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Empreendedores ribeirinhos aprendem novas técnicas de movelaria e artesanato durante laboratório em Carauari

Treinamento foi promovido pela Fundação Amazonas Sustentável com a finalidade de aprimorar o conhecimento tradicional

Com o objetivo de promover a qualificação em movelaria e artesanato para empreendedores ribeirinhos da região do Juruá, no interior do Amazonas, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com a Sitawi, realizou o Laboratório Criativo de Mobiliários da Floresta, uma atividade que aconteceu na comunidade São Raimundo, na Reserva Extrativista do Médio Juruá, no município de Carauari, a cerca de 782 quilômetros de Manaus.

“Essa é uma formação inédita que está acontecendo aqui na região porque traz novos conhecimentos, técnicas de produção e desenvolvimento de produtos inovadores que irão auxiliar no desafio que é empreender na Amazônia” afirmou Wildney Mourão, coordenador de Empreendedorismo da FAS. Para facilitar a formação, o laboratório contou com a participação da designer de produtos Iuçana Mouco e do líder de marcenaria Edvaldo Almeida, ambos com experiência em criação e desenvolvimento de mobiliários de grande porte e artesanato em madeira.

Ao todo, 13 empreendedores da região participaram da atividade e receberam treinamento que envolvia noções de design como criação e desenvolvimento de mobiliário, ergonomia para mobiliário e leitura de desenho técnico. A capacitação também abordou temas voltados para a área de marcenaria como segurança e organização do espaço da oficina, uso e manutenção de ferramentas e maquinário e uso da madeira, técnicas de marchetaria com foco em secagem, usinagem e acabamento.

Durante o treinamento, produtos como mesas de centro e armários foram elaboradores pelos participantes. Além disso, os empreendedores também aprenderam a usar novas ferramentas e maquinários para tornar o processo produtivo mais inovador. “Antes eu usava a faca para fazer acabamento e agora eu aprendi a usar a tupia, que diminuiu para dez minutos o trabalho que eu levava mais de uma hora para fazer”, disse Fabrício de Souza, empreendedor da comunidade Morada Nova.

Os próximos passos do projeto consistem em ações de acesso ao mercado e comercialização dos produtos desenvolvidos durante e após o Laboratório, continuação de mentoria e coaching para os empreendedores e monitoramento dos indicadores de desempenho e resultados.

O Laboratório Criativo de Mobiliários da Floresta é uma ação do projeto de Empreendedorismo do Programa Território Médio Juruá. O programa é financiado pela USAID, Natura e Coca-Cola Brasil, coordenado pela Sitawi e realizado em parceria com associações locais de Carauari, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos, sem vínculos político-partidários, que tem por missão contribuir para a conservação ambiental da Amazônia por meio da valorização da floresta em pé, da biodiversidade e da melhoria de qualidade de vida dos povos da floresta. Seus programas beneficiam cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação (UC) do Estado, com iniciativas de geração de renda, empoderamento comunitário, melhoria social e desenvolvimento sustentável.

Primeira Infância Ribeirinha recebe Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social

Programa da FAS voltado à saúde e educação de crianças do interior do Amazonas de 0 a 6 anos ficou em 2º lugar na premiação, recebendo reconhecimento nacional como importante tecnologia social

Primeira Infância Ribeirinha (PIR), programa da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) voltado à saúde e educação de crianças de 0 a 6 anos de idade que vivem em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas, foi o vencedor em 2º lugar do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2019, na categoria Primeira Infância, que ocorreu na noite dessa quarta-feira (16) na sede do FBB, em Brasília. O primeiro lugar ficou com o Visitação Domiciliar na Primeira Infância, de Porto Alegre (RS).

No programa, agentes comunitários são capacitados a dar assistência integral em saúde e educação a crianças de 0 a 6 que vivem em comunidades ribeirinhas e indígenas, geralmente sob escassez de serviços básicos devido à distância geográfica. “Esse prêmio é uma conquista muito importante para a FAS. Dar visibilidade para a nossa gente, para o nosso trabalho de cuidar das pessoas que cuidam da floresta, de cuidar das nossas crianças ribeirinhas, é motivo de orgulho”, resumiu Anderson Mattos, gerente do Programa de Educação, Saúde e Cidadania da FAS e quem foi o representante do PIR no prêmio.

A fase da primeira infância, de 0 a 6, é a mais importante para a formação das estruturas física e psíquica do ser humano, quando aspectos como cognição e sociabilidade são estruturados. A coordenadora do PIR, Franci Lima, falou com orgulho da conquista alcançada. “O grande vencedor é a primeira infância, que está sendo premiada de Norte a Sul do país. O nosso PIR continuará transformando vidas e contribuindo para uma infância digna e com valor”, ressaltou.

