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Projeto Aliança prioriza comunidades distantes do Amazonas em ações de enfrentamento ao coronavírus

Crédito das imagens: Arthur Castro

Indígenas e ribeirinhos do Amazonas que moram em regiões de difícil acesso terão prioridade nas ações de enfrentamento à Covid-19 articuladas pelo projeto “Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus”, coordenado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) com o apoio de aproximadamente 60 parceiros, entre instituições públicas e privadas, empresas e prefeituras. As atividades estão beneficiando as comunidades com a distribuição de cestas básicas, testes rápidos, EPIs, produtos de higiene, medicamentos, materiais de divulgação, entre outros.

Para fazer a melhor distribuição dos recursos e materiais arrecadados, o projeto Aliança estabeleceu critérios de priorização de ações. Dessa forma, as comunidades mais distantes de municípios sede, em região de difícil acesso, com mais de 100 famílias, muitas notificações de casos de coronavírus e óbitos confirmados pela doença, terão prioridade nas doações e atividades desenvolvidas pela iniciativa.

“Sabemos que as necessidades das comunidades são maiores que a quantidade de recursos que conseguimos arrecadar. Por isso, a FAS propôs esses critérios para que a Aliança estabeleça e direcione da melhor forma possível o apoio para as regiões afetadas”, explicou o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana.

Deste modo, comunidades em calhas de rios, como o Solimões, e em Unidades de Conservação (UCs), terão prioridade nos esforços dos parceiros do projeto Aliança. Os critérios de prioridades também avaliam as informações repassadas pelos membros da iniciativa, durante reuniões semanais que atualizam o avanço da Covid-19 no Amazonas.

 

Doações

Desde o início das suas ações, no mês passado, a Aliança já garantiu assistência para mais de 32 municípios do Amazonas. Famílias da etnia Kokama e de bairros, e comunidades próximas de Manaus serão beneficiadas com 1,5 mil cestas básicas doadas pela Fundação Maggi. Em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Amazonas (Sema), o projeto assegurou recursos para a confecção de 10 mil máscaras que serão distribuídas em sete UCs do Amazonas. As máscaras serão produzidas por associações de moradores.

Cem testes rápidos para detectar o coronavírus e um oxímetro foram doados para a comunidade indígena Três Unidos, localizada no rio Cuieiras. Do Instituto BioFao, a Aliança recebeu a doação de 600 medicamentos homeopáticos para ajudar a fortalecer o sistema imunológico dos pacientes nos municípios de Itapiranga e Iranduba.

Outro destaque é a parceria com o projeto Aus Ouvidos, que disponibilizará um serviço online de atendimento psicológico e escuta solidária para a população e profissionais de saúde que prestam assistência à pacientes com coronavírus.

Demandas

As diversas comunidades tradicionais atendidas pela Aliança relatam necessidades distintas, desde alimentos a equipamentos médicos, testes rápidos, além de combustível para o deslocamento até as regiões mais afastadas. A assistente social de Nova Olinda do Norte, Mary Jane Frota, falou sobre a dificuldade que o município enfrenta durante a pandemia.

“Nova Olinda do Norte é parada obrigatória a caminho de vários municípios e nossas demandas só aumentam. Estamos com três óbitos e vários casos confirmados. São 70 comunidades rurais em constante busca de apoio. Precisamos somar forças para amenizar a dor das pessoas atingidas pela Covid-19. Há muitas pessoas que recebem auxílio do Governo Federal, mas isso não é suficiente para suprir a necessidade dessas famílias todo mês”, afirmou Frota.

Sobre a Aliança

A “Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus” é coordenada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e tem o apoio de aproximadamente 60 parceiros, entre instituições públicas e privadas, empresas e prefeituras. Os recursos arrecadados pela articulação são utilizados  para atender as particularidades de cada região do Amazonas no combate à Covid-19.

As doações, em dinheiro ou materiais, podem ser realizadas através do site faz-amazonas.org ou do e-mail contato@fas-amazonas.org.

Feira da FAS Virtual abre inscrições para ciclistas interessados em atuar com delivery

Em parceria com o coletivo Pedala Manaus, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) selecionará, a partir desta quarta-feira (20), ciclistas que atuam com delivery para realização de entregas durante a primeira edição da Feira da FAS Virtual. Para participar do processo, é necessário preencher um formulário disponível no link: http://abre.ai/bikedelivery.

