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Geração de renda

Pirarucu manejado da RDS Mamirauá será vendido na 41ª Expoagro até domingo (6)

 A principal feira agropecuária do Amazonas acontece na área externa da Universidade Nilton Lins, em Manaus. Comercialização do peixe também vai ocorrer no domingo (6) na Feira da FAS

De quinta-feira (3) a domingo (6), quem for à 41ª Feira de Exposição Agropecuária do Amazonas, a Expoagro, na área externa da Universidade Nilton Lins, em Manaus, ou comparecer à Feira da FAS, na sede da Fundação Amazonas Sustentável, no domingo (6), poderá comprar pirarucu manejado da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, oriundo dos rios e lagos da região do Médio-Solimões, na zona rural de Fonte Boa, município a 678 quilômetros de Manaus

O pescado, que é excedente da feira do pirarucu que aconteceu no último final de semana na sede da FAS, foi acrescido de mais uma tonelada de peixe, totalizando quatro toneladas à disposição do público. A venda fomenta a cadeia produtiva do pirarucu e gera renda direta aos pescadores. “Vendemos três toneladas e sobrou três. Agora chegou mais e tem em torno de quatro toneladas para vender. A expectativa é vender tudo”, explica Elinaldo Gonçalves, pescador da comunidade Copianã, da RDS Mamirauá.

Os peixes serão vendidos tanto na Expoagro como a Feira da FAS a preços de R$ 5 o quilo da carcaça, R$ 14 o quilo da ventrecha, R$ 17 o quilo da manta e R$ 22 o quilo do filé. “A Expoagro é uma feira grande. Vai ser nossa primeira vez lá e a nossa expectativa é vender tudo até domingo. Vender tudo tanto na feira agropecuária como na Feira da FAS, que já tradicional”, completou Elinaldo. Serão aceitos pagamentos em dinheiro, cartão de débito e crédito

Floresta em Pé

Os pescadores saíram das comunidades ribeirinhas para vender o próprio peixe em Manaus sem a participação de atravessadores e/ou distribuidores, ou seja, fomentando um comércio justo, em que o lucro da venda fica com os pescadores. Tais ações de incentivo à cadeia produtiva do pirarucu são possíveis por meio do Programa Floresta em Pé, antigo Programa Bolsa Floresta, uma política pública de pagamentos por serviços ambientais, com recursos do Fundo Amazônia/BNDES.

“O objetivo é promover o manejo do pirarucu e o comércio justo, aproximar o comprador dos manejadores e fazer com que os pescadores tenham oportunidade de oferecer seus produtos em Manaus sem a participação de atravessadores ou distribuidores”, ressalta Edvaldo Corrêa, coordenador da Regional Solimões do Programa Floresta em Pé. “O lucro fica todo com eles. Comprando peixe deles, os clientes e apreciadores de pirarucu ajudam a cadeia produtiva do manejo”.

O pirarucu comercializado na Expoagro e na Feira da FAS é oriundo do setor Solimões do Baixo, uma região dentro da RDS Mamirauá coordenada pela Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurmam). O manejo e a comercialização têm autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e acontece no prazo estabelecido pela legislação ambiental.

41ª Expoagro

A 41ª Feira de Exposição Agropecuária do Amazonas, a Expoagro, acontece de quinta (3) a domingo (6) na área externa da Universidade Nilton Lins, no conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores. Organizada pelo Governo do Amazonas, Secretaria de Estado de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), a Expoagro é o maior evento agropecuário do Estado com uma programação que inclui exposições, rodadas de negócios, palestras, cursos, culinária e atrações musicais. A FAS também estará com stand no evento.

Feira da FAS

A Feira da FAS acontece mensalmente na sede da fundação, em Manaus, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez, com a proposta de oferecer à população a experiência de consumir produtos diretamente de quem faz, fomentando um ciclo de sustentabilidade e estimulando a economia verde e criativa. São expositores diversos de itens e serviços desde artesanato a design, moda, beleza, decoração, jardinagem, livros, dança, yoga, teatro, música, gastronomia, produtos orgânicos, veganos e o pirarucu manejado. A entrada é gratuita.

Serviço

O quê: feira do pirarucu manejado na 41ª Expoagro
Quando: quinta (3) e domingo (6)
Onde: área externa da Universidade Nilton Lins, na av. Prof. Nilton Lins, 3259, conjunto Parque das Laranjeiras, bairro Flores

O quê: feira do pirarucu manejado na Feira da FAS
Quando: domingo (6)
Onde: sede da FAS, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez

Nova temporada de feiras do pirarucu manejado inicia na sede da FAS

Pelos próximos quatro meses, pescadores da RDS Mamirauá vêm a Manaus vender 30 toneladas de pescado manejado, a preços que variam de R$ 5 a R$ 22 o quilo

Uma nova temporada de feiras do pirarucu manejado inicia nesta sexta-feira (27) na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em Manaus, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez. Pescadores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá, na região do Médio-Solimões, vêm à capital amazonense comercializar um total de 30 toneladas de pirarucu manejado pelos próximos quatro meses, a preços que variam de R$ 5 a R$ 22 o quilo.

