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‘Gastronomia com sabor de conservação’ vence como melhor solução inovadora para o desenvolvimento sustentável da Amazônia

O projeto vencedor é desenvolvido pela ONG peruana Amazónicos por La Amazonía (Ampa Perú), na região de San Martín

O projeto “Gastronomia com sabor a conservação”, da ONG peruana Amazónicos por La Amazonía (Ampa Perú), foi o grande vencedor do Prêmio SDSN Soluções Inovadoras, realizado pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, SDSN-Amazônia (na sigla em inglês), que aconteceu ontem, segunda-feira (29), na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em Manaus. A iniciativa foi escolhida como a mais inovadora para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

O projeto, desenvolvido na região de San Martín, acompanha as associações da Amazônia peruana na realização e na gestão de áreas de conservação conectando a grande dispensa da Amazônia Andina com a cadeia gastronômica peruana e com cozinheiros renomados nacional e internacionalmente, mas assegurando a sustentabilidade dos suprimentos, a defesa das florestas e melhorando a qualidade de vida dos camponeses.

Na chamada foram submetidas 24 soluções inovadoras desenvolvidas na Amazônia, sendo 14 do Brasil, quatro do Equador, quatro do Peru, uma solução da Colômbia e uma da Bolívia. As 24 soluções estão disponíveis na Plataforma de Soluções da SDSN-Amazônia para acesso ao público.

Além do projeto vencedor, os outros dois colocados receberam menção honrosa pela qualidade dos projetos: Programa de Incubação e Aceleração da Plataforma Parceiros pela Amazônia e de Meliponicultura Tecnologia social para povos e comunidades tradicionais da Amazônia, do Instituto Peabiru.

A melhor solução inovadora foi premiada com uma viagem para Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde o representante da iniciativa vencedora participará da Conferência Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (ICSD), que ocorrerá em setembro na Universidade de Columbia. Na oportunidade, a solução inovadora desenvolvida na Amazônia também será apresentada para os principais stakeholders e líderes mundiais que estarão na conferência.

Todas as soluções foram avaliadas por um júri composto pelo professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Henrique dos Santos Pereira; pelo diretor presidente da Cigás, René Levy Aguiar; pelo reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Cleinaldo Costa; e pela jornalista e professora do Centro Universitário Fametro, Liege Albuquerque. As soluções foram avaliadas seguindo critérios de relevância, caráter inovador da solução, viabilidade financeira, escalabilidade impacto atual e/ou potencial e aderência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Prêmio Soluções Inovadoras

A importância da Plataforma de Soluções da SDSN-Amazônia e do Prêmio Soluções Inovadoras têm o mesmo lema da Agenda 2030: não deixar ninguém para trás, conforme a avaliação da gestora da Plataforma de Soluções da SDSN-Amazônia, Carolina Ramírez.

“Sabemos de memória quais são as principais problemáticas que enfrenta a região amazônica, porém, pouco sabemos como solucioná-las. O prêmio Soluções Inovadoras além de valorizar soluções criadas por instituições amazônicas, visa divulgar e disseminar soluções que contribuam no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, para que estas não caiam no esquecimento, não deixando ninguém e nenhum trabalho para trás. Está na hora de prestigiar o bom trabalho que instituições amazônicas estão realizando e fomentar novas parcerias para que essas soluções cheguem em todas partes da Amazônia”, afirma Carolina.

Conheça as soluções

1º lugar | Gastronomia com sabor a conservação – AMPA Perú

O projeto acompanha as associações na realização e na gestão de áreas de conservação conectando a grande dispensa da Amazônia Andina com a cadeia gastronômica peruana e com cozinheiros renomados nacional e internacionalmente, mas assegurando a sustentabilidade dos suprimentos, a defesa das florestas e melhorando a qualidade de vida dos camponeses.

O projeto também capacita às lideranças no manejo dos recursos, assim como melhora os processos de transporte para garantir que o produto mantenha a sua qualidade até a chegada ao consumidor. Assim, os produtos são aproveitados integralmente, potencializando os subprodutos e derivados.

2º lugar | Programa de Incubação e Aceleração da PPA

Atualmente, o ecossistema de negócios de impacto na Amazônia é crescente. Isso está se dando pelas novas iniciativas de inclusão de comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas e agricultores familiares em processos produtivos, em novos mercados e processos. Tais negócios prometem impulsionar uma nova economia na região, contrária ao desmatamento e às atividades predatórias e valorizando a sociobiodiversidade.

Dessa forma surge o Programa de Aceleração da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), com o intuito de incentivar e apoiar iniciativas e negócios que se encaixem nessas novas características de gerar impactos socioambientais positivos e se manterem viáveis ao longo do tempo. O PPA objetiva fornecer todo o apoio necessário para o desenvolvimento e crescimento de startups de impacto socioambiental positivo onde o principal objetivo e transformar a mentalidade atual de exploração irracional de recurso, tanto ambientais quanto humanos, e focar numa relação saudável entre o desenvolvimento econômico local, o meio ambiente e a sociedade.

3º lugar | Meliponicultura Tecnologia social para povos e comunidades tradicionais da Amazônia

A meliponicultura realizada pelo Instituto Peabiru de cunho agroecológico é uma tecnologia de baixo custo de implantação e de manejo simplificado, e busca ter como resultados o empoderamento de grupos socialmente vulneráveis, replicabilidade, valorização dos serviços ambientais e inclusão pelo mercado. Ao contrário da colmeia e dos equipamentos da apicultura, normalmente fabricados de modo industrial, a meliponicultura é projetada para utilizar peças e equipamentos que não exigem um processo complexo de produção e materiais custosos ou de difícil acesso para grupos rurais pobres.

O custo médio dessa colmeia é cinco vezes menor do que a utilizada na apicultura e ainda há o baixo esforço empreendido no manejo, com apenas duas horas de trabalho semanal, em média, maneja-se um meliponário de aproximadamente 100 colmeia. Atualmente, o programa de Abelhas sem Ferrão está presente em 22 localidades de 7 municípios. No Amapá com quilombolas em Macapá e indígenas no Oiapoque; e no Pará com comunidades tradicionais em Almeirim, Curuçá, Monte Alegre, Curralinho e Barcarena. São cerca de 3.600 colmeias racionais instaladas.