Atualmente, o PIR beneficia mais de 10,7 mil crianças moradoras de comunidades nos municípios de Maraã, Novo Aripuanã, Itapiranga, Tefé e Uarini, e cerca de 308 agentes comunitários foram capacitados desde então. “Os agentes comunitários são os olhos da saúde nessas comunidades, atuam em campanhas de vacinação, estão dentro da casa das pessoas lidando com a saúde delas. O prêmio prova o quanto a metodologia da FAS impacta positivamente nos locais onde atuamos, levando melhoria na organização do sistema de saúde local e na sistematização das visitas domiciliares”, ressaltou Franci Lima.

Infância Ribeirinha

Para capacitar os agentes comunitários a prestar atendimento em saúde e educação ao público ribeirinho de 0 a 6 anos é usada uma metodologia própria do PIR inspirada em políticas do Ministério da Saúde relacionadas à primeira infância e adaptada ao contexto e à realidade ribeirinha. Além disso, no programa também é usado um aplicativo mobile desenvolvido pela Samsung e pelo Instituto de Tecnologia do Norte (ITN), que reúne, num só lugar, todo o conteúdo necessário ao atendimento, desde um guia de visitação domiciliar até informativos e metodologias.

Desde a gestação do bebê até o nascimento, o apoio às mães, amamentação, cuidados com água e higiene pessoal, dicas para evitar acidentes domésticos, prevenção a doenças, relacionamento familiar, desenvolvimento da cognição, e outros, estão contemplados na PIR. “Investir em crianças é investir no futuro da Amazônia. O PIR é fundamental para levar educação e saúde na fase mais crítica da vida, que é o período de 0 a 6, onde toda a capacidade de raciocínio e inteligência cognitiva é formada. Serão essas crianças que no futuro estarão tomando decisões fundamentais para o futuro da Amazônia”, ressaltou o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana.

Sobre o prêmio

Realizado a cada dois anos desde 2001, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social tem o objetivo de identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais já aplicadas e que proponham soluções de problemas relativos à educação, saúde, meio ambiente, energia, habitação, recursos hídricos e renda em todo o país. Podem participar instituições de direito público ou privado sem fins lucrativos.

Em nove edições, mais de 7 mil iniciativas se inscreveram e mais de R$ 4,1 milhões foram concedidos em prêmios aos vencedores para aprimoramento das tecnologias sociais. As iniciativas inscritas, além de já serem reconhecidas como tecnologias sociais pela FBB, passam a fazer parte de um banco de dados composta por 1110 instituições. Neste ano 24 tecnologias sociais concorreram ao prêmio em oito categorias: inovação digital, educação, geração de renda, meio ambiente, gestão comunitária, mulheres na agroecologia, primeira infância e categoria internacional.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos e sem vínculos político-partidários que tem por missão fazer a floresta valer mais em pé do que derrubada, promovendo ações de desenvolvimento sustentável e de melhoria de qualidade de vida dos povos que vivem na floresta. Por meio de programas e projetos, a FAS impacta a vida de cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação do Estado, em cooperação com a Sema e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Samsung, Bradesco e Coca-Cola Brasil.

Nota de pesar: Lázaro Brandão, ex-presidente do Bradesco

Lázaro de Mello Brandão, de 93 anos, foi presidente do Bradesco e do conselho de administração do banco, um dos principais mantenedores das ações promovidas pela FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) vem a público manifestar pesar pelo falecimento de Lázaro de Mello Brandão, ex-presidente do Bradesco e do conselho de administração do banco, e que é um dos principais mantenedores das ações promovidas pela FAS de conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida de populações que vivem nas Unidades de Conservação (UC) do Amazonas.

Falecido nesta quarta-feira (16) em São Paulo (SP), aos 93 anos de idade, “Seu Brandão”, como era conhecido, dedicou mais de 75 anos de vida ao banco, 36 deles no alto comando. Ele deixou a presidência do conselho do Bradesco no final de 2017, mas ainda atuava como presidente das empresas controladoras do Bradesco.

Economista e administrador de empresas, começou a trabalhar em 1942, aos 16 anos, logo na fundação da Casa Bancária Almeida & Cia, que deu origem a um dos maiores bancos privados do país. Ele deixa mulher, duas filhas e um neto

FAS vence prêmio da Unesco por ações de desenvolvimento sustentável na Amazônia

Única organização brasileira e única da América do Sul em toda a história a levar o prêmio, a FAS atua há mais de 11 anos na conservação ambiental e valorização das pessoas que vivem nas florestas

As ações de educação promovidas pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) para desenvolver comunidades tradicionais da Amazônia renderam à organização um reconhecimento único. Com mais de 11 anos de atuação pela conservação ambiental e valorização das pessoas que vivem nas florestas, a FAS foi anunciada vencedora do Prêmio Unesco sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) 2019, concedido a soluções inovadoras de todo o mundo capazes de transformar a realidade do meio ambiente, da economia e da sociedade através do desenvolvimento sustentável.