A Feira da FAS Virtual tem a proposta de incentivar a economia criativa e fortalecer os pequenos negócios em meio a pandemia do novo coronavírus, garantindo uma plataforma alternativa para exposição e venda de produtos enquanto a versão presencial do evento não pode ser realizada.

Mais de 70 empreendedores integram o catálogo online do projeto, que será divulgado nesta quinta-feira (21), nas redes sociais da feira (@feiradafas) e no site www.oldsite.fas-amazonas.org. Os consumidores poderão escolher os produtos que gostariam de adquirir, entrar em contato com o empreendedor responsável e realizar a compra sem sair de casa.

 

Bike delivery

 

Segundo o coordenador da Feira da FAS Virtual, Gabriel Cavalcante, os ciclistas selecionados serão indicados aos empreendedores participantes com objetivo de facilitar o processo de entrega durante a realização do projeto. “Alguns pequenos negócios não possuem veículo ou sistema de delivery. Por isso, buscamos uma alternativa sustentável que atendesse a essa demanda. Além disso, é uma forma de garantir oportunidade para quem está precisando de uma renda extra neste período”, destaca.

No atual momento, as bikes servem não só como meio de transporte para quem não tem a opção de ficar em casa, mas também como ferramenta de trabalho, principalmente para aqueles que oferecem seus serviços para delivery, conforme explica o coordenador do Pedala Manaus, Paulo Aguiar.

“O serviço de entrega com bicicleta tem se tornado cada vez mais relevante, principalmente em período de pandemia. Além de sustentável, a bicicleta ajuda a evitar aglomerações nos transportes coletivos e, inclusive, está sendo recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como veículo a ser usado. A ideia de utilizar esse serviço e esses trabalhadores na Feira da FAS Virtual é fantástica, pois reconhece e valoriza uma profissão que é tão vital e tão importante nos dias de hoje”, afirma.

As inscrições para entregadores ficarão abertas somente até sexta-feira (22).  Podem participar ciclistas que já atuam com delivery ou que têm interesse em entrar para o ramo – a única exigência é que o candidato possua a bicicleta. Serão selecionados 10 entregadores com base no perfil socioeconômico.

Mais informações podem ser obtidas através do e-mail: feiradafas@gmail.com.

Articulação entre instituições gera a distribuição de produtos hospitalares, de higiene e cestas básicas no enfrentamento ao coronavírus

As doações para amenizar o sofrimento no interior do Amazonas em decorrência dos impactos da pandemia do novo coronavírus já começaram. Cestas básicas e produtos de higiene já foram distribuídos e está em processo de compra pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) aproximadamente 56 mil itens hospitalares. São 31.500 luvas de procedimentos, 12.600 aventais, 420 macacões, 12.600 toucas, 40 oxímetros e 36 cilindros.

A ação é resultado da articulação no âmbito da “Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus”, coordenada pela FAS com o apoio de 57 parceiros, entre instituições públicas e privadas, empresas e prefeituras. O recurso está sendo utilizado para atender as particularidades de cada região do Amazonas no combate à Covid-19.

“Estamos saindo de uma fase de sensibilização para uma fase de operacionalização da Aliança, identificando quais são as ações prioritárias e o que cada parceiro pode fazer. Ninguém estava preparado para enfrentar a Covid-19, mas acredito que nós temos encaminhamentos muito bons. É um direcionamento de como esses recursos podem ser empregados de forma correta e para quem realmente precisa”, afirmou o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana.

As doações são distribuídas de acordo com demandas apontadas nas reuniões dos membros da Aliança. Na última quinta-feira, dia 14, foram apresentadas algumas dessas ações. Como a doação feita pela empresa P&G de 454 mil sachês de purificação de água. Cada sachê pode purificar até 20 litros de água. Desses, 275 mil serão enviados para 3.446 famílias em seis territórios no Amazonas.

A Aliança também recebeu álcool gel doado pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef); testes moleculares doados pela Petrobras; doação de medicamento Archeus; entre outros. Com os recursos financeiros, foram contratados 10 grupos de costureiras para confecção de 7.500 máscaras de tecido. Cada grupo produziu 750 máscaras, R$ 4 cada, gerando um lucro de R$ 3 mil para cada grupo. Além disso, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) doou Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para Carauari, DSEI Manaus, DSEI Parintins, SEMSA e FUNAI de Nova Olinda do Norte.