Virada Sustentável leva cultura, esportes e conscientização ambiental para 25 mil pessoas em Manaus

Foram três dias com mais de 160 atividades em 22 pontos da capital, por todas as zonas da cidade, com a colaboração de mais de 350 voluntários e 57 instituições do Conselho Criativo. Entre elas, a coleta de duas toneladas de lixo do igarapé do Tarumã

Sustentabilidade foi a palavra que movimentou o fim de semana em Manaus. Pelo quinto ano consecutivo, a capital amazonense recebeu o maior festival de conscientização sobre o tema na América Latina, a Virada Sustentável, mobilizando aproximadamente 25 mil pessoas em atividades gratuitas espalhadas por toda a cidade, de sexta-feira (26) a domingo (28).

Com a proposta de difundir e ampliar a informação sobre sustentabilidade, a programação envolveu arte, cultura, esporte, bem-estar, educação e lazer como ferramentas para inspirar pessoas, empresas e organizações a atuarem na construção de uma cidade melhor. Ao todo, 22 pontos de Manaus serviram de palco para mais de 160 atividades, realizadas com a colaboração de cerca de 350 voluntários e de 57 instituições do Conselho Criativo da Virada.

“A Virada Sustentável apresenta uma visão positiva, dinâmica e alegre sobre a sustentabilidade para a população. A cada edição, vemos o festival crescer, alcançar novos bairros e, o mais importante, inspirar o surgimento de novos projetos e iniciativas que permanecem ‘virando’ a cidade o ano todo”, destacou a coordenadora da mobilização, Paula Gabriel.

Quem circulou pelos espaços teve a oportunidade de se divertir, enquanto aprendia sobre temas como reciclagem, conservação da floresta e destinação correta do lixo. Além da conscientização, o legado de preservação deixado pelo festival inclui a doação de 500 mudas de árvores, como parte de uma campanha para “pintar” a cidade de verde. Cada muda distribuída continha instruções da campanha, orientando as pessoas a publicarem nas redes sociais o bairro onde foi realizado o plantio, utilizando a hashtag #ArvoredaViradaManaus. O objetivo é elaborar um mapa para mostrar os locais que receberam as árvores.

Entre os mutirões de limpeza promovidos, os projetos Grito D’Água e Remada Ambiental coletaram aproximadamente duas toneladas de resíduos sólidos descartados de forma irregular nas águas do Tarumã. As ações tiveram apoio de mais de 80 voluntários, que percorreram a área em pranchas de Stand Up Paddle (SUP), caiaques e canoas, na manhã do sábado (27).

Programação variada

Ainda que o meio ambiente esteja no foco da mobilização, a Virada Sustentável trouxe uma mensagem clara de que a sustentabilidade vai além do aspecto ecológico. A concepção temática do festival é baseada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que envolvem também questões como igualdade de gênero, saúde e bem-estar, educação de qualidade, redução das desigualdades e erradicação da pobreza.

Seguindo essa premissa, diversidade é o que não faltou entre as ações promovidas. Na parte cultural, o grande destaque foi o show da primeira atração nacional na história do festival, em Manaus: a cantora e compositora paraense Dona Onete, conhecida como diva do carimbó “chamegado”, que lotou o Largo São Sebastião, na noite de sábado (27), com uma apresentação focada em seu mais recente trabalho, o “Rebujo”.

Ainda no Centro da capital, ações sociais marcaram o fim de semana de Virada Sustentável. No Largo São Sebastião e na Praça da Matriz, o grupo Mãos que Cuidam ofereceu serviços de corte de cabelo, limpeza de pele, doação de lanches, roupas e sapatos para pessoas em situação de rua.

Durante o sábado (27), a organização VerBem Amazonas realizou exames oftalmológicos gratuitos e doação de óculos para a população na Praça da Matriz. E, no domingo (28), o projeto Banho do Bem esteve no mesmo local com um carro especial equipado com chuveiros, oferecendo a pessoas em situação de rua acesso a banho, além de doação de roupas, kits de higiene pessoal, lanche, corte de cabelo e serviços de enfermagem.

Espaços renovados

Apesar de atingir milhares de pessoas, a Virada Sustentável Manaus teve um impacto especial na vida de uma moradora do bairro Redenção, que teve sua casa reformada e entregue durante o festival.

Elderlene Lima da Costa, de 45 anos, vivia em condições precárias com oito filhos numa casa de três cômodos, na Rua São Vicente de Paula. Dona Lene, como é conhecida, é artesã no Programa de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável na Amazônia (Reusa), desenvolvido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) com o propósito de cuidar do espaço urbano e do meio ambiente, bem como gerar renda aos moradores da Redenção através de atividades de baixo custo.

Com base no entendimento de que uma moradia digna é condição essencial para o desenvolvimento pessoal e para uma vida íntegra, o arquiteto Sérgio Santos, que atua como voluntário no Reusa, decidiu ajudar a transformar a realidade da família, realizando a reforma da casa, em parceria com a FAS e o Impact Hub Manaus. A Redenção também recebeu um mutirão de pintura de casas e uma ação de grafite, que contaram com a participação da comunidade.

Na Zona Norte, o projeto “Nosso Bairro”, coordenado pela rede Global Shapers Manaus, ajudou a população, de forma voluntária, a reformar um espaço comunitário no bairro Monte das Oliveiras. Uma das principais atividades foi a construção de um mobiliário urbano no espaço designado com o uso do Plastijolo (tijolo feito a partir dos resíduos de plástico), além da limpeza e pintura do local. A ação ocorreu no sábado (27).