Ao todo serão quatro feiras de pirarucu até o fim do ano, uma em cada mês. A primeira acontece nesta sexta (27) e sábado (28), a partir das 7h30, com seis toneladas de pirarucu manejado à disposição do público, vendidas a R$ 5 o quilo da carcaça, R$ 14 o quilo da ventrecha, R$ 17 o quilo da manta e R$ 22 o quilo do filé do pirarucu. Serão aceitos pagamentos em dinheiro, cartão de débito e crédito.

Todo o pescado é oriundo de rios e lagos da RDS Mamirauá, na zona rural de Fonte Boa, a 678 quilômetros de Manaus. “O objetivo é promover o manejo do pirarucu e o comércio justo, aproximar o comprador dos manejadores e fazer com que os pescadores tenham oportunidade de oferecer seus produtos em Manaus sem a participação de atravessadores ou distribuidores”, explica Edvaldo Corrêa, coordenador do Programa Geração de Renda.

Geração de Renda

É por meio do Geração de Renda, e com recursos do Fundo Amazônia/BDNES, que a fundação apoia o manejo do pirarucu em Unidades de Conservação (UC) do Estado, como a RDS Mamirauá. Pelo programa, uma política pública de pagamentos por serviços ambientais, os pescadores recebem assistência social e incentivo à geração de renda e empoderamento comunitário para atuar na pesca manejada de pirarucu.

As seis toneladas de pirarucu comercializadas nessa primeira feira são do setor Solimões do Baixo, da Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurmam), e todo o lucro da venda do pescado é revertido diretamente aos pescadores. “Ano passado foi comercializado mais de R$ 268 mil em quatro feiras de pirarucu. Esse ano temos a previsão de chegar a mais de R$ 300 mil”, reforçou Edvaldo Corrêa.

Qualidade de vida

A comercialização do pirarucu na sede da FAS, em Manaus, tem autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e a pesca manejada de peixe também tem anuência dos órgãos ambientais e acontece dentro do prazo estabelecido pela legislação.

“O apoio que a gente recebe da FAS é muito importante porque fortalece o nosso trabalho. A gente consegue vender o produto por um valor melhor e também melhorar a qualidade de vida das pessoas da comunidade, não só das famílias pescadoras beneficiadas diretamente, mas de toda uma cadeia de comércio que é estabelecida”, explica Rodrigo Pinto, manejador da comunidade ribeirinha Novo Remanso, do setor Solimões de Baixo. “A gente consegue chegar no consumidor final e vender nosso produto, fazer a divulgação dele e oferecer um produto de qualidade para a alimentação das pessoas”.

Serviço

O quê: feira do pirarucu
Quando: sexta (27) e sábado (28), a partir das 7h30
Onde: sede da FAS, rua Álvaro Maia, 351, Parque Dez
Quanto: carcaça R$ 5 o quilo, ventrecha R$ 14 o quilo, manta R$ 17 o quilo e filé R$ 22 o quilo

FAS divulga balanço de projetos apoiados pelo Fundo Amazônia

Eficiência no gasto com pessoal e 100% de prestações de contas aprovadas sem ressalvas são destaques. Os projetos beneficiam 39.546 pessoas e 9.540 famílias moradoras de 16 Unidades de Conservação (UC) no Amazonas

Considerando o atual debate sobre o Fundo Amazônia, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) divulga os resultados de seus projetos desenvolvidos com apoio do fundo. Dentre os destaques estão o baixo gasto com pessoal e a aprovação, sem ressalvas, de todas as prestações de contas pela Pricewaterhouse & Coopers (PwC), uma das auditorias mais respeitadas do mundo.

No Programa de Desenvolvimento de Comunidades apenas 22% dos recursos foram destinados para folha de pagamento. Tal programa, implementado entre 2010 e 2019, levou ações de geração de renda sustentável e empoderamento comunitário para 39.546 pessoas e 9.540 famílias moradoras de 16 Unidades de Conservação (UC) no Amazonas.

Em setembro de 2019 a execução do projeto alcançou 97%, aplicados em atividades que ajudam a proteger uma área de floresta de 10,9 milhões de hectares. Ao todo, 581 comunidades são atendidas.

Como resultado, houve ainda a redução de 63% no desmatamento nessas áreas e o aumento de 244% da renda média das famílias participantes. A fonte dos dados são o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e avaliação independente da Bain & Company.

Prestações de contas aprovadas

Além de ter 100% das prestações de contas aprovadas sem ressalvas pela Pricewaterhouse & Coopers (PWC), a FAS também encaminhou suas demonstrações financeiras para o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).

Os projetos do Fundo Amazônia também passaram por auditorias independentes, dentre elas a do Tribunal de Contas da União (TCU), que fez menções elogiosas ao trabalho desenvolvido, bem como do próprio Governo da Alemanha.