As doações também promoveram a formação da operacionalização da plataforma Telessaúde da UEA nas comunidades Três Unidos, Tumbira, Campina e Bauana. Além disso, foram utilizadas em campanha de orientação sobre prevenção ao coronavírus na RDS Rio Madeira.

Ainda segundo o superintendente da FAS, os relatos feitos durante as reuniões (dos membros da Aliança) são extremamente importantes para que os coordenadores elaborem uma abordagem lógica a partir da realidade, pensando em todos os aspectos.  

Dificuldades

Durante a reunião online, os colaboradores da Aliança expressaram que existem muitas dificuldades quanto às demandas de alguns municípios, o que reforça a necessidade das doações. O médico que atua em São Gabriel da Cachoeira, Guilherme Monção, informou que o vírus já chegou nas comunidades mais distantes.

“Acreditamos que em aproximadamente 15 dias a situação vai ficar muito complicada. Nosso esforço é a montagem de lugares estratégicos. Conseguimos 30 concentradores de oxigênio, mas precisamos de alguns medicamentos como heparina e corticóides para começar o tratamento lá (na comunidade) e estabilizar o paciente in loco. O povo indígena é um povo sofrido, é um povo que tem pouco e precisa de muito apoio. As doações da Aliança serão importante para isso”, declarou Monção.

A indígena da etnia Kokama do Alto Solimões, Milena Marulanda, fez um relato emocionante sobre a situação do seu povo e disse que os medicamentos não estão chegando nas aldeias. “Já temos uma lista de 38 Kokamas que faleceram pela Covid-19 e isso vai continuar aumentando. Pedimos ‘socorro’ para que a gente consiga evitar um genocídio em nosso meio”, relatou.

Doações

Há várias formas de ajudar a “Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus”. Pessoas físicas podem fazer doações pelo link oldsite.fas-amazonas.org e pessoas jurídicas podem entrar em contato pelo e-mail contato@fas-amazonas.org. Esses apoios podem ser de qualquer espécie, financeiro ou material.

Seminário online debate PL 2.633/2020 como desdobramento da MP 910 com lideranças, população e parlamentares

O Seminário Online: “Regularização fundiária e suas implicações na Amazônia: Projeto de Lei N.° 2.633/2020” será realizado na próxima segunda-feira, dia 18, das 17h às 19h (horário de Manaus), para debater os desdobramentos após suspensão da votação da Medida Provisória N.° 910/2019 que trata sobre a regularização fundiária de ocupações em terras da União. O Seminário terá correalização da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN-Amazônia), Deputado Federal Marcelo Ramos, Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Movimento Ficha Verde.

Para participar do Seminário, basta acessar o link: https://abre.ai/mp910. A atividade online tem o objetivo de debater subsídios para o processo de elaboração do Projeto de Lei, principalmente para esclarecer os pontos críticos da MP 910, os impactos e criar estratégias para impedir retrocessos em relação à regularização fundiária na Amazônia.

Além disso, a MP 910 apresentava como proposta medidas como a dispensa de prévia vistoria e recorria à autodeclaração como procedimento padrão de regularização, antes concedida somente aos imóveis de até 4 módulos fiscais para até 15 módulos fiscais e, agora, para o limite de 6 módulos fiscais no novo PL. Essas medidas permitiriam regularizar atividades ilegais de invasores de terras públicas, incentivando práticas de grilagem, inclusive em Terras Indígenas.

A secretária executiva da SDSN Amazônia, Carolina Ramírez, informa que é de extrema importância ampliar o debate sobre a mudança das regras sobre a regularização fundiária para encontrar as melhores medidas de proteção das terras da União. “Tanto a MP 910 quanto o novo PL propõe alterações drásticas na regularização fundiária em terras públicas federais, que precisam ser amplamente debatidas. Isso pode acarretar atividades ilegais de invasões de terras públicas e terras indígenas, e práticas de grilagem. A adoção de tais modificações sem a adequada avaliação dos possíveis impactos é realmente uma ameaça, pois pode resultar em grandes taxas de desmatamento como consequência da grilagem na região amazônica”, explica.