Outros dois projetos globais também foram premiados, um em Botsuana, sobre educação para a vida e o trabalho, e outro na Alemanha, com ações para combater as mudanças climáticas. Em toda a história, a FAS é a única organização brasileira e de toda a América do Sul a ser premiada. Os vencedores foram escolhidos por um júri internacional independente formado por membros com grande reputação no campo da EDS, entre eles Oscar Motomura (Brasil), Stephen Sterling (Reino Unido), May Makhzoumi (Líbano), Yoshiyuki Nagata (Japão) e Akpezi Ogbuigwe (Nigéria).

O anúncio dos vencedores foi feito pela diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay. Cada um dos premiados receberá um valor de US$ 50 mil financiados pelo Governo do Japão. A entrega vai acontecer no próximo 15 de novembro na sede da Unesco em Paris, na França, durante a Conferência Geral da Unesco.

Desenvolvimento sustentável

Entre as ações da FAS de Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) na Amazônia que levaram à conquista do prêmio estão soluções inovadoras aplicadas em 581 comunidades ribeirinhas e indígenas, que ficam situadas em 16 Unidades de Conservação (UC), numa área equivalente a 10,9 milhões de hectares, onde mais de 39 mil pessoas e 9.598 famílias são beneficiadas. Dentre essas ações estão projetos e programas voltados para geração de renda, gestão de recursos naturais, empoderamento comunitário, capacitação de lideranças, conhecimento tradicional, apoio a educação formal, primeira infância, monitoramento da floresta, infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento.

Tais iniciativas são ensinadas e repassadas às populações tradicionais dentro de espaços físicos construídos pela própria FAS nas comunidades ribeirinhas e indígenas, os chamados Núcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCS). Ao todo, são nove NCS em todo o Amazonas que servem como plataforma de implementação do EDS e de espaços para promoção de educação e de políticas públicas para alavancar soluções adaptadas ao desenvolvimento sustentável.

Só neste ano, de janeiro a setembro de 2019, mais de 750 alunos estavam matriculados participando de atividades de educação nos NCS, de Ensino Fundamental até Médio, Educação para Jovens e Adultos (EJA) e Superior, além de cursos livres. De 2016 a 2019, foram mais 340 cursos e formações desenvolvidas.

Redução do desmatamento

A estratégia de levar ações de educação para desenvolver comunidades na Amazônia fez da FAS a instituição brasileira com os maiores resultados de conservação ambiental na região amazônica. Nos últimos anos, os programas e projetos da fundação alcançaram índices extremamente positivos na redução do desmatamento, dos focos de calor e da pobreza na Amazônia.

Em dez anos, entre 2008 e 2018, as taxas de desmatamento diminuíram 76% nas áreas de atuação da FAS, conforme dados do Inpe/Prodes, e o número de focos de calor nessas áreas protegidas também caiu 33% entre janeiro e agosto deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado, conforme o Prodes. Já a renda média mensal por pessoa nas UCs aumentou 202%, segundo levantamento da Action e do Banco Mundial.

Investimentos

Esses resultados reforçam a tendência de que a conservação ambiental está diretamente ligada à promoção da melhoria da qualidade de vida das populações que vivem nas florestas.

Com esse foco, a Fundação Amazonas Sustentável vem investindo nos últimos dez anos mais de US$ 85 milhões em educação relevante para geração de renda, empoderamento comunitário, gestão de cadeias produtivas e educação formal, oriundos de cooperação internacional como o Fundo Amazônia/BNDES e a agência alemã GIZ, além do financiamento de empresas privadas como o Bradesco, a Samsung e a Coca-Cola.

Além disso, a FAS tem aumentado a própria participação na discussão de políticas públicas em nível global, com negociações climáticas, em nível nacional, com políticas florestais, e subnacional com serviços ambientais, e também colaborando com a produção científica solicitando de mais de 130 pesquisadores a avaliação e a análise dos próprios projetos, programas e resultados internos.

O superintendente-geral da fundação, Virgílio Viana, reforça a estratégia de conservar o meio ambiente por meio do investimento em educação para o desenvolvimento sustentável. “Temos apoiado desde o início ações inovadoras de educação capazes de fazer com que as pessoas façam uma ponte entre o saber tradicional das suas culturas com o saber e o conhecimento científico contemporâneo. Nossa ideia é fazer das pessoas empreendedoras da floresta, líderes de processos inovadores capazes de dar valor à biodiversidade da Amazônia, gerando emprego e renda e fazendo com que a floresta tenha mais valor em pé do que derrubada”, concluiu.