Confira principais destaques

– 22% de gasto com remuneração de pessoal
– 63% de redução desmatamento
– 244% de aumento da renda das famílias participantes
– 39.546 beneficiários
– 581 comunidades atendidas
– 97% de execução do orçamento em setembro de 2019
– 100% das prestações de contas auditadas pela PwC, sem nenhuma ressalva

Relatório de Atividades

Para saber mais sobre os resultados das atividades promovidas pela FAS, acesse a versão virtual do Relatório de Atividades 2018 através deste link.

Sobre a FAS

A FAS é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que promove ações de conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida de populações indígenas e ribeirinhas no Amazonas que vivem em Unidades de Conservação.

Ribeirinhos, parlamentares e FAS defendem Fundo Amazônia em sessão na ALE-AM

Importância do Fundo para redução do desmatamento e melhoria de qualidade de vida na região esteve na pauta dos parlamentares nesta terça-feira (20)

O futuro do Fundo Amazônia esteve em pauta na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) nesta terça-feira (20), em sessão especial que mobilizou lideranças comunitárias, deputados, representantes da academia e sociedade civil. Convocada por unanimidade pela casa, o debate foi marcado por falas de moradores de Unidades de Conservação (UC) sobre a relevância dos projetos apoiados pelo Fundo para as comunidades ribeirinhas do estado.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais. São 103 projetos apoiados no Brasil, 19 somente no Amazonas.

Convidado para a sessão, o superintendente-geral da FAS Virgílio Viana apresentou a importância dos recursos aportados para conservação da Amazônia, além de mostrar dados do impacto de geração de renda e redução do desmatamento nas áreas atendidas pela FAS, primeira instituição a receber apoio do Fundo. As ações são desenvolvidas em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

Desde o início de implementação dos projetos, houve uma redução de 63% no desmatamento nas 16 Unidades de Conservação onde as iniciativas são desenvolvidas, além de um aumento de 281% na renda média das famílias participantes. As ações beneficiam cerca de 40 mil pessoas em 581 comunidades.

“Essas iniciativas ajudam a promover a geração de renda e o empoderamento comunitário para quem mais precisa, que são as populações ribeirinhas e indígenas do estado. Sem o Fundo Amazônia muito se perde não apenas em comando e controle, mas também desperdiçamos uma chance ímpar de promover o crescimento econômico aliado à conservação da floresta”, declarou Virgílio.

A sessão foi marcada por depoimentos de lideranças comunitárias moradoras de UCs beneficiadas pelo Fundo Amazônia. O pescador e presidente da associação de moradores do Rio Negro, Sebastião Brito de Mendonça, contou que graças ao apoio do Fundo e da FAS as comunidades aumentaram o número de barcos de pesca de jaraqui de forma sustentável, além de ganharem impulso nas atividades de turismo.

“Quem vive no Rio Negro sabe a verdade: o apoio que as comunidades tiveram foi muito importante para que a gente se organizasse e conquistasse espaço na área de produção, de pesca, do turismo. Hoje a gente tem mais barcos, vendemos nosso peixe por um preço melhor e mais gente participa. Tem histórias de gente na reserva que largou a motosserra e hoje vive bem só com o turismo e pesca”, destaca Sebastião. “Faço um apelo aos deputados que lutem por esse dinheiro, que é importante demais para quem mora do interior”, ressaltou.

Líder da RDS Canumã, zona rural de Borba-AM, 154km de Manaus, fez coro a Sebastião. “Ninguém nesses dez anos olhou tanto para a gente como o Fundo Amazônia e a FAS fizeram. Sem esses projetos, muita gente vai ficar precisando. Sei do que estou falando, porque todo mundo na reserva reconhece a importância de ter sua luz em casa, seu motor de energia, são coisas que só quem precisa de verdade valoriza”, enfatizou.

Parlamentares endossam apoio

Parlamentares do Amazonas reforçaram a mensagem de apoio à continuidade do Fundo Amazônia e redução do desmatamento na região. A deputada líder do governo na ALE-AM, Joana Darc (PR), além de Alessandra Campelo (MDB), Wilker Barreto (PHS), Adjuto Afonso (PDT), Sinésio Campos (PT), Fausto Júnior (PV) e Belarmino Lins (PP) expressaram a urgência de combater as queimadas no estado e do fortalecimento de ações de comando e controle.

Joana Darc sugeriu à casa legislativa que manifestasse formalmente apoio ao Fundo Amazônia e aos projetos desenvolvidos na floresta. Segundo ela, o governo brasileiro precisa rever sua posição em relação às negociações com Alemanha e Noruega, baseada no contato e conversas que teve direto com as comunidades.

“Estive na comunidade São Francisco do Caribi, no Rio Uatumã, e lá pude ver a diferença que os projetos tem feito na vida das comunidades. Quando você visita uma comunidade atendida, você entende o porquê da importância do Fundo Amazônia e da necessidade de que mais e mais projetos recebam apoio, e nós deputados temos a missão de defender o que é certo e que faz bem para o povo do estado do Amazonas”, defende a parlamentar.