O seminário online terá moderação do Superintendente Geral da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Viana, e tem como previsão a participação da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Movimento Ficha Verde (MOFV), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Comissão de Meio Ambiente da OAB-AM, Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (SEMA), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Secretaria de Estado da Produção Rural (SEPROR), Secretaria de Estado das Cidades e Territórios (SECT), Vara do Meio Ambiente e Questões Agrárias, Ministério Público Federal (MPF), Mario Mantovani da SOS Mata Atlântica, entre outros.

Também está prevista a participação do relator da Projeto de Lei Nº 910, o senador Zé Silva, e do deputado federal do Rio de Janeiro, Alessandro Molon.

Contamos com a sua participação nessa importante mobilização pelas questões fundiárias e seus desdobramentos para a sociedade.

Relatório demonstra resultados de plataforma de educação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS)

O programa Amazônia-Edu é uma plataforma de educação para o desenvolvimento sustentável e integra pessoas das mais diversas regiões do mundo.

“Acreditamos no potencial da Amazônia em transformar pessoas, organizações e relações”. E essa transformação acontece com a imersão de pessoas, futuros agentes de mudança, que desejam conhecer a Floresta participando de cursos promovidos pela FAS em unidades de conservação do Amazonas. Além da transformação, que a imersão na floresta proporciona aos estudantes e pesquisadores, é uma oportunidade para que mais pessoas conheçam a metodologia de trabalho da Fundação, seus projetos e impactos para as comunidades tradicionais e indígenas.

O mais recente curso realizados nesse ano de 2020, que acaba de ter seu relatório publicado (clique aqui), foi com a Universidade Victoria, da Nova Zelândia. Através da jornada de cocriação entre a parceria, os cursistas participaram da imersão que aconteceu em Manaus, na sede da FAS, e na Comunidade Tumbira, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, durante os 15 dias de curso. “A imersão nos possibilitou compreender a realidade local para inspirar e aprofundar o conhecimento sobre desenvolvimento sustentável”, avaliaram os dez estudantes de mestrado e doutorado, que tinham entre 19 e 44 anos.

O grupo também esteve acompanhado de dois professores, compartilhando conhecimentos com mais de 26 pessoas de três comunidades diferentes da RDS do Rio Negro, que compuseram o time junto aos estudantes, durante o curso. “Navegar pelos rios da Amazônia e conhecer a realidade local é uma forma  de inspirar e trazer inovações sustentáveis para suas áreas de atuação profissional”. A imersão na Amazônia ocorreu após duas semanas que o grupo passou em São Paulo (capital), explorando diferentes iniciativas de desenvolvimento sustentável, em parceria com o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).

Ao longo do curso, foram abordados temas como: panorama histórico e cultural da região amazônica, contexto local e global do território, atuais desafios da região, cadeias produtivas na Amazônia, manejo sustentável da madeira na RDS Rio Negro, e sistema agroflorestal como alternativa para uma agricultura sustentável todos os temas engajamos na estratégia de buscar inovações alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Como parte do processo de avaliação da Universidade Victoria, cada aluno escreverá um artigo científico relacionado a um dos temas  apresentados durante a imersão na Amazônia, realizada em fevereiro.

Primeira feira do ano terá pirarucu manejado da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Primeira feira do ano terá pirarucu manejado da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

A primeira edição da Feira do Pirarucu da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) de 2020 acontece nesta sexta-feira, dia 06 de março. A comercialização é uma iniciativa da Associação dos Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurman). Serão disponibilizados para venda direta ao consumidor duas toneladas de pirarucu fresco e 400 quilos de pirarucu seco manejado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, a 678 km da capital.

Os preços dos peixes frescos variam conforme a peça. O filé será vendido ao preço de R$ 22 o quilo, a manta por R$ 17 o quilo, a ventrecha R$ 12 o quilo e a carcaça R$ 3,50 o quilo. O preço do pirarucu seco salgado é R$ 24,00 o quilo. Os pagamentos poderão ser feitos em dinheiro, no cartão de crédito ou de débito.

Segundo o gerente do Programa Floresta em Pé (PFP), Edvaldo Corrêa, a Feira do Pirarucu contribuiu para o fortalecimento da cadeia produtiva do pirarucu de manejo, sua conservação e com a geração de renda para os pescadores e suas famílias.