A Virada

A Virada Sustentável Manaus ainda teve atividades como rodas de conversa, oficinas para adultos e crianças, apresentações de teatro e dança, exposições, jogos educativos, contação de histórias, feira de economia criativa e um Circuito Zen que levou yoga, meditação, terapias holísticas, medicina indígena, entre outras frentes terapêuticas, para diversos pontos da cidade.

Para garantir a inclusão do público com deficiência auditiva, tradutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) cobriram as ações realizadas no Largo São Sebastião, no terminal 5 e no Parque Sumaúma.

A quinta edição da Virada Sustentável Manaus, via Lei de Incentivo à Cultura, tem patrocínio da Uber Eats, Bemol e CMPC, copatrocínio da Liberty Seguros e parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Além disso, possui colaboração da Whirlpool, Honda, Votorantim, Grupo Martins/IAMAR, World Animal Protection, Instituto Sabin, Shopping Manaus Via Norte, ARMOR Brasil, Local Hostel Manaus, Local Hostel Figueiredo, Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS), Agência Oto e Up Comunicação Inteligente.

É uma correalização do Instituto Virada Sustentável e Fundação Amazonas Sustentável (FAS), e realização Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Pátria Amada Brasil Governo Federal.

Soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável da Amazônia são premiadas em evento em Manaus

A iniciativa mais inovadora para o desenvolvimento sustentável da região amazônica ganhará uma viagem para participar de conferência internacional de meio ambiente em Nova York

Soluções inovadoras e boas práticas para os desafios do desenvolvimento sustentável dos países que integram a bacia amazônica, lideradas por universidades, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil serão premiadas nesta segunda-feira (29) no Prêmio Soluções Inovadoras da Plataforma de Soluções da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, SDSN-Amazônia (na sigla em inglês), na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em Manaus.

A Plataforma de Soluções da SDSN-Amazônia, lançada em 2017, é case de sucesso da rede SDSN-Amazônia e visa identificar e dar difusão a iniciativas que trabalham em sinergia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e que são desenvolvidas nos países amazônicos. O Prêmio Soluções Inovadoras foi criado com o intuito de reconhecer o bom trabalho que instituições amazônicas estão realizando em todas partes da Amazônia considerando os âmbitos social, econômico e ambiental.

Nesta primeira edição, a plataforma premiará a melhor solução inovadora com uma viagem para Nova York, nos Estados Unidos, onde o representante da da iniciativa vencedora participará da Conferência Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (ICSD), que ocorrerá em setembro na Universidade de Columbia. Na oportunidade, a solução inovadora desenvolvida na Amazônia também será apresentada para os principais stakeholders e líderes mundiais que estarão na conferência.

Ao todo, 24 soluções inovadoras desenvolvidas na Amazônia foram submetidas à plataforma, sendo 14 do Brasil, quatro do Equador, quatro do Peru, uma solução da Colômbia e uma da Bolívia. As 24 soluções estão disponíveis na Plataforma de Soluções da SDSN-Amazônia para acesso ao público.

Todas as soluções submetidas foram avaliadas pelo comitê técnico-científico da Plataforma de Soluções composto pelo pesquisador e ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) Adalberto Luis Val; pelo CEO da Bemol Brasil, Denis Minev; pelo diretor executivo da ONG boliviana Herencia, Juan Fernando Reyes; pelo pesquisador do Instituto de Investigações da Amazônia Peruana (IIAP), Manuel Martín Brañas; e pelo vice-diretor do Instituto Amazônico de Pesquisa Científicas (SINCHI), da Colômbia, Marco Ehrlich. As soluções foram avaliadas seguindo critérios de relevância, caráter inovador da solução, viabilidade financeira, escalabilidade impacto atual e/ou potencial e aderência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Soluções inovadoras

Das 24 soluções avaliadas, cinco seguem para etapa final de premiação. Duas são da ONG peruana Amazónicos por La Amazonía – Ampa Perú, que participa com as soluções Cadeias de valor e serviços ecosistémicos, um projeto que aproveita de forma integral os produtos e subprodutos derivados das cadeias produtivas do mel, quinoa, café, cacau e coco, assim como impulsiona o reflorestamento, a restauração e a conservação das florestas; e Gastronomia com sabor a conservação, um projeto que acompanha as associações na realização e na gestão de áreas de conservação conectando a grande dispensa da Amazônia andina com a cadeia gastronômica peruana e com cozinheiros renomados do Peru, mas assegurando a sustentabilidade dos suprimentos, a defesa das florestas e melhorando a qualidade de vida dos camponeses peruanos.

Do Brasil, três soluções participam, sendo duas do Amazonas e uma do estado do Pará. Uma delas é o projeto Primeira Infância Ribeirinha App: uma estratégia de gestão de dados da infância em comunidades ribeirinhas na Amazônia, da Fundação Amazonas Sustentável (FAS). Em parceria com a empresa Samsung/SIDIA e o Instituto de Tecnologia e Negócios do Norte, um aplicativo foi desenvolvido para incorporar o guia de visitação domiciliar do programa Primeira Infância Ribeirinha (PIR). A ferramenta, que pode ser acessada de modo offline, foi feita com estratégia lúdica e interativa na coleta de informações digitalizadas. A criação do app também busca ser um apoio para a tomada de decisões dos gestores públicos à rede de saúde do Amazonas.

Outra solução brasileira é o Programa de Incubação e Aceleração, da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), que tem como intuito de incentivar e apoiar iniciativas e negócios que gerem impactos socioambientais positivos, levando em conta o desenvolvimento e crescimento de startups na Amazônia cujo o principal objetivo seja transformar a mentalidade atual de exploração irracional de recursos, tanto ambientais quanto humanos, e focar numa relação saudável entre o desenvolvimento econômico local, o meio ambiente e a sociedade.

O Instituto Peabiru, do Pará, também participa com a solução Meliponicultura Tecnologia social para povos e comunidades tradicionais da Amazônia, uma tecnologia de criação de abelhas nativas da Amazônia, de cunho agroecológico, e que busca ter baixo custo de implantação, manejo simplificado, replicabilidade, valorização dos serviços ambientais, inclusão no mercado e com empoderamento de grupos socialmente vulneráveis do Pará.