Sobre o prêmio

Financiado pelo Governo do Japão, o Prêmio Unesco-Japão de Educação para o Desenvolvimento Sustentável está na quinta edição. Nos anos anteriores venceram iniciativas da Guatemala, El Salvador, Alemanha, Indonésia, Camarões, Japão, Reino Unido, Jordânia, Zimbábue, Namíbia e Estônia.

O prêmio foi estabelecido pelo Conselho Executivo da Unesco no âmbito do Programa de Ação Global sobre ESD, para divulgar e recompensar iniciativas de ESD transformadoras. Os vencedores são escolhidos por um júri internacional independente com base em critérios como soluções inovadoras capazes de mudar a realidade das pessoas por meio do desenvolvimento sustentável do meio ambiente, da economia e da sociedade.

FAS abre vaga de emprego para prestação de oficinas de liderança jovem no interior do AM

A oportunidade é para atuar na zona rural de Tefé e de Novo Aripuanã dentro do Programa de Desenvolvimento Integral da Criança e do Adolescente Ribeirinho da Amazônia (Dicara)

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) está selecionando profissionais para vaga de emprego de prestação de serviços de oficinas de liderança jovem na zona rural de Tefé e Novo Aripuanã para trabalhar dentro do Programa de Desenvolvimento Integral da Criança e do Adolescente Ribeirinho da Amazônia (Dicara).

O profissional terá como função ministrar aulas teóricas e práticas contendo conceitos de liderança, legislação, liderança jovem e, ainda, elaborar um relatório das atividades. São requisitos mínimos ter formação em nível superior de área não específica. Os materiais e recursos de infraestrutura das oficinas serão fornecidos pela FAS, bem como os custos de deslocamento e alimentação quando o contratado estiver em atividade de campo.

As propostas devem ser encaminhadas para o e-mail rh@fas-amazonas.org até domingo (20). No título da mensagem de e-mail deve constar “Liderança Jovem – Tefé e Novo Aripuanã”. Apenas os candidatos aprovados serão contatados para a primeira etapa de seleção. Confira aqui o edital.

Tecnologia social da FAS voltada à saúde e educação de crianças ribeirinhas concorre a prêmio nacional

DiaDasCrianças | Programa Primeira Infância Ribeirinha, da FAS, auxilia atendimento à população de 0 a 6 anos, período essencial ao desenvolvimento humano

A fase da vida de 0 a 6 anos, chamada de primeira infância, é de extrema importância para a formação das estruturas física e psíquica de um ser humano. Mais de 70% do cérebro de um adulto comum é desenvolvido nessa época e aspectos como cognição e sociabilidade são todos estruturados nesse estágio. Da gestação até o crescimento, a alimentação, as primeiras palavras, os primeiros passos, novos aprendizados… são vivências essenciais e de consequências à vida toda.

Também é nessa fase que as crianças estão mais suscetíveis a vulnerabilidade como limitações, violências e estresses. A falta de um cuidado adequado à saúde e à educação dos pequenos nesse tempo de vida são irreversíveis.

Se esse zelo é essencial a crianças que vivem num contexto urbano, para aquelas moradoras do interior do Amazonas, como em comunidades ribeirinhas, é ainda mais urgente. Desafios como distância geográfica e escassez de serviços básicos demandam uma abordagem diferenciada com as crianças ribeirinhas.

Pensando nisso, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) vêm promovendo desde 2012 o Programa Primeira Infância Ribeirinha (PIR), com objetivo de levar assistência integral a crianças amazonenses na faixa etária de 0 a 6 anos de idade residentes de comunidades situadas em Unidades de Conservação. Hoje, a iniciativa atinge mais de 10,7 mil crianças, sendo esse um dado parcial de 2019, nos perímetros dos municípios de Maraã, Novo Aripuanã, Itapiranga, Tefé e Uarini.

Dentro do programa, agentes comunitários que prestam atendimento em saúde e educação a esse público são capacitados para fazer um acompanhamento integral às crianças de 0 a 6 anos, tendo como apoio uma metodologia própria inspirada em políticas do Ministério da Saúde relacionadas à primeira infância.

Além disso, no programa também é usado um aplicativo mobile, desenvolvido pela Samsung e pelo Instituto de Tecnologia do Norte (ITN), que reúne, num só lugar, todo o conteúdo necessário ao atendimento à primeira infância, desde um guia de visitação domiciliar até informativos e metodologias corretas sobre educação e saúde.

A gestação do bebê, o apoio às mães, o nascimento da criança, a amamentação, cuidados com água e higiene pessoal, dicas para evitar acidentes domésticos, prevenção a doenças, relacionamento familiar, desenvolvimento da fala e da cognição estão contemplados no aplicativo.