“Ao consumir um peixe manejado ofertado diretamente ao consumidor, sem a intermediação de atravessadores, esse consumo fortalece o manejo legal do pirarucu no Estado. Além disso, valoriza o trabalho dos pescadores que saem de suas comunidades até Manaus. Como resultado temos o aumento na geração de renda, tão importante para o sustento desses pescadores e suas famílias”, explicou Edvaldo.

O Floresta em Pé é o programa da FAS que, por meio de recursos do Fundo Amazônia/BNDES, incentiva o manejo do pirarucu e de outras cadeias produtivas em Unidades de Conservação (UC) do estado, como a RDS Mamirauá. Por meio do programa, que funciona como uma política pública de pagamentos por serviços ambientais, os pescadores recebem incentivo à gestão sustentável de recursos naturais, o que gera renda às famílias e empodera as comunidades.

A feira do Pirarucu da FAS estará aberta ao público a partir das 07h30, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, 351, Parque 10 de Novembro, Manaus (AM).

Virada Sustentável Manaus lança edital para inscrição de atividades

Maior festival de sustentabilidade da América Latina, a Virada Sustentável Manaus 2020 está com inscrições abertas para sua sexta edição, […]

Maior festival de sustentabilidade da América Latina, a Virada Sustentável Manaus 2020 está com inscrições abertas para sua sexta edição, que ocorrerá entre os dias 22 e 26 de julho. A mobilização, que em Manaus é correalizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), busca projetos de transformação e impacto social com o objetivo de apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população. O edital está disponível no site https://www.viradasustentavel.org.br/programacao/virada-sustentavel-manaus-2020/edital.

As inscrições são voltadas para artistas, organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, movimentos sociais, equipamentos culturais, empresas, escolas, universidades e qualquer pessoa que tenha interesse em realizar uma atividade dentro da programação do festival.

O conteúdo da ação deve ser relacionado a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), tais como: igualdade de gênero, saúde e bem-estar, consumo e produção responsáveis, educação de qualidade, redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis e erradicação da pobreza.

A proposta é que na sexta edição da Virada Sustentável Manaus mais pessoas façam parte desta grande mobilização pela sustentabilidade, conforme explica a coordenadora do festival, Paula Gabriel.

“A Virada Sustentável Manaus é um festival que engaja pessoas e organizações em busca da Manaus dos sonhos. Através de atividades inspiradoras e de diferentes temáticas, onde todos somos parte desta grande transformação positiva que queremos ver no mundo. O festival busca difundir e ampliar a informação sobre o tema, utilizando arte e atividades lúdicas como ferramentas, inspirando as pessoas para uma ‘virada’ de consciência”, afirma.

Entre os exemplos de atividades que podem ser inscritas na programação, estão oficinas para todas as idades, shows musicais, apresentações de teatro e dança, exposições fotográficas, intervenções de grafite, contação de histórias, mutirões de limpeza, distribuição e plantio de mudas de árvores, entre outras. O festival também possui um Circuito Zen, com yoga, meditação, terapias holísticas, medicina indígena e outras frentes terapêuticas.

Na edição de 2019, aproximadamente 25 mil pessoas participaram das mais de 160 atividades gratuitas realizadas com a colaboração de aproximadamente 350 voluntários. Ao todo, 22 pontos da cidade, entre parques, feiras, museus, terminais de ônibus, escolas, espaços culturais, praças e ruas, foram ocupados pelas ações.

As inscrições para o festival deste ano ficarão abertas de 28 de fevereiro até o dia 12 de abril. O processo de seleção das atividades aborda três quesitos principais: relevância e atratividade do conteúdo para o público, aderência à proposta da Virada Sustentável e capacidade de atendimento pela organização, em relação às necessidades técnicas dos projetos.

Não há limite de número de inscrições de atividades por parte dos proponentes. Ao final da seleção, todos receberão via e-mail indicado no ato da inscrição uma notificação sobre o seu resultado no edital. As atividades pré-selecionadas serão convocadas para os “plantões” que acontecerão na sede da FAS.

A Virada

A Virada Sustentável é um movimento de mobilização para a sustentabilidade que organiza o maior festival sobre o tema no Brasil. Começou em 2011, em São Paulo, e se estendeu para outras cidades, como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, entre outras.