Agenda 2030

A importância da Plataforma de Soluções da SDSN-Amazônia e do Prêmio Soluções Inovadoras têm o mesmo lema da Agenda 2030: não deixar ninguém para trás, conforme a avaliação da gestora da Plataforma de Soluções da SDSN-Amazônia, Carolina Ramírez.

“Sabemos de memória quais são as principais problemáticas que enfrenta a região amazônica, porém, pouco sabemos como solucioná-las. O prêmio Soluções Inovadoras além de valorizar soluções criadas por instituições amazônicas, visa divulgar e disseminar soluções que contribuam no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, para que estas não caiam no esquecimento, não deixando ninguém e nenhum trabalho para trás. Está na hora de prestigiar o bom trabalho que instituições amazônicas estão realizando e fomentar novas parcerias para que essas soluções cheguem em todas partes da Amazônia”, afirma Carolina.

A próxima etapa da premiação é quando as instituições enviam vídeos para o conhecimento do público em geral sobre cada solução. A solução inovadora escolhida pela Rede SDSN será anunciada durante o evento de apresentação dos vídeos e a premiação no dia 29 de julho, na sede Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em Manaus, na rua Álvaro Braga, número 351, bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul. Todo o evento será transmitido ao vivo pelo canal da SDSN-Amazonia no Youtube http://bit.do/eZ67x.

Serviço

O quê: Prêmio Soluções Inovadoras SDSN-Amazônia
Quando: segunda-feira (29), das 9h às 12h
Onde: sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, 351, bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul da capital

Virada Sustentável Manaus ocupa a cidade com programação diversa e gratuita neste fim de semana

 São mais de 160 atividades entre shows, oficinas, rodas de conversa, exposições, doação de mudas, limpeza de igarapés e ações sociais no maior festival de sustentabilidade da América Latina. Dona Onete é a atração nacional

De sexta-feira (26) a domingo (28), a Virada Sustentável Manaus vai ocupar ruas, espaços públicos, parques e centros culturais da capital amazonense com mais de 160 atividades gratuitas em prol de uma cidade melhor. Shows, oficinas, rodas de conversas, exposições, doação de mudas, limpeza de igarapés e ações sociais são algumas das ações previstas no maior festival de sustentabilidade da América Latina. A programação completa pode ser conferida aqui www.viradasustentavel.org.br/manaus.

Com a colaboração de 300 voluntários, a Virada Sustentável ocorre pelo quinto ano consecutivo na capital amazonense. Nesta edição, os espaços que vão receber ações são Bosque da Ciência, Biblioteca Pública do Amazonas, Casa das Artes, Centro de Medicina Indígena, bairro Colônia Antonio Aleixo, Escola Estadual Professora Myrthes Marques Trigueiro, Feira do São José, Flutuante Abaré, Galeria do Largo, Largo São Sebastião, Marina do Davi, bairro Monte das Oliveiras, Museu da Amazônia (MUSA), Parque Sumaúma, Parque do Mindu, Praça da Polícia, Praça da Matriz, Praia da Ponta Negra, Reusa – Rip Rap da Redenção, Shopping Manaus Via Norte e terminais de ônibus 4 e 5.

“Vamos alcançar todas as zonas da cidade, principalmente os espaços com grande circulação de pessoas, levando cultura, conscientização e lazer para a população de forma dinâmica, divertida e totalmente gratuita”, explica a coordenadora da mobilização, Paula Gabriel.

Arte e cultura

A programação cultural da Virada Sustentável Manaus será marcada por exposições de arte e fotografia, performances teatrais, intervenções de grafite, espetáculos de dança, números circenses, entre outras iniciativas.

Pela primeira o festival receberá uma atração nacional. A cantora e compositora paraense Dona Onete, a diva do carimbó “chamegado”, encerra a programação de sábado (27), às 20h, com um show especial no Largo São Sebastião.

Outros espaços que terão palco com apresentações musicais gratuitas são Monte das Oliveiras, Redenção, Bosque da Ciência e Shopping Manaus Via Norte.

Na lista de atrações estão Márcia Novo, Alaídenegão, Os Tucumanus, Will Rock Band, Manauaras em Extinção, Pedro Auzier, Grupo Maroaga, Antônio Bahia, Mady e Seus Namorados, Banda NTG, Marcello Ipanema & o Izunomê, Banda Tucandeira, Dj Thayza Rodrigues, DJ Makka, entre outras.

Meio ambiente

Temas como reciclagem, destinação correta do lixo e conservação da floresta serão abordados de formas variadas com a proposta de mostrar para o público que uma cidade mais sustentável, com melhor aproveitamento de seus recursos e cuidado com o meio ambiente, pode ser construída com atitudes simples.

Entre os destaques do sábado (27) está uma oficina de upcycling para quem quer aprender como dar um “up” em uma peça de roupa desgastada, estragada, manchada ou encostada no armário. A atividade ocorrerá das 8h às 17h, na Casa das Artes.

No Parque do Mindu, das 9h às 11h, a população poderá aprender a montar um biodecompositor para o descarte de resíduos orgânicos. Ainda no local, alunos do curso de Química da Fametro promoverão uma oficina, no sábado (27) e domingo (28), das 8h às 12h, sobre produção de sabão líquido biodegradável, de baixo custo e menos impacto ao meio ambiente, que pode inclusive ser fonte de renda para famílias carentes.

Já no domingo (28), das 9h às 10h, a Escola Estadual Professora Myrthes Marques Trigueiro, no Coroado, receberá uma oficina sobre energia solar. Das 14h às 17h, será realizado um mutirão de limpeza no Parque do Mindú. No Largo São Sebastião, das 15h às 18h, o Projeto Hermanitos ensinará o público como produzir brinquedos utilizando materiais recicláveis.