“Os agentes comunitários são os olhos da saúde nessas comunidades, atuam em campanhas de vacinação, estão dentro da casa das pessoas lidando com a saúde delas. Porém, infelizmente, a saúde na primeira infância não recebe a devida importância”, explicou a analista técnica do programa, a nutricionista Franci Lima. “Nosso objetivo é formar os agentes comunitários de saúde para dar um melhor atendimento desde a suspeita da gravidez até os 6 anos, fortalecendo o vínculo entre os pais e a criança, que muitas vezes é deixado de lado”.

Reconhecimento nacional

Tal metodologia usada no Programa Primeira Infância Ribeirinha foi reconhecida recentemente pela Fundação Banco do Brasil (FBB) como uma tecnologia social transformadora. O programa ganhou um selo e também foi selecionado como um dos três finalistas do Prêmio FBB de Tecnologia Social 2019 na categoria Primeira Infância, concorrendo com outras duas iniciativas desenvolvidas no país com foco na população de 0 a 6 anos, o Programa Municipal de Aleitamento Materno PRÓ-MAMÁ, da Prefeitura Municipal de Osório, no Rio Grande do Sul, e o Visitação Domiciliar na Primeira Infância, da Secretaria da Saúde de Porto Alegre, também no Rio Grande do Sul.

O anúncio do vencedor do prêmio acontece na próxima quarta-feira (16), na sede da FBB em Brasília. O primeiro lugar leva R$ 50 mil, o segundo R$ 30 mil e o terceiro R$ 20 mil. “Essa certificação e a indicação ao prêmio prova o quanto a metodologia da FAS impacta positivamente nos locais onde nós atuamos, levando melhoria na organização do sistema de saúde local e na sistematização das visitas domiciliares em saúde, com os agentes atuando de forma preventiva”, disse Franci Lima. “Fazemos tudo com muito esforço e dedicação, com apoio dos agentes, das prefeituras municipais e, claro, das famílias”.

Ao todo, crianças de mais de 8oo famílias são beneficiadas pelo Primeira Infância Ribeirinha, e cerca de 308 agentes comunitários foram capacitados desde então. “Investir em crianças é investir no futuro da Amazônia. O PIR é fundamental para levar educação e saúde na fase mais crítica da vida das pessoas, que é o período de 0 a 6 anos, onde toda a capacidade de raciocínio e inteligência cognitiva é formada. Serão essas crianças que no futuro estarão tomando decisões fundamentais para o futuro da Amazônia”, ressaltou o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana. “O reconhecimento pela FBB só reforça a importância de desenvolver soluções inovadoras como essa para o desenvolvimento sustentável da região”.

Sobre o prêmio

Realizado a cada dois anos desde 2001, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social tem o objetivo de identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais já aplicadas e que proponham soluções de problemas relativos à educação, saúde, meio ambiente, energia, habitação, recursos hídricos e renda em todo o país. Podem participar instituições de direito público ou privado sem fins lucrativos.

Em nove edições, mais de 7 mil iniciativas se inscreveram e mais de R$ 4,1 milhões foram concedidos em prêmios aos vencedores para aprimoramento das tecnologias sociais. As iniciativas inscritas, além de já serem reconhecidas como tecnologias sociais pela FBB, passam a fazer parte de um banco de dados composta por 1110 instituições. Neste ano 24 tecnologias sociais concorrem ao prêmio em oito categorias: inovação digital, educação, geração de renda, meio ambiente, gestão comunitária, mulheres na agroecologia, primeira infância e categoria internacional.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos e sem vínculos político-partidários que tem por missão fazer a floresta valer mais em pé do que derrubada, promovendo ações de desenvolvimento sustentável e de melhoria de qualidade de vida dos povos que vivem na floresta. Por meio de programas e projetos, a FAS impacta a vida de cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação do Estado, em cooperação com a Sema e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Samsung, Bradesco e Coca-Cola Brasil.

Quatro toneladas de tambaqui manejado são vendidas neste fim de semana na sede da FAS

Consumidores de Manaus poderão comprar tambaqui dos rios e lagos da RDS Mamirauá direto dos pescadores, a preços que variam de R$ 9 a R$ 16 o quilo. A venda gera renda às famílias ribeirinhas

Quatro toneladas de tambaqui manejado oriundo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, na região do Médio-Solimões, serão vendidas neste final de semana, sexta (11) e sábado (12), das 7h às 16h, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez. Os preços variam de R$ 9 o quilo do tambaqui até 4,9 kg; R$ 11 o quilo do tambaqui até 6,9 kg; R$ 14 o quilo do tambaqui até 10,9 kg; e R$ 16 o quilo do tambaqui acima de 11 quilos.