Os deputados estaduais Sinésio Campos e Fausto Júnior ressaltaram o papel que a projetos como o da FAS tem nas comunidades, e defenderam a ampliação dos recursos.

“Uma instituição que tem centenas de parceiros não conquistou isso à toa. Seria muito bom se pudéssemos fazer como esse exemplo, de construir mais parcerias com empresas, universidades, e ampliar esses projetos para mais áreas, inclusive para lidar com questões como mineração em terras indígenas, que é um tema que eu venho chamando atenção há tempos”, ressaltou Sinésio.

O parlamentar Fausto Júnior declarou ter visitado a comunidade Boa Frente, na RDS do Juma, onde viu os projetos que a FAS desenvolve, e fez coro com Sinésio. “Eu conheci uma comunidade na prática, viajei até o Juma e vi a importância do trabalho da Fundação, e me coloco à disposição para ajudar como for possível. São parcerias assim que fazem a diferença pelo povo do nosso Amazonas”, declarou o deputado.

O presidente da casa, deputado Josué Neto (PSD), ressaltou a importância das discussões na ALE-AM. “Esse debate é fundamental para que possamos compreender melhor a importância do Fundo Amazônia para nosso estado. A floresta Amazônica precisa ser preservada, e nós da Assembleia Legislativa do Amazonas temos esse compromisso de defender os povos tradicionais e indígenas, bem como projetos que possam fazer o Amazonas prosperar preservando a floresta e cuidando da nossa gente”, ressaltou o deputado.

FAS e o Fundo Amazônia

A FAS foi a primeira instituição a ter um projeto aprovado pelo Fundo Amazônia, em 2009. O primeiro projeto executou 19 milhões de reais em quatro anos (2010-2014), voltado à geração de renda sustentável e apoio a diversas cadeias produtivas, como farinha, pirarucu, manejo florestal, além de atividades de apoio ao empoderamento comunitário.

O segundo projeto manteve a atuação com foco em geração de renda e empoderamento comunitário, sendo investidos R$ 11,5 milhões anuais entre 2016 e 2019. Nos projetos apoiados pela FAS são 9.449 famílias beneficiadas, totalizando 39.540 pessoas moradoras de 581 comunidades. São 16 Unidades de Conservação (UC) atendidas. As ações contam com apoio do Governo do Estado, com apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

Nas 16 Unidades de Conservação (UC) onde a FAS atua, o desmatamento foi reduzido em 63%. Também houve aumento de 281% na renda média das famílias participantes. Saiba mais em www.oldsite.fas-amazonas.org.

Fundo Amazônia é debatido durante sessão especial na Assembleia Legislativa; assista

O Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal

O Fundo Amazônia foi pauta de uma sessão especial na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) nesta terça-feira (20) e um dos convidados foi o superintendente-geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana. A sessão aconteceu no Plenário Ruy Araújo, no edifício-sede da ALE-AM, na avenida Mário Ypiranga Monteiro, n. 3950, Parque Dez. Assista a sessão completa ao final do texto ou aqui https://bit.ly/2ZgDgCA.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. O Fundo Amazônia também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais. São 103 projetos apoiados em todo o território brasileiro, sendo 19 somente no Amazonas.

A FAS é uma das beneficiárias do Fundo Amazônia, com projetos na área de geração de renda e melhoria de qualidade de vida que beneficiam cerca de 40 mil pessoas em 581 comunidades do interior do Estado. Os projetos ajudam a reduzir o desmatamento em 63% nas áreas onde foram implementados, além de proporcionar o aumento de 281% na renda média das famílias participantes.

Mulheres indígenas debatem sobre desafios de empreender na floresta

Alinhar sustentabilidade e benefícios para o coletivo é desafio para indígenas empreendedoras. Para fomentar ainda mais essas potencialidades, FAS promove o 1º Encontro de Empreendedoras Indígenas do Amazonas, com a Rede de Mulheres Indígenas do Amazonas (MAKIRA-ËTA)

*Por Luiz G. Melo, do Jornal A Crítica

Culinária, produção de artesanato e utensílios, grafismos, agricultura e plantas medicinais são alguns dos saberes e fazeres das populações indígenas que podem gerar empreendimentos com forte potencial lucrativo no mercado nacional e, até mesmo, internacional. Para fomentar ainda mais essas potencialidades, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) promoveu na sua sede em Manaus, no Parque Dez, Zona Centro-Sul, o 1º Encontro de Empreendedoras Indígenas do Amazonas, evento organizado com a Rede de Mulheres Indígenas do Amazonas (MAKIRA-ËTA).

Cerca de 40 empreendedoras indígenas participaram do encontro. Elas são de diversas etnias e de comunidades das regiões do Alto Rio Negro, Alto e Médio Solimões, Baixo Amazonas, Purus, Juruá, Médio Madeira, Manaus e entorno. Algumas enfrentaram até seis dias e seis noites de barco para participar desse encontro na capital amazonense. Como é o caso de Sandra Gomes Castro, da etnia baré, líder comunitária em Santa Isabel do Rio Negro, distante 846 quilômetros de Manaus.