Além destas e outras ações de conscientização ambiental, a Virada Sustentável Manaus terá pontos de coleta seletiva nos espaços ocupados e distribuirá 500 mudas de árvores em todas as zonas da cidade, como parte da campanha #ArvoredaViradaManaus.

Social

Ações sociais e oferta de serviços também farão parte da programação do festival. Na Redenção, bairro da Zona Centro-Oeste de Manaus, a Associação de Desenvolvimento e Bem-Estar Social do Amazonas (SOCIAMA) realizará Teste de Tipagem Fluodoral (HIV), distribuição de preservativos, atendimento psicológico e dará informações sobre as hepatites virais, no sábado (27), das 8h às 13h.

No mesmo dia, a organização VerBem Amazonas fará exames oftalmológicos gratuitos e doação de óculos para a população, das 8h às 12h, na Praça da Matriz.

Já o grupo Mãos que Cuidam ocupará o Largo São Sebastião durante o fim de semana com uma ação voltada para pessoas em situação de rua, no Centro da cidade, oferecendo serviços de corte de cabelo, limpeza de pele, doação de lanches, roupas e sapatos.

No domingo (28), os destaques incluem uma ação de atendimentos, orientações e simulações em atendimento de primeiros socorros, coordenada pela Cruz Vermelha Brasileira Amazonas, das 8h às 17h, no Largo São Sebastião. E, também, o Banho do Bem, movimento social que levará à Praça da Matriz, das 13h às 17h, um caminhão com chuveiros e outras atividades, atendendo pessoas em situação de rua, com acesso à banho, doação de roupas, kits de higiene pessoal, lanche, corte de cabelo e serviços de enfermagem.

Esporte e Zen

Quem busca atividades relacionadas à saúde, esporte e bem-estar terá diversas opções ao longo do fim de semana.

Entre elas, os projetos Remada Ambiental e Grito d’Água, que convocam voluntários para recolher materiais descartados de forma incorreta nas águas do Tarumã, utilizando pranchas de Stand Up Paddle (SUP), caiaques e canoas.

As duas ações acontecerão no sábado (27), a partir das 8h. O ponto de encontro entre os participantes da Remada Ambiental será a Marina do Davi, na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. Já o projeto Grito d’Água sairá do Flutuante Abaré, que fica na margem direita do Igarapé do Tarumã.

Para incentivar o uso de bicicletas, o festival terá um Bike Tour pelo Centro, domingo (28), a partir das 9h, com saída no Largo São Sebastião. O espaço também receberá, no mesmo dia, a Escola Bike Anjo, que ensina pessoas de todas as idades a pedalar.

O festival ainda terá um Circuito Zen com yoga, meditação, terapias holísticas, medicina indígena, entre outras frentes terapêuticas, visando estimular o autoconhecimento e a cultura de paz. Como parte dessa programação especial, a cidade receberá pela primeira vez a festa WAKE, experimento social que desafia as pessoas a reinventarem suas rotinas em uma celebração matinal com yoga, dança, meditação e gastronomia saudável. O evento ocorrerá domingo (28), a partir das 8h, no Bosque da Ciência, com entrada mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível, que será entregue ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

A Virada

A programação da Virada Sustentável Manaus ainda inclui uma série de atividades lúdicas e educativas voltadas para os mais diversos públicos – de crianças a idosos – todas gratuitas. Na edição passada, o festival mobilizou mais de 15 mil pessoas em toda a cidade.

A concepção temática da mobilização é baseada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que envolvem questões como igualdade de gênero, saúde e bem-estar, consumo e produção responsáveis, educação de qualidade, redução das desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis e erradicação da pobreza.

A quinta edição da Virada Sustentável Manaus, via Lei de Incentivo à Cultura, tem patrocínio da Uber Eats, Bemol e CMPC, copatrocínio da Liberty Seguros e parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Além disso, possui colaboração da Whirlpool, Honda, Votorantim, Grupo Martins/IAMAR, World Animal Protection, Instituto Sabin, Shopping Manaus Via Norte, ARMOR Brasil, Local Hostel Manaus, Local Hostel Figueiredo, Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Agência Oto e Up Comunicação Inteligente.

É uma correalização do Instituto Virada Sustentável e Fundação Amazonas Sustentável (FAS), e realização Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Pátria Amada Brasil Governo Federal.

FAS e projetos apoiados pela Petrobras plantam 4,6 mil mudas de espécies ameaçadas em todo o Brasil

No Amazonas, 300 mudas de castanheira, cacau, açaí, cupuaçu e acerola foram plantadas na comunidade Punã, na RDS Mamirauá, zona rural de Uarini.

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em conjunto com 17 projetos patrocinados pela Petrobras, plantaram nesta quarta-feira (17) cerca de 4,6 mil mudas de espécies ameaçadas em várias regiões do país. O Projeto Amazonas Sustentável, desenvolvido pela FAS, foi responsável pelo plantio de 300 mudas de espécies nativas da Amazônia, na comunidade Punã, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, zona rural de Uarini. Dentre as mudas plantadas estão espécies ornamentais, medicinais, de importância florestal e frutífera como castanheira, cacau, açaí, cupuaçu e acerola.

A iniciativa faz parte uma ação em rede que é resultado da integração de projetos patrocinados pela Petrobras, a maioria da linha Florestas e Clima, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Dia da Proteção das Florestas

Na cultura popular brasileira, a proteção das florestas é personificada na figura mística do Curupira, um espírito mágico que habita as florestas e ajuda a protegê-la da invasão e ataque de pessoas má intencionadas. Por este motivo, o dia 17 de julho também é considerado o Dia do Curupira, o “protetor das florestas”.

Nesta data muitas ações práticas são realizadas para mostrar à população os perigos que aguardam a humanidade caso não seja feito algo para proteger as florestas. Reforça-se a importância da proteção das florestas não só para a regulação do clima, mas também para a manutenção da vida no planeta. O evento envolve crianças, adolescentes, jovens, universitários, pessoas com deficiência, comunidades tradicionais e povos indígenas e visa a sensibilizar as pessoas sobre a importância das florestas.