Todo o tambaqui a ser vendido beneficia famílias de pescadores da comunidade Terra Nova, no município de Fonte Boa, a 678 quilômetros de Manaus, dentro da RDS Mamirauá, na região do Médio-Solimões. A comercialização, que é coordenada pela Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurmam), incentiva a cadeia produtiva do manejo de peixe e gera renda direta aos pescadores, já que o produto não passa por atravessadores ou distribuidores e o lucro fica com os ribeirinhos.

A venda dos pescados manejados em Manaus também acontece por meio do apoio e incentivo da FAS às associações de pescadores que atuam nas Unidades de Conservação (UC) do Amazonas, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Pelo Programa Floresta em Pé, o antigo Bolsa Floresta, e recursos do Fundo Amazônia/BNDES, ações de geração de renda e empoderamento comunitário são desenvolvidas com os pescadores.

Tanto a venda quanto a pesca dos tambaquis por métodos de manejo acontecem no prazo estabelecido pela legislação ambiental e têm autorização do Ibama e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). “O objetivo é promover o manejo e o comércio justo, aproximar o comprador dos manejadores e fazer com que os pescadores tenham oportunidade de oferecer seus produtos em Manaus sem a participação de atravessadores”, disse Edvaldo Corrêa, coordenador do Programa Floresta em Pé.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos e sem vínculos político-partidários que tem por missão fazer a floresta valer mais em pé do que derrubada, promovendo ações de desenvolvimento sustentável e de melhoria de qualidade de vida dos povos que vivem na floresta. Por meio de programas e projetos, a FAS impacta a vida de cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação do Estado, em cooperação com a Sema e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Samsung, Bradesco e Coca-Cola Brasil.

Serviço

O quê: venda de tambaqui na sede da FAS
Quando: sexta (11) e sábado (12), das 7h às 16h
Onde: sede da FAS, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez

Nova usina de castanha em Beruri, reformada com apoio do Fundo Amazônia, deve produzir 200 toneladas/ano

Iniciativa assistida pelo Edital Floresta em Pé beneficia mais de 340 famílias em 45 comunidades na RDS Piagaçu-Purus, em terras indígenas e na sede de Beruri. Expectativa é crescer

Castanha do Brasil, castanha da Amazônia… seja qual for o nome, a castanha é uma das principais e mais rentáveis cadeias produtivas do Estado, com forte impacto na economia. Comunidades e associações de extrativistas por todo o Amazonas contribuem para fazer dela um importante arranjo produtivo, recebendo inclusive incentivos por meio de parcerias entre poder público, institutos e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS). É o que acontece em Beruri, a 173 quilômetros de Manaus, tanto na sede como em comunidades na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Piagaçú-Purus e em terras indígenas.

Uma usina de beneficiamento de castanha já usada por produtores e extrativistas locais, e localizada na sede do município de Beruri, foi reformada e ampliada por meio do Edital Floresta em Pé, a chamada pública da FAS para arranjos produtivos. Com um aporte de R$ 150 mil, oriundos de financiamento do Fundo Amazônia/BNDES, o empreendimento recebeu melhorias de infraestrutura e foi entregue durante cerimônia com o secretário de Estado de Produção Rural (Sepror), Petrucio Magalhães, o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana, e as deputadas estaduais Joana Darc e Alessandra Campêlo.

Com a nova usina, a produção de castanhas deve chegar em 200 toneladas beneficiadas ao ano, isto é, a produção final do fruto já sem cascas, só as amêndoas, e ainda um aumento da capacidade de armazenamento de castanha in natura em 750 toneladas por ano. Atualmente, produção anual da castanha já beneficiada gira em torno de 140 toneladas. É o que explica Sandra Soares Neves, gestora da usina e presidente da Associação dos Agropecuários de Beruri (Assoab), a instituição que coordenou o projeto junto ao Edital Floresta em Pé e que recebeu o aporte financeiro.

“O Floresta em Pé nos promoveu esse recurso para ampliar a usina e isso vai aumentar a nossa capacidade de produção e o número de famílias extrativistas beneficiadas nas Unidades de Conservação e terras indígenas”, disse Sandra. Segundo ela, 344 famílias em 45 comunidades da RDS Piagaçú-Purus, das Terras Indígenas Itixi Mitari e Lago do Ayapuá e na sede do município de Beruri estão sendo impactadas diretamente com a produção de castanha. A expectativa é aumentar o número de famílias para 465, sendo 400 famílias extrativistas nas comunidades e 65 dentro da usina.