“Nossa comunidade pretende expandir mais o alcance dos produtos frutos do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro. Principalmente o cultivo da mandioca brava e seus derivados (goma, farinha, farinha de tapioca). A ideia é que, daqui a alguns anos, tenhamos um ‘minipolo industrial’ com os nossos saberes. Contudo, atualmente, já há uma pequena exportação de nossos produtos aos municípios vizinhos, como São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro”, disse a indígena.

Considerado Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2010, o Sistema Agrícola do Rio Negro envolve saberes ancestrais que planta, colhe e produz de uma forma que assegura a conservação da floresta. “Usamos uma área para roça por três anos, aproximadamente. Após oito anos aquele pedaço de terra usado para cultivo já está reflorestado. Não usamos nenhum tipo de agrotóxico em nossa colheita. Por isso, queremos, em um futuro próximo, uma espécie de selo de qualidade em nossos produtos até mesmo para expandir o alcance deles – para mostrar ao consumidor que é um produto 100% natural”, projetou Sandra Castro, que também é presidente da Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro.

Da etnia tikuna, Luciana Marques compartilha do mesmo desejo de expandir as produções de seu povo para além dos limites territoriais de onde mora, na comunidade Campo Alegre, localizado no município de São Paulo de Olivença, distante 985 quilômetros de Manaus.

“Há um ano as mulheres da comunidade resolveram unir forças para potencializar a produção de artesanato, cocares, brincos, colares e utensílios feito de sementes nativas da floresta, como as de tento preto, de seringa e de olho-de-periquito. Antes era cada uma na sua. Agora, não, juntamos força e trocamos ideias entre nós. A produção aumentou e já estamos pensando em exportar os nossos produtos”, disse.

Sem agredir o meio ambiente

Para a coordenadora da Agenda Indígena da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Maria Cordeiro Baré, em relação aos indígenas, não tem como dissociar empreendedorismo de expressão cultural. “O empreendimento tem muito da visão de mundo de cada povo. Tudo o que eles produzem tem uma forte ligação com o território onde eles vivem e tiram a sua matéria prima sem agredir o meio ambiente. Por trás de cada produto feito por um indígena há uma história, uma identidade”, disse.

“Eles também têm uma visão muito mais coletiva da inovação tecnológica. Ou seja, todos são beneficiados e alcançados caso uma nova forma de produção seja incorporado pela comunidade. Ninguém fica de fora da produção”, explicou.

Longa programação

A programação do encontro inclui mesas-redondas, rodas de conversa e grupos de trabalho. A ideia é que as mulheres indígenas de todo o Estado tenham acesso a informações e treinamentos sobre empreendedorismo, gestão, produção e comercialização sustentável, estratégias de mercado, inovação e tecnologia, direitos indígenas, entre outras pautas.

Neste domingo, encerrando o 1º Encontro de Empreendedoras Indígenas do Amazonas, as mulheres indígenas empreendedoras terão a oportunidade de colocar em prática tudo o que aprenderam com a exposição e venda de seus produtos dentro da Feira da FAS, uma feira de economia criativa realizada das 8h às 19h na sede da fundação, na rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez, Zona Centro-Sul de Manaus. A entrada é gratuita.

Estarão disponíveis ao público artesanato, culinária indígena, grafismos, alimentos agrícolas e plantas medicinais, além de atrações musicais, esportes, jogos e brincadeiras, teatro e dança, educação ambiental, entre outros.

Conteúdo original: https://bit.ly/2OQBSm7

Mulheres indígenas de todo o Amazonas vêm a Manaus debater estratégias de negócio e empreendedorismo

Oriundas de diversas regiões e de diferentes etnias, elas participam do I Encontro de Empreendedoras Indígenas, de 8 a 11 de agosto; e ainda expõem produtos na Feira da FAS

A cultura, os costumes e as tradições dos povos indígenas da Amazônia resistiram ao tempo e fortaleceram identidades por todo o território brasileiro. Saberes e fazeres como danças, grafismos, culinária, produção de artesanato e utensílios, agricultura e plantas medicinais fizeram dessas populações detentoras de conhecimentos únicos, com valor imensurável. Conhecimentos esses que se transformaram também em empreendimentos lucrativos dentro do mercado nacional e internacional.

Entretanto, como fazer com que a comercialização desses produtos, que utilizam o saber indígena, beneficie os próprios povos indígenas? Como tornar tais produtos cases de sucesso no mundo dos negócios, preservando identidades e dando protagonismo a essas populações? Desvendar tudo isso é o objetivo do I Encontro de Empreendedoras Indígenas do Amazonas, evento organizado pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em conjunto com a Rede de Mulheres Indígenas do Amazonas – MAKIRA-ËTA, e que acontece a partir desta quinta (8) até domingo (11), na sede da FAS, em Manaus.