Os projetos envolvidos nesse esforço coletivo acreditam que envolver as pessoas em ações como esta é fundamental para sensibilizá-las e conscientizá-las sobre a sua relação com a natureza e a importância da preservação e recuperação das florestas. Esta ação conta com uma campanha digital nas redes sociais dos projetos participantes com a hashtag #florestaseclima e #juntospelomeioambiente.

Espaço Pequenos Curupiras

Alinhado à esta comemoração, também foi realizada na comunidade Punã uma edição do “Espaço Pequenos Curupiras”, um projeto de educação ambiental da FAS voltado para crianças de 4 a 12 anos com atividades lúdicas envolvendo materiais da floresta como sementes, folhas e flores.

Projeto Amazonas Sustentável

Desenvolvido por meio de uma parceria com a Petrobras, o Projeto Amazonas Sustentável é desenvolvido pela FAS, e busca levar ações de empreendedorismo sustentável, educação e cidadania para cerca de 2,4 mil moradores de cinco unidades de conservação do Amazonas. Participam do projeto as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, Uacari, Rio Negro, Reserva Extrativista (Resex) Catuá-Ipxuna e Área de Proteção Ambiental (APA) Rio Negro.

Conselho da Abio se reúne para elaborar planejamento estratégico voltado à bioeconomia na Amazônia

Dentre as pautas da reunião estavam a criação do plano estratégico institucional voltado para o desenvolvimento econômico, redução de desigualdades sociais e conservação ambiental da região amazônica.

Membros do Conselho de Administração (CAD) da Aliança para a Bioeconomia da Amazônia (ABio) estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira (15), na Reitoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), em Manaus. Dentre as pautas da reunião estavam a criação do plano estratégico institucional voltado para o desenvolvimento econômico, redução de desigualdades sociais e conservação ambiental da região amazônica.

A reunião contou com a participação dos secretários Jório Veiga, da Secretaria de Estado de Planejamento, Ciência e Tecnologia (Seplancti), Eduardo Taveira, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Tatiana Schor, secretária Adjunta Executiva de Ciência e Tecnologia, Sérgio Luz, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Leonardo Monteiro, do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), Cleto Leal, da Universidade do Estado do Amazonas, Marco Giágio, da Certi e Maria Goreth Falcão, da Rami.

Durante a elaboração do plano estratégico, ressaltou-se a importância de pensar a bioeconomia a partir do potencial social e econômico da biodiversidade da Amazônia, tanto no manejo quanto no cultivo, para desempenhar função de destaque no desenvolvimento integrado da região.

Além do Ifam, participaram da reunião representantes das seguintes instituições: Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti), Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Rede Amazônia em Prol do Empreendedorismo e da Inovação (Rami), Universidade Nilton Lins, Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (Certi da Amazônia).

“Essa foi uma reunião histórica porque marca a construção de um plano de trabalho da Abio como instituição independente capaz de contribuir políticas públicas de bioecnomia na amazonia nas diferentes instâncias”, sugeriu o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana.

Na ocasião, foram servidos produtos de inovação tecnológica do Ifam, como vinho de polpa de açaí, cervejas e geleias produzidas a partir de vários sabores amazônicos.

Criação e finalidades da ABio

Instituída em 4 de outubro de 2018, a ABio é uma pessoa jurídica de direito privado, na forma de associação civil de fins não lucrativos. A Aliança tem a participação direta de profissionais de diversas formações e atuações comprometidos com o desenvolvimento de uma nova economia para a Amazônia.

Uma das finalidades da Abio é estimular a Bioeconomia na Amazônia, por meio de um conjunto de ações e projetos que priorizam os arranjos produtivos locais com foco na sustentabilidade e preservação da Amazônia.

*Com informações da assessoria de imprensa do Ifam

‘Quanto vale o verde?’ Seminário debate impacto econômico das Unidades de Conservação na Amazônia

ovas estratégias e iniciativas já aplicadas em UCs que geram renda e riqueza ao país, como o Bolsa Floresta e o ICMS Ecológico, serão discutidas no evento. A participação é gratuita.

É unanimidade que a Amazônia é rica em recursos naturais, mas qual o impacto gerado na economia por uma Unidade de Conservação (UC)? Qual a importância econômica de uma área protegida para o Produto Interno Bruno (PIB) do país? Especialistas em economia e meio ambiente vão debater essas e outras questões ligadas ao tema, como o Programa Bolsa Floresta (PBF) e o ICMS Ecológico, na próxima sexta-feira (19), das 8h30 às 12h, durante o seminário “Quanto vale o verde?”, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em Manaus, na rua Álvaro Braga, 351, bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul.

Novas estratégias econômicas e iniciativas já aplicadas em UCs do Estado serão discutidas, além de resultados de cadeias produtivas e a valoração de bens e serviços associados. Os professores Carlos Eduardo Young & Eduardo Mendes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), autores do livro “Quanto vale o verde?” (2018), vão liderar o debate. “Apesar de não estarem formalmente incorporadas às contas nacionais que medem a riqueza do país, as Unidades de Conservação não só aumentam a atividade econômica como a melhoram, não só geram mais PIB como geram um PIB melhor”, explicou Carlos Eduardo Young.

Segundo o professor, as UCs são regiões propícias à abertura de negócios sustentáveis e podem resultar num impacto econômico significativo ao país, assim como qualquer outra cadeia produtiva como agropecuária, minério e geração de energia. “As Unidades de Conservação são fontes de renda sustentável para populações, são ferramentas de inclusão social e contribuem para mitigar os efeitos das mudanças climáticas porque protegem a região. São um conjunto de coisas que tornam as UCs um elemento dinamizador da economia, bem ao contrário do que se diz de que são um entrave ao desenvolvimento econômico e social”, afirmou Young.