Com a nova usina, a produção de castanhas deve chegar em 200 toneladas beneficiadas ao ano | Foto: Dirce Quintino

Investimentos e resultados

Entre os principais compradores de castanha da Assoab está a gigante de cosméticos Natura, além de restaurantes e redes de hotéis. Com o aumento da produção, a expectativa é alcançar mais clientes, o que segundo o secretário de Produção Rural, Petrúcio Magalhães, contribuirá com o PIB do Estado. “O PIB cresceu 7,5% e quem puxou isso foi a agropecuária, um saldo positivo que também atinge número de empregos formais”, disse. “Não é inventar a roda. Se tem essa usina aqui apta a receber benefícios, a aumentar a produção e melhorar a gestão, por que não fazer”, completou Petrúcio.

A chamada pública da FAS que investiu na nova usina de castanha, o Edital Floresta em Pé, também beneficiou outras 16 iniciativas no Estado, de manejo de pirarucu a artesanato e produção de mel, fortalecendo o empreendedorismo de base comunitária, a conservação ambiental e modelos inovadores de desenvolvimento sustentável. “É cuidando das pessoas que cuidamos da floresta. A floresta bem conservada gera empregos e riqueza. Aqui, por exemplo, temos 65 empregos, o maior empregador do município depois da prefeitura da cidade”, reforçou Virgílio Viana, superintendente-geral da fundação.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos e sem vínculos político-partidários que tem por missão fazer a floresta valer mais em pé do que derrubada, promovendo ações de desenvolvimento sustentável na região e de melhoria de qualidade de vida dos povos que vivem na floresta. Por meio de programas e projetos, a FAS impacta a vida de cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação (UC) do Estado, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e apoio do Fundo Amazônia, Samsung, Bradesco e Coca-Cola Brasil.

Pirarucu manejado da RDS Mamirauá será vendido na 41ª Expoagro até domingo (6)

 A principal feira agropecuária do Amazonas acontece na área externa da Universidade Nilton Lins, em Manaus. Comercialização do peixe também vai ocorrer no domingo (6) na Feira da FAS

De quinta-feira (3) a domingo (6), quem for à 41ª Feira de Exposição Agropecuária do Amazonas, a Expoagro, na área externa da Universidade Nilton Lins, em Manaus, ou comparecer à Feira da FAS, na sede da Fundação Amazonas Sustentável, no domingo (6), poderá comprar pirarucu manejado da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, oriundo dos rios e lagos da região do Médio-Solimões, na zona rural de Fonte Boa, município a 678 quilômetros de Manaus

O pescado, que é excedente da feira do pirarucu que aconteceu no último final de semana na sede da FAS, foi acrescido de mais uma tonelada de peixe, totalizando quatro toneladas à disposição do público. A venda fomenta a cadeia produtiva do pirarucu e gera renda direta aos pescadores. “Vendemos três toneladas e sobrou três. Agora chegou mais e tem em torno de quatro toneladas para vender. A expectativa é vender tudo”, explica Elinaldo Gonçalves, pescador da comunidade Copianã, da RDS Mamirauá.

Os peixes serão vendidos tanto na Expoagro como a Feira da FAS a preços de R$ 5 o quilo da carcaça, R$ 14 o quilo da ventrecha, R$ 17 o quilo da manta e R$ 22 o quilo do filé. “A Expoagro é uma feira grande. Vai ser nossa primeira vez lá e a nossa expectativa é vender tudo até domingo. Vender tudo tanto na feira agropecuária como na Feira da FAS, que já tradicional”, completou Elinaldo. Serão aceitos pagamentos em dinheiro, cartão de débito e crédito

Floresta em Pé

Os pescadores saíram das comunidades ribeirinhas para vender o próprio peixe em Manaus sem a participação de atravessadores e/ou distribuidores, ou seja, fomentando um comércio justo, em que o lucro da venda fica com os pescadores. Tais ações de incentivo à cadeia produtiva do pirarucu são possíveis por meio do Programa Floresta em Pé, antigo Programa Bolsa Floresta, uma política pública de pagamentos por serviços ambientais, com recursos do Fundo Amazônia/BNDES.

“O objetivo é promover o manejo do pirarucu e o comércio justo, aproximar o comprador dos manejadores e fazer com que os pescadores tenham oportunidade de oferecer seus produtos em Manaus sem a participação de atravessadores ou distribuidores”, ressalta Edvaldo Corrêa, coordenador da Regional Solimões do Programa Floresta em Pé. “O lucro fica todo com eles. Comprando peixe deles, os clientes e apreciadores de pirarucu ajudam a cadeia produtiva do manejo”.

O pirarucu comercializado na Expoagro e na Feira da FAS é oriundo do setor Solimões do Baixo, uma região dentro da RDS Mamirauá coordenada pela Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurmam). O manejo e a comercialização têm autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e acontece no prazo estabelecido pela legislação ambiental.