Com uma programação que inclui desde mesas-redondas, rodas de conversa, grupos de trabalho e até exposição e venda de produtos indígenas na próxima edição da Feira da FAS, no domingo (11), o encontro busca levar para mulheres indígenas de todo o Estado informações, conhecimentos e treinamentos sobre empreendedorismo, gestão, produção e comercialização sustentável, estratégias de mercado, inovação e tecnologia, fortalecimento institucional, identidade cultural, mobilização política, direitos indígenas, entre outros.

Ao menos 40 mulheres empreendedoras indígenas, oriundas de diversas etnias e comunidades das regiões do Alto Rio Negro, Alto e Médio Solimões, Baixo Amazonas, Purus, Juruá, Médio Madeira, Manaus e entorno, participam do encontro. “Esse é o primeiro evento que vai reunir mulheres empreendedoras indígenas de todo o Amazonas. É um evento estratégico. Além delas, as redes e as empresas de empreendedorismo que já atuam em Manaus também estarão presentes. Empreendedorismo indígena não se faz sozinho, há todo um processo que se faz necessário”, explicou Maria Cordeiro Baré, coordenadora do evento e da Agenda Indígena da FAS.

Encontrar soluções para gerar renda a indígenas empreendedoras é, segundo Rosimere Teles Arapaço, coordenadora da MAKIRA-ËTA, uma das principais exigências da rede de mulheres. “Nós como indígenas temos um potencial muito grande, mas como fazer? Por onde escoar nossos produtos, para onde vamos fornecer? Não temos referência”, disse. “Muitas pessoas vão lá na nossa terra, trazem nossos produtos para a cidade e revendem. Quem ganha são esses atravessadores e revendedores na área urbana. Queremos discutir nossos empreendimentos indígenas, fortalecer nossa cultura, nossa identidade, e lucrar com isso”.

Papo Sustentável

Dentro do encontro serão expostos casos de empreendimentos liderados por mulheres indígenas que aliam tradição, inovação e desenvolvimento local, também haverá uma palestra sobre o case de sucesso da pimenta Baniwa do Alto Rio Negro, além de oficinas e conteúdos sobre empreendedorismo, economia criativa, modelagem de negócios, e-commerce, comercialização sustentável, finanças pessoais, gestão, fortalecimento institucional, empoderamento, mobilização política e direitos indígenas.

Também estão na programação um “Papo Sustentável”, aberto ao público geral, com o tema “A contribuição dos povos indígenas na implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, além do lançamento de duas publicações, o livro “25 anos de gestão de associativismo para o Bem Viver Baniwa e Koripaco/OIBI”, por André Baniwa, e a coleção “Reflexões Indígenas/ NEAI/EDUA”, por João Paulo Tukano.

Feira da FAS

No domingo (11), após quatro dias de programação, as mulheres indígenas empreendedoras poderão colocar em prática tudo o que aprenderam no encontro. Elas vão expor e vender seus produtos dentro da Feira da FAS, uma feira de economia criativa.

Artesanato, culinária indígena, grafismos, alimentos agrícolas e plantas medicinais estarão disponíveis ao público das 8h às 19h, na sede da FAS – rua Álvaro Braga, 351, Parque Dez, além dos tradicionais espaços Gastronomia, Variedades e Jardinagem e de atrações musicais, práticas de saúde e bem-estar, esportes, jogos e brincadeiras, teatro e dança, educação ambiental, entre outros. A entrada é gratuita.

Parceiros

O I Encontro de Empreendedoras Indígenas é realizado pela FAS e pela Rede de Mulheres Indígenas do Amazonas – MAKIRA-ËTA, com parceria do Bradesco e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Coca-Cola, Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Fundação Estadual do Índio (FEI) e CESE.

Os órgãos participantes são ONU Mulheres, Consulado da Mulher, SDSN Jovem, Sebrae, Sejusc, Idesam, Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (Neai), Impact Hub, Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), Associação dos Artesãos Indígenas de São Gabriel (Assai), Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro (ACIMRN) e Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro Residentes em Manaus (Amarn).

Duas toneladas de tambaqui manejado da RDS Mamirauá são vendidas neste sábado (13) em Manaus

Pescadores vêm até a capital amazonense comercializar o pescado a preços que variam de R$ 9 a R$ 17 o quilo. A venda incentiva o manejo do peixe e gera renda às famílias ribeirinhas.

Duas toneladas de tambaqui manejado da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá, na região do Médio-Solimões, serão vendidas em Manaus neste sábado (13), na sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, 351, bairro Parque Dez, na Zona Centro-Sul da capital, das 7h às 16h, ou até acabar o estoque. Os preços vão variar de acordo com o tamanho do peixe, indo de R$ 9 a R$ 17 o quilo.

A ação, desenvolvida em parceria com a FAS, permite que a população de Manaus compre pescados manejados diretamente com os produtores, sem a participação de atravessadores ou distribuidores. A venda incentiva o manejo do peixe e gera renda às famílias pescadoras que vivem em comunidades ribeirinhas como as da RDS Mamirauá, uma Unidade de Conservação (UC) onde a FAS atua, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Os tambaquis de rio serão vendidos de acordo com o peso seguindo uma tabela de preços. Os peixes até 4,999 quilos serão vendidos a R$ 9 o quilo; os peixes de 5 a 6,999 quilos o preço pago será R$ 11/kg; de 7 a 10,999 quilos o valor será R$ 14/kg; e tambaquis com peso entre 11 e 15,999 quilos sairão por R$ 17/kg.