Em Manaus, o festival é uma correalização do Instituto Virada Sustentável e Fundação Amazonas Sustentável (FAS), com apoio de um Conselho Criativo formado por mais de 50 organizações da sociedade civil que trabalham com ações educativas e socioculturais em prol da promoção de práticas saudáveis e sustentáveis na cidade.

FAS é a única instituição brasileira concorrendo ao ‘100&Change’ da Fundação MacArthur

Fundação concorreu com outras 755 instituições de 85 países

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é a única instituição brasileira entre as 100 selecionadas pelo edital ‘100&Change’ da Fundação MacArthur, que tem sede nos Estados Unidos. Se premiada, a fundação poderá captar 100 milhões de dólares para financiar uma proposta ousada que se comprometa com progressos reais na resolução de um problema atual.

Pelo ranking divulgado hoje, 100 instituições de 85 países concorrem ao edital. O anúncio feito nesta quarta-feira (19) foi recebido pela FAS com orgulho. É um importante reconhecimento pelos trabalhos desenvolvidos e implementados em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia e da melhoria da qualidade de vida dos povos da floresta.

“O fato de estarmos entre os 100 finalistas já é um reconhecimento significativo. Nós gostaríamos de compartilhar esse resultado com nossos beneficiários, parceiros e toda a equipe da FAS. Caso a FAS ganhe esse recurso, será destinado a ampliação das atividades que já desenvolve em diferentes áreas juntos às comunidades ribeirinhas do Amazonas. E será uma forma de contribuição ao enfrentamento da crise climática global”, afirmou o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana.

Desenvolvimento sustentável em ação

A “Amazônia é importante demais para entrar num colapso ecológico”, essa foi a proposta apresentada pela FAS ao edital que visa mobilizar as instituições da Amazônia e grupos populares para que a tecnologia integrada “social e ambiental” da instituição seja implementada nos países amazônicos. A tecnologia deve criar um mecanismo financeiro inovador com uma plataforma de aprendizagem e política com múltiplos atores que catalisem uma economia amazônica sustentável, a chamada ‘bioeconomia’ – com novas pequenas empresas e governança econômica inspirando mudanças tanto a nível regional como global.

Desde sua criação, a FAS desenvolve projetos em 581 comunidades do Amazonas, das 16 Unidades de Conservação (UC), promovendo a geração de renda sustentável e a melhoria na qualidade de vida das comunidades como estratégia efetiva de manter a floresta em pé e sua biodiversidade viva, beneficiando 40 mil pessoas.

Entre 2008 e 2019, na área de atuação da FAS o desmatamento foi reduzido em 76% e o nível de renda subiu 202%. No último ano, enquanto as queimadas aumentaram 91% na Amazônia entre janeiro e agosto, houve um decréscimo de 33% onde a instituição desenvolve ações em prol da Floresta em Pé e daqueles que cuidam das florestas.

Sobre o 100&CHANGE

100 & Change é uma competição distinta aberta a organizações e colaborações que trabalham em qualquer campo, em qualquer lugar do mundo. As propostas devem identificar um problema e oferecer uma solução que realize mudanças significativas e duráveis.

A segunda rodada da competição teve um começo promissor: 3.690 inscritos apresentaram 755 propostas. Desses, 475 passaram por uma revisão administrativa inicial. O 100 & Change foi projetado para ser justo, aberto e transparente. A identidade dos juízes e a metodologia usada para avaliar as propostas iniciais são públicas. Os candidatos receberam comentários e feedback dos colegas, juízes e revisores técnicos.