41ª Expoagro

A 41ª Feira de Exposição Agropecuária do Amazonas, a Expoagro, acontece de quinta (3) a domingo (6) na área externa da Universidade Nilton Lins, no conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores. Organizada pelo Governo do Amazonas, Secretaria de Estado de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), a Expoagro é o maior evento agropecuário do Estado com uma programação que inclui exposições, rodadas de negócios, palestras, cursos, culinária e atrações musicais. A FAS também estará com stand no evento.

Feira da FAS

A Feira da FAS acontece mensalmente na sede da fundação, em Manaus, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez, com a proposta de oferecer à população a experiência de consumir produtos diretamente de quem faz, fomentando um ciclo de sustentabilidade e estimulando a economia verde e criativa. São expositores diversos de itens e serviços desde artesanato a design, moda, beleza, decoração, jardinagem, livros, dança, yoga, teatro, música, gastronomia, produtos orgânicos, veganos e o pirarucu manejado. A entrada é gratuita.

Serviço

O quê: feira do pirarucu manejado na 41ª Expoagro
Quando: quinta (3) e domingo (6)
Onde: área externa da Universidade Nilton Lins, na av. Prof. Nilton Lins, 3259, conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores

O quê: feira do pirarucu manejado na Feira da FAS
Quando: domingo (6)
Onde: sede da FAS, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez

FAS e Petrobras apoiam formação de professores de classes multisseriadas em municípios do AM

 Docentes da rede pública passaram por treinamentos com foco em metodologias de ensino para turmas em que alunos de idades e níveis educacionais diferentes estudam numa mesma sala com um único professor

Duzentos professores da rede pública de ensino dos municípios de Coari, Tefé, Maraã e Uarini, no interior do Amazonas, vêm participando de oficinas de formação de professores para o ensino multisseriado, quando alunos de idades e níveis educacionais diferentes estudam numa mesma sala com um único professor. O treinamento faz parte de um projeto fruto de uma parceria entre a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e a Petrobras.

A formação acontece duas vezes ao ano em cada município. A metodologia de ensino é bastante usada em escolas rurais ou em áreas de difícil acesso, em que alunos de idades e níveis de conhecimento diferentes estudam juntos porque a escola não proporciona infraestrutura física suficiente para mais salas de aula, ou devido ao número pequeno de matrículas de alunos ou, ainda, por escassez de professores para atender a demanda de alunos da localidade.

De acordo com o coordenador de projetos da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) Gil Lima, o objetivo da capacitação para professores é fortalecer o conhecimento dos docentes com técnicas que permitam trazer uma abordagem mais lúdica para uma sala de aula tão diversa como a multisseriada. “Como são professores de classes multisséries, pode acontecer de um conteúdo que é bom para um aluno não ser para outro, por isso a ideia da formação é universalizar as metodologias”, disse.

O livro Bases do Aprendizado para o Desenvolvimento Sustentável foi usado na formação dos professores. A publicação contém 60 atividades que apresentam conteúdos formais voltados para alunos de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. O intuito foi auxiliar professores na inserção de temas regionais em sala de aula, destacando elementos e valores da cultura amazônica, assim como soluções para o desenvolvimento sustentável.

O município de Tefé foi o primeiro a receber a oficina e, ao longo do segundo semestre, os docentes de Coari, Maraã e Uarini também participarão da formação. Durante a capacitação, os professores também ganham livros de contos de escritores amazonenses, como o poeta Thiago de Mello.

As formações foram ministradas por um grupo de pedagogos contratados pela FAS e, no intervalo entre cada uma delas, os alunos passaram por uma avaliação de aprendizado com o suporte do software EDK (Educational Diagnostic for Kids), desenvolvido pelo SIDIA – Samsung Instituto de Desenvolvimento de Informática para a Amazônia, em parceria com a FAS. Os resultados obtidos a partir das provas do EDK servirão para propor melhorias no ensino infantil.

Para Joleíse dos Santos, professora que participou da primeira oficina em Tefé, o treinamento proporcionou absorver um novo método para ensino de classe multisseriada. Segundo ela, o aprendizado deve melhorar os trabalhos realizados dentro de sala de aula. “Foi uma formação muito boa com o material didático conforme a realidade dos alunos. Fala de floresta, das nossas coisas, tem tudo a ver com a nossa realidade”, concluiu.

Assista ao vídeo abaixo e veja como foi a atividade:

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos, sem vínculos político-partidários, que tem por missão contribuir para a conservação ambiental da Amazônia por meio da valorização da floresta em pé, da biodiversidade e da melhoria de qualidade de vida dos povos da floresta. Seus programas beneficiam cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação (UC) do Estado, com iniciativas de geração de renda, empoderamento comunitário, melhoria social e desenvolvimento sustentável.