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Projeto de Pesquisa leva sistema solar piloto à comunidade Nova Esperança, no Rio Negro

Energia elétrica solar já é uma realidade para alguns moradores da comunidade ribeirinha Nova Esperança, zona rural de Manaus. Estudantes do projeto Star-Energy, realizado em parceria pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Coventry, com o incentivo da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), instalaram em junho, em caráter piloto, um sistema autônomo de eletrificação na comunidade.
Na primeira etapa foi realizada uma análise de dados, gerados a partir de questionários aplicados previamente pelos pesquisadores, que ajudou na seleção da comunidade e das casas participantes. “A ideia dos pesquisadores foi compreender a dinâmica de demanda e consumo das comunidades no interior das áreas protegidas do estado, que não são contempladas por um sistema de abastecimento elétrico, principalmente devido ao caráter de isolamento/distanciamento dos municípios da região”  , explica Liane Lima, responsável pelas atividades do projeto junto a FAS. 
A instalação das placas contou com apoio direto dos moradores, que receberam ainda junto aos pesquisadores e equipe técnica, orientações sobre os padrões de segurança e consumo consciente de energia solar, bem como uma cartilha informativa  sobre as recomendações do uso do sistema.

Moradores recebem instruções sobre consumo consciente de energia. Foto: Liane Lima/FAS

“O  projeto busca empoderar os comunitários para a participação coletiva das decisões na comunidade, mostrando que os benefícios de um projeto, mesmo que ainda em fase de experimento, beneficia a comunidade como um todo”, enfatiza senhor José Garrido, morador do Nova Esperança e atual presidente da comunidade.
Outra novidade é que além das placas solares, a comunidade passou a contar com um sistema de medição meteorológica com a finalidade de coletar dados importantes para o monitoramento e avaliação do projeto.

Sobre o projeto

O projeto Star-Energy faz parte da parceria entre Fundo Newton/Conselho Britânico-Schneider Electric e FAS, que teve como objetivo fomentar a colaboração Brasil-Reino Unido, promovendo a troca de conhecimento científico e tradicional. O projeto visa projetar, implementar e monitorar uma solução-piloto de baixa emissão de carbono, de forma a reduzir o impacto ambiental e melhorar os indicadores econômicos e de saúde, para comunidades ribeirinhas no interior do estado, que poderá ser escalonado e replicado para outras localidades da Amazônia.

Sobre os parceiros

Fundo Newton é uma iniciativa do Governo Britânico que visa promover o desenvolvimento social e econômico de 15 países parceiros por meio de pesquisa, ciência e tecnologia. O British Council é a organização internacional sem fins lucrativo do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais. Seu trabalho busca estabelecer a troca de experiências e criar laços de confiança por meio do intercâmbio de conhecimento e de ideias entre pessoas ao redor do mundo.
A Schneider Electric é uma empresa que desenvolver tecnologias e soluções conectadas para gerenciar energia e processos de maneira segura, confiável, eficiente e sustentável. O grupo investe em P&D, a fim de sustentar e inovação e a diferenciação, com um forte compromisso com o investimento sustentável.
Veja como foi a ação:

Comunidade Maracarana recebe a terceira edição das Olimpíadas na Floresta da RDS do Uatumã

Durante o último final de semana, aconteceu a terceira edição das Olimpíadas da Floresta da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, evento realizado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) que reuniu mais de 250 crianças e adolescentes participantes do Programa de Desenvolvimento Integral da Criança e do Adolescente Ribeirinho da Amazônia (DICARA) na comunidade Maracarana, zona rural de Presidente Figueiredo, distante a 107 km de Manaus.

Aluna do Maracarana acende a pira olimpíca. Foto: Dirce Quintino/FAS

As Olimpíadas tiveram início na noite da sexta (20) com o acendimento da pira olímpica e a cerimônia de abertura que contou com apresentações culturais inspiradas em lendas amazônicas e no cotidiano ribeirinho. Na manhã de sábado (21) as competições começaram com a corrida de 70 metros onde os times do Jacaréquara e Núcleo empataram conquistando duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Já na corrida de saco, o Núcleo saiu na frente levando três medalhas de ouro.

Crianças disputam corrida de saco. Foto: Dirce Quintino/FAS

A acirrada disputa do futebol masculino de 14 a 17 anos deu ao time do Boto o título inédito na modalidade, enquanto que o time de Itapiranga conquistou a medalha de ouro na disputa feminina. No tênis de mesa, Larissa Coelho (10) conquistou o bicampeonato na categoria feminina de 7 a 12 anos. “Ela evoluiu bastante e teve um desempenho muito melhor esse ano porque continuamos treinando porque já imaginávamos que os adversários viriam mais preparados”, comentou Manoel Coelho, pai e treinador de Larissa.

Motivação e interação

Apesar do forte clima competitivo, as Olimpíadas representam também oportunidades para que as crianças e adolescentes de diferentes comunidades interajam entre si. “É muito importante para o desenvolvimento das crianças, pois muitas delas não participavam das atividades e agora querem participar”, afirma Cristiane da Silva Reis, mãe de Isabelle, que integrou o time vencedor do Jacaréquara na categoria futebol feminino 07 a 13 anos.

Cristiane e a filha Isabelle. Foto: Dirce Quintini/FAS

Para Marlene da Cruz Gomes, 16 anos, o evento valoriza o jovem ribeirinho. “Geralmente os projetos que vinham para a Reserva só eram voltados para os adultos e o Dicara vem trazendo valorização dos jovens do interior. Esse é um grande momento para a gente, pois podemos interagir e mesmo que não ganhemos os jogos, o importante é competir”, disse.
Além das competições esportivas, essa edição das Olimpíadas teve como novidade o Quiz do Conhecimento, onde os alunos do Dicara puderam responder sobre temas ambientais e direitos humanos. No quadro geral de medalhes, o time sede do Maracarana ficou em primeiro lugar com 16 de medalhas de ouro, seguido do Núcleo e em terceiro lugar o Jacaréquara.
Veja o vídeo:

 

Sobre o Dicara

O Dicara desenvolve ações voltadas à garantia dos direitos de crianças e adolescentes de Unidades de Conservação (UC) no Amazonas que visam diminuir a desigualdade em relação a jovens da capital, por exemplo.
O evento é promovido pelo Programa de Desenvolvimento Integral da Criança e do Adolescente Ribeirinho da Amazônia (DICARA), da FAS, em parceria com a Associação Agroextrativista das Comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã (AACRDSU), o Conselho Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Itapiranga, Prefeituras de Itapiranga, Presidente Figueiredo e São Sebastião do Uatumã e a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) e contou com o patrocínio da Cielo.
Confira a galeria de fotos:
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