Atualmente, o manejo de peixes em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas é uma das atividades mais importantes para gerar renda a comunidades ribeirinhas e desenvolver sustentavelmente as regiões. Todo o lucro arrecadado é revertido aos pescadores, estimulando o comércio justo e o empoderamento comunitário.

Os tambaquis são de rios e lagos na RDS Mamirauá, na zona rural de Fonte Boa, município a 678 quilômetros de Manaus, na região do Médio-Solimões, com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e também com apoio do Programa Bolsa Floresta (PBF), por meio do Fundo Amazônia/BNDES.

Serviço

O quê: venda de duas toneladas de tambaqui na sede da FAS
Quando: sábado (13), a partir das 7h
Onde: sede da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na rua Álvaro Braga, número 351, bairro Parque Dez, na Zona Centro-Sul da capital

Artesanato produzido por ribeirinhos e índios do Amazonas passa a ser vendido na internet

Loja virtual “Jirau da Amazônia” coloca à disposição joias, acessórios e artigos de casa e decoração feitos de sementes, fibras e madeiras da floresta, gerando renda e beneficiando comunitários.

Da floresta para a internet! O artesanato feito por ribeirinhos e indígenas do Amazonas invadiu a web e passou a ser vendido na loja virtual “Jirau da Amazônia”, um site de e-commerce fruto de uma parceria entre comunidades tradicionais, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e o site Americanas.com. Joias, acessórios e artigos de casa e decoração feitos de sementes, fibras e madeiras da floresta ficam à disposição por meio de um endereço eletrônico situado em americanas.com.br/hotsite/jirau-da-amazonia.

Fruteiras, cestos, jogos americanos, abanos, colares, bolsas, luminárias, redes e óculos estão entre os produtos à venda no “Jirau”. A loja on-line contribui para alavancar o empreendedorismo comunitário, gerando renda às populações que vivem de artesanato em comunidades localizadas em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas, além de ampliar o acesso de pessoas de todo o país a produtos artesanais feitos na floresta amazônica.

“Com a chegada dos produtos da FAS ao site da Americanas.com conseguiremos auxiliar na geração de renda dos moradores das comunidades da Amazônia e, com isso, fomentar a economia local e o desenvolvimento da região, além de reforçar o compromisso com a sustentabilidade”, disse Carlos Padilha, diretor da B2W Digital, empresa detentora da Americanas.com.

Os artesanatos vendidos no “Jirau” são produzidos por diversos grupos de artesãos: o Surisawa, na comunidade indígena Nova Esperança, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro; o Entrelaçando Gerações, da comunidade ribeirinha Tumbira, também na RDS Rio Negro; o Grupo Banzeiro, de quatro comunidades de Maués; o Formiguinhas do Saracá, da comunidade do Saracá, na RDS Rio Negro; o Teçume D’Amazônia, da comunidade São João de Ipecaçu, na RDS Amanã; o Molongó, da comunidade de Nova Colômbia, na RDS Mamirauá; e Associação Zagaia Amazônia, de Manaus.

A artesã Neide Garrido, do Tumbira, na RDS Rio Negro, produz artesanato junto com toda a família. Ela acredita que a loja virtual causa um impacto sociocultural positivo, levando os produtos assinados por ela a localidades antes geograficamente impossíveis de chegar. “Nós, artesãs, buscamos usar elementos naturais nas produções, como uma forma de valorizar o que a floresta nos oferece. As peças ajudam a gerar renda e empoderam as mulheres da floresta, por meio de toda a história que construímos, sem precisar sair da comunidade”, disse.

Os artesanatos à venda no “Jirau” são feitos desde sementes a fibras, pedras, cipós e madeiras da floresta. Os itens vendidos são diversos como pulseiras, colares, óculos, bolsas, mochilas, abanos, redes, chaveiros, fruteiras, cestos, adegas de madeira, jogos americanos, porta copos, luminárias e bandejas. Os preços variam de R$ 20 a R$ 754 e também são cobradas tarifas pelo frete, sendo que todo o valor das vendas é repassado aos artesãos, parte usada em custos de embalagem, transporte e impostos e tributos. A Americanas.com não fica com nenhum valor.

Toda a ação do “Jirau” recebe apoio do Fundo Amazônia/BNDES e cooperação estratégica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), responsável pelas Unidades de Conservação (UC). “(A loja virtual) é uma forma de valorizarmos e empoderarmos as comunidades tradicionais da Amazônia, possibilitando que os artistas ribeirinhos tenham condições de permanecer vivendo em suas comunidades, aumentando a renda, gerando emprego e fortalecendo a cultura. É um passo importante ao desenvolvimento sustentável”, disse Virgílio Viana, superintendente-geral da FAS.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não-governamental sem fins lucrativos que tem por missão promover ações de conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida de populações ribeirinhas e indígenas moradoras de 16 Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, em cooperação estratégica da Sema e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Coca-Cola e Samsung.