As comprovações dos inúmeros e volumosos retornos financeiros gerados pelas UCs à economia do país estão no livro “Quanto vale o verde: a importância econômica das unidades de conservação brasileiras”, publicado em 2018 por Carlos Eduardo Young, Eduardo Mendes e outros 14 especialistas em economia e meio ambiente. Acesse a versão digital do livro neste link https://bit.ly/2LT4HN1. O resultado do estudo feito no livro inspirou a realização do seminário e a possibilidade de aplicar a mesma metodologia nas Unidades de Conservação do Amazonas vai ser um dos momentos do evento.

PBF e ICMS Ecológico

Uma iniciativa de geração de renda e riqueza ao país já aplicada em UCs do Amazonas é o Programa Bolsa Floresta (PBF), uma política pública desenvolvida pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) desde 2008 que recompensa populações ribeirinhas e indígenas que vivem nessas áreas de proteção pelos serviços ambientais prestados por elas. Os beneficiados recebem ganhos diretos, serviços sociais, capacitações e também incentivo para cultivar sustentavelmente produtos da floresta como farinha, pirarucu, castanha, guaraná, entre outros.

Outra estratégia de geração de riqueza possível em UCs é o ICMS Ecológico, um imposto pago a municípios brasileiros que conservam o meio ambiente em áreas protegidas. Tal imposto ainda não é aplicado no Amazonas. “Atualmente 17 estados brasileiros se beneficiam do ICMS Ecológico. Para acontecer no Amazonas depende da Assembleia Legislativa e uma das propostas do seminário é debater esse mecanismo de transferência fiscal”, explica Young. “O Amazonas já recebe benefício fiscal pela Zona Franca, mas fica tudo concentrado em Manaus. O ICMS Ecológico seria uma forma de estender os recursos aos municípios mais distantes que também contribuem ao Estado”.

Como participar

O seminário “Quanto vale o verde?” é um evento aberto e gratuito. Para participar, basta efetuar inscrição on-line no link https://bit.ly/32n9zOY. O público-alvo são especialistas em meio ambiente, economia e administração, professores, pesquisadores, estudantes, o poder público e a sociedade civil em geral. A organização do evento garante certificado de participação. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) são apoiadores na realização do evento.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não-governamental sem fins lucrativos que promove ações de conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida de populações ribeirinhas e indígenas moradoras de 16 Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, em cooperação estratégica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Bradesco, Coca-Cola e Samsung.

13ª Feira da FAS com temática junina acontece neste domingo (16), em Manaus

Uma das principais atrações dessa edição é o show da cantora Márcia Novo, que agita a sede da FAS com uma apresentação que mistura brega, beiradão, lambada, gêneros caribenhos e boi-bumbá.

A 13ª edição da Feira da FAS acontece neste domingo (16), em Manaus, na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), com temática junina, a partir das 8h e com entrada gratuita. O público poderá usufruir de diversas atividades que vão desde economia criativa a sustentabilidade, produtos naturais, jardinagem, decoração, artesanato, artes plásticas, moda, gastronomia, música, literatura, teatro, dança, esportes, saúde, bem-estar, jogos, entre outros.

Uma das principais atrações dessa edição é o show da cantora Márcia Novo, que agita a sede da FAS a partir das 17h30 com uma apresentação que mistura brega, beiradão, lambada, gêneros caribenhos e boi-bumbá, com uma linguagem “pop amazônica” que é própria da cantora amazonense. Antes dela, o artista Ítalo Almeida anima a criançada com contação de histórias e músicas infantis.

A programação da feira também inclui atividades de saúde e bem-estar como meditação, yoga, massoterapia chinesa, aula de aeroboi e quadra liberada para prática de esportes. Os visitantes ainda podem se divertir gratuitamente com jogos eletrônicos clássicos disponibilizados pelo projeto Retrô Games, além de sinuca, pebolim e ping-pong.

A área de exposição terá mais de 85 empreendedores comercializando diversos artigos, entre eles um dedicado à moda sustentável com seis brechós da cidade. “Os brechós ganharam força e fazem parte de uma mudança de comportamento, uma preocupação com os impactos sociais e ambientais do consumo, especialmente na moda. Essa ideia vai de encontro à proposta da feira, que é hoje um dos maiores eventos de economia verde e criativa da cidade”, destaca o coordenador do evento, Cleber Santos.

Pet friendly

A Feira da FAS é pet friendly, ou seja, amigável à presença de animais de estimação. No evento, os donos encontram expositores de produtos como caminhas, comedouros, bonés, vestidos, coletes, bandanas, peitorais e guias. Também são realizadas ações de vacinação contra raiva e doação de pets em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses de Manaus e o Grupo Protetores dos Animais.

Feira da FAS

Com proposta de oferecer à população a experiência de consumir produtos diretamente de quem faz, fomentando um ciclo de sustentabilidade e estimulando a economia verde e criativa, a Feira da FAS é realizada mensalmente na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, 351, no bairro Parque Dez, Zona Centro-Sul de Manaus. A feira acontece até as 20h e tem entrada gratuita.

Ministro alemão destaca iniciativas da FAS apoiadas pelo Fundo Amazônia durante visita

Gerd Muller, da pasta de Cooperação Econômica da Alemanha, visitou projetos desenvolvidos pela FAS na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro nesta quinta-feira (11).

O ministro de Cooperação Econômica da Alemanha, Gerd Muller, visitou nesta quinta-feira (11) a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro e conheceu projetos desenvolvidos pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) por meio do Fundo Amazônia, que recebe recursos alemães.

A visita ocorreu na comunidade ribeirinha Tumbira, uma das 19 comunidades da RDS do Rio Negro, localizada no município de Iranduba, distante 80 quilômetros de Manaus. Durante o encontro, foram apresentadas iniciativas na área de geração de renda sustentável, por meio do turismo de base comunitária, artesanato e manejo florestal e gestão territorial.

Além da comitiva alemã, estiveram na visita o secretário estadual de Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana, o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, o diretor executivo do WWF Brasil, Mauricio Voivodic, a coordenadora das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Nara Baré, e outras lideranças indígenas e ribeirinhas.

Para o ministro Gerd Muller, o trabalho realizado pela FAS nas comunidades ribeirinhas com recursos do Fundo Amazônia contribui para a política alemã de proteção da floresta e dos povos. Muller ressaltou ainda o interesse em continuar investindo em ações para o desenvolvimento sustentável na Amazônia.

“Estou impressionado com o que estão realizando aqui. O trabalho é exemplar na proteção da floresta e na preservação dos direitos dos povos tradicionais, e este é um grande objetivo da nossa política. O Fundo Amazônia contribui muito para isso e nós queremos continuar o trabalho, talvez com alguns ajustes que possivelmente serão necessários”, destacou o ministro alemão.

Para o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana, a visita foi uma oportunidade de conhecer na prática ações de geração de renda que ajudam a manter a floresta em pé e erradicar a pobreza. “O Programa de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades tem levado ações de geração de renda e empoderamento comunitário para cerca de 40 mil pessoas em 16 Unidades de Conservação (UC), uma contribuição muito importante para erradicação da pobreza e conservação da floresta, com uma redução de 43% no desmatamento e aumento de renda de mais de 124% das famílias”, ressaltou.

O secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, salientou que a agenda no Amazonas consolida a missão iniciada com o governador Wilson Lima, em Brasília, que contou com reuniões com o governo alemão e também com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e com o ministro do Meio Ambiente brasileiro, Ricardo Salles.

“A vinda do ministro consolida esta ida a Brasília, entendendo a necessidade de melhorias no Fundo Amazônia, mas deixando a mensagem de que é super importante para o Estado a parceria tanto com o governo alemão como também com o governo da Noruega, que é o maior doador do Fundo Amazônia” disse o secretário.

Comitiva esteve na comunidade Tumbira | Foto: Felipe Irnaldo

Mudança de realidade

O presidente da Associação de Comunidades Sustentáveis (ACS) Rio Negro, Sebastião Brito, ressaltou que a parceria entre Alemanha e Brasil é importante para fortalecimento da gestão comunitária e melhoria da qualidade de vida na RDS.

“A gente não consegue fazer nada só e precisamos destas parcerias entre as comunidades, associação e o Estado, que tem uma política pública voltada para unidades de conservação. Antes a gente trabalhava com madeira, mas era extração ilegal. Hoje temos 14 planos de manejo licenciados, pensando na sustentabilidade e nos preocupando sempre com o amanhã. As comunidades hoje tiram seu sustento da madeira, do artesanato, da pesca, do turismo e da agricultura”, disse.

O embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, afirmou que o sucesso da implementação dos projetos no Amazonas é resultado da cooperação entre Estado, comunidades, financiadores e organizações da sociedade civil. “Sabemos que faz sentido continuar com o Fundo Amazônia e continuar a cooperação por meio do Arpa”, completou.

Cooperação

O Amazonas recebe apoio da Alemanha desde 1992 com investimentos em cinco grandes projetos de fortalecimento da gestão ambiental. A parceria tem um importante impacto nas taxas de desmatamento, mantendo o Amazonas com 97% da sua cobertura vegetal intacta e garantindo que as Unidades de Conservação estaduais representem menos de 1% do total de desmatamento.

A gestão das 42 UCs estaduais recebe apoio do Programa Arpa desde 2002. Na RDS do Rio Negro e em outras 15 UCs estaduais, o governo alemão financia, por meio do Fundo Amazônia, o Programa de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades Ribeirinhas, uma política pública estadual que leva iniciativas de geração de renda e empoderamento comunitário para cerca de 39 mil pessoas. A ação é realizada pela FAS e conta com apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Bradesco, Coca-Cola Brasil e cooperação estratégica com o Governo do Amazonas, por meio da Sema.

*Com informações de assessoria de imprensa

Duas toneladas de tambaqui manejado da RDS Mamirauá são vendidas neste sábado (13) em Manaus

Pescadores vêm até a capital amazonense comercializar o pescado a preços que variam de R$ 9 a R$ 17 o quilo. A venda incentiva o manejo do peixe e gera renda às famílias ribeirinhas.

Duas toneladas de tambaqui manejado da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá, na região do Médio-Solimões, serão vendidas em Manaus neste sábado (13), na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, 351, bairro Parque Dez, na Zona Centro-Sul da capital, das 7h às 16h, ou até acabar o estoque. Os preços vão variar de acordo com o tamanho do peixe, indo de R$ 9 a R$ 17 o quilo.

A ação, desenvolvida em parceria com a FAS, permite que a população de Manaus compre pescados manejados diretamente com os produtores, sem a participação de atravessadores ou distribuidores. A venda incentiva o manejo do peixe e gera renda às famílias pescadoras que vivem em comunidades ribeirinhas como as da RDS Mamirauá, uma Unidade de Conservação (UC) onde a FAS atua, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Os tambaquis de rio serão vendidos de acordo com o peso seguindo uma tabela de preços. Os peixes até 4,999 quilos serão vendidos a R$ 9 o quilo; os peixes de 5 a 6,999 quilos o preço pago será R$ 11/kg; de 7 a 10,999 quilos o valor será R$ 14/kg; e tambaquis com peso entre 11 e 15,999 quilos sairão por R$ 17/kg.

Atualmente, o manejo de peixes em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas é uma das atividades mais importantes para gerar renda a comunidades ribeirinhas e desenvolver sustentavelmente as regiões. Todo o lucro arrecadado é revertido aos pescadores, estimulando o comércio justo e o empoderamento comunitário.

Os tambaquis são de rios e lagos na RDS Mamirauá, na zona rural de Fonte Boa, município a 678 quilômetros de Manaus, na região do Médio-Solimões, com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e também com apoio do Programa Bolsa Floresta (PBF), por meio do Fundo Amazônia/BNDES.

Serviço

O quê: venda de duas toneladas de tambaqui na sede da FAS
Quando: sábado (13), a partir das 7h
Onde: sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, número 351, bairro Parque Dez, na Zona Centro-Sul da capital