Fundação Amazonas Sustentável (FAS) oferece oportunidades para consultor, celetistas e estagiários

 As oportunidades são para a Coordenadoria de Comunicação, Recursos Humanos e para o Programa Floresta em pé. As inscrições vão até quinta-feira (20)

Estão abertas as inscrições para o processo de seleção de seis vagas na Fundação Amazonas Sustentável (FAS), são elas: assistente de marketing digital e dois estagiários, um de audiovisual e um de administração para a Coordenadoria de Comunicação. Um estagiário para a área de Recursos Humanos, um assistente de dados e um consultor para apoiar o Programa Floresta em Pé. As inscrições devem ser encaminhadas para o e-mail rh@fas-amazonas.org até quinta-feira (20). Confira a seguir os editais de cada uma das oportunidades:

 

Coordenadoria de Comunicação:

Assistente de Marketing Digital (CLT)

Estagiário (a) de Audiovisual

Estagiário (a) de Administração

 

Programa Floresta em Pé:

Assistente de dados (CLT)

Consultor(a) em serviços de Tabulação de dados

 

Recursos Humanos:

Estagiário (a) de RH

Manaus sedia pela primeira vez o encontro da Aliança Água + Acesso

A iniciativa reúne diversas instituições que se comprometem a levar o acesso à água potável para comunidades de todo Brasil […]

A iniciativa reúne diversas instituições que se comprometem a levar o acesso à água potável para comunidades de todo Brasil

Anualmente, as 15 organizações que integram a Aliança Água + Acesso avaliam o andamento dos projetos desenvolvidos e realizam o planejamento estratégico anual onde compartilham as experiências vistas nas regiões onde os projetos são desenvolvidos. O terceiro encontro da iniciativa reuniu em Manaus, parceiros, apoiadores e financiadores nesta quinta-feira (13), na sede da Fundação Amazonas Sustentável.

O direito básico à água que esteja nos padrões de potabilidade ainda não é possível para as pessoas que vivem fora das grandes cidades, entretanto, por meio do programa o acesso à água potável tem chegado às comunidades rurais de todo o Brasil. Somente no Amazonas, desde 2018, a iniciativa Aliança Água + Acesso levou o acesso à água potável para 30 comunidades ribeirinhas em nove municípios por meio da parceria a FAS e Instituto Coca-cola, beneficiando 3.733 pessoas.

Segundo a coordenadora do programa Água + Acesso, Valcleia Solidade, superintendente de Desenvolvimento Sustentável da FAS, o encontro permite a troca de conhecimento sobre as dificuldades que existem nas mais diversas realidades existentes no Brasil e a partir disso, avaliar a atuação das instituições enquanto aliança e os desafios que cada organização enfrenta.

“As ações que se aplicam à realidade Amazônica, diferem do que se aplica à realidade vista no nordeste. Por isso, ter esse momento de nos reunir para entender as especificidades dos diferentes lugares do Brasil, é muito importante para melhorar e aprimorar nossas ações. Este encontro é fundamental e rico para o fortalecimento da Aliança e para a entrega de melhores resultado das ações realizadas pelos projetos”, explicou.

O gerente de operações da WTT (instituição que integra a aliança), André Wongtschowski, explica que o encontro da aliança serve para, além de planejar, prestar contas do que já foi implementado, apresentar novos projetos a serem realizados com novas tecnologias e discutir a governança para avaliar alocação de recursos desses projetos.

“Nestes encontros nós visitamos os projetos já implementados e aproveitamos para conversar com os comunitários e líderes para melhorar o modelo de gestão comunitária da água, gerida por eles. Com o feedback deles, que estão na ponta, pensamos em novas soluções para os desafios do acesso à água”.

O próximo encontro da aliança será realizada em fevereiro de 2021, ainda sem local definido.

Iniciativa Aliança Água + Acesso

Desde 2017, a iniciativa Aliança Água + Acesso reúne empresas, institutos e organizações da sociedade civil para implementarem projetos que levem o acesso à água segura e de forma sustentável em áreas e comunidades rurais de todo o Brasil.

A aliança é formada pelo Instituto Coca-Cola Brasil, Fundação Avina, World-Transforming Technologies – WTT, Instituto Iguá, Trata Brasil, Cáritas Diocesana, Fundação Amazonas Sustentável – FAS, Central de Associações Comunitárias para Manutenção dos Sistemas de Saneamento de Seabra, Sistema Integrado de Saneamento Rural – Sisar, Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento – CPCD, Saúde e Alegria, Associação dos Produtores Rurais de Carauari – Asproc, Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) de diferentes setores que atuam com projetos e iniciativas integradas em torno de três grandes frentes: infraestrutura para o acesso e tratamento, modelos de gestão comunitária da água e integração e fortalecimento do ecossistema.

Ao todo 200 comunidades foram impactadas e 77 mil beneficiados em todo o Brasil.