‘Farinha de Uarini’ produzida por ribeirinhos passa a ser vendida com selo Origens Brasil

Cultivada por comunitários da RDS Mamirauá, entre os municípios de Uarini e Alvarães, a farinha “A Ribeirinha” agora circula com o selo nacional de garantia de origem florestal.

O mais tradicional produto da agricultura familiar ribeirinha do Amazonas e queridinha no paladar dos amazonenses, a farinha de mandioca do tipo “ovinha”, produzida na região de Uarini, e vendida com o nome de “A Ribeirinha”, passa agora a ser comercializada com o selo Origens Brasil, um selo nacional que garante que o cultivo e/ou a fabricação de um produto têm origem florestal e respeita tanto o meio ambiente quanto suas populações tradicionais e seus territórios.

Cultivada por agricultores de 15 comunidades situadas entre os municípios de Uarini e Alvarães, a cerca de 550 quilômetros de Manaus, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá, a farinha também é empacotada pelos próprios comunitários e comercializada com o nome de “A Ribeirinha”, recebendo apoio técnico da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), com recursos do Fundo Amazônia/BNDES, por meio do programas Geração de Renda e Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis.

“O selo Origens mostra a origem e dá a rastreabilidade do produto, garante que esse produto vem da floresta e que ele promove uma relação comercial mais justa, ética, transparente e equilibrada entre quem produz e quem cultiva, e também quem consome”, explicou Edvaldo Oliveira, coordenador da Regional Solimões do Programa Geração de Renda, da FAS. Segundo ele, o selo é o reconhecimento do trabalho feito pelos agricultores. “É importante a farinha receber o selo para valorizar o produto e reconhecer o trabalho dos comunitários”.

O selo Origens Brasil, além de garantir a origem florestal do produto, funciona também como um QR Code que, após ser escaneado numa tela de smartphone, redireciona o consumidor a um endereço eletrônico com informações sobre a origem do produto, as histórias dos povos que o produzem, qual região, entre outros dados, estimulando o respeito à diversidade dos modos de vida tradicional. O selo foi criado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA).

O lançamento do selo Origens Brasil na farinha “ovinha” acontece na data em que “A Ribeirinha” completa um ano no mercado. “É importante o selo estar num produto como ‘A Ribeirinha’ para mostrar quem está por trás da produção, quem são esses produtores, qual é a área protegida, a região de onde a farinha vem. Isso dá transparência aos compradores e consumidores, que por vezes não conhecem essa região da Amazônia”, afirmou de Helga Yamaki, coordenadora do Imaflora.

Farinha secular

Descendente de indígenas e cultivada há séculos por populações tradicionais na Amazônia, a farinha de mandioca do tipo ovinha da região de Uarini alcançou uma especificidade de produção e qualidade que deram fama ao produto. O selo Origens Brasil é mais uma garantia de qualidade para a “farinha de Uarini”.

“Agora a gente consegue mostrar a história do nosso povo ribeirinho agricultor, mostrar o rosto dos produtores, como a farinha é produzida, quantas famílias participam e de onde sai”, disse Raimundo Rodrigues “Xexeo”, agricultor da comunidade São Francisco do Aiucá, da RDS Mamirauá. “Antes a pessoa só comprava e comia, hoje ela vai poder saber a nossa história, de onde vem. (A farinha) vai ficar mais conhecida, as pessoas vão poder comprar de qualquer lugar do mundo e pelo preço que vale, um produto sustentável e sem agrotóxicos”.

Foto: Dirce Quintino (FAS)

‘A Ribeirinha’

Há um ano, por meio dos programas Geração de Renda e Empreendedorismo da FAS, a farinha ovinha produzida por agricultores das comunidades na RDS Mamirauá passou a ser empacotada na comunidade Campo Novo e comercializada com o nome “A Ribeirinha”. Ela é vendida no mercado local, no Amazonas, e, mais recentemente, também passou a ser vendida a nível nacional por meio da loja virtual “Jirau”, uma parceria da FAS com as americanas.com. Acesse o link a seguir para comprar on-line a farinha “A Ribeirinha”: https://bit.ly/2ZMqN6q

E antes de ajudar a levar a “farinha de Uarini” ao mercado nacional, a equipe técnica da FAS desenvolveu ações de qualificação, treinamento e negócios com os produtores por meio do programa de Empreendedorismo. “O selo vai contribuir no reconhecimento do território, da origem, da história, do local e dos povos que trabalham de forma justa e sustentável pela manutenção da floresta. Ao colocar ‘no mapa’ a farinha ‘A Ribeirinha’ por meio do selo Origens Brasil, o empreendimento comunitário poderá ser valorizado como um produto de valor comercial mais justo num mercado que é cada vez mais exigente”, ressaltou Wildney Mourão, coordenador de Empreendedorismo da FAS.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não governamental, sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações que vivem em Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, em cooperação estratégica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).