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Demonstrações financeiras da FAS são aprovadas sem ressalvas pela 24ª vez

Contas da fundação são anualmente e semestralmente auditadas pela PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das maiores empresas do mundo em serviços de auditoria e consultoria

 

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) teve as suas demonstrações financeiras de 2019 aprovadas sem ressalvas pela PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das maiores empresas do mundo em serviços de auditoria e consultoria. Desde 2008, é a 24ª auditoria consecutiva e independente das contas da organização. Por meio de ações que valorizam as pessoas que vivem na floresta, a FAS ajuda a conservar 10,9 milhões de hectares em Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, beneficiando 39.462 ribeirinhos e indígenas.

De acordo com os procedimentos internos de prestação de contas da Fundação Amazonas Sustentável, a administração prepara as demonstrações financeiras em conjunto com o escritório de contabilidade JBL. Depois, tais demonstrações são submetidas à PwC.

Após aprovados pela auditoria da PwC, os documentos são analisados pelo Conselho Fiscal e pelo Conselho de Administração da FAS. Anualmente, as demonstrações financeiras também são submetidas ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM).

“Temos há mais de 12 anos a missão de dar a retaguarda administrativa e financeira da FAS. Estar com a PwC também nestes 12 anos, sempre com a contabilidade aprovada sem ressalvas, reflete o resultado de nosso trabalho dedicado e apaixonado em todas as frentes, com benefício final para os beneficiários de nossos programas no Estado do Amazonas e demais localidades, com reflexos para a Amazônia e para todo o planeta”, ressaltou o superintendente administrativo financeiro da FAS, Luiz Villares.

A divulgação das demonstrações financeiras da FAS é uma política da organização, que preza por assegurar a máxima transparência na gestão e na prestação de contas. Atualmente, a Fundação Amazonas Sustentável desenvolve projetos em 581 comunidades de 16 Unidades de Conservação (UC) no Estado do Amazonas, levando ações de geração de renda, empoderamento comunitário, educação e cidadania para cerca de 9.400 famílias.

FAS é selecionada por campