa The Taste e convidado da Virada Sustentável
O evento, que acontecerá de 14 a 18 de agosto, busca formar lideranças jovens para levar soluções às
comunidades na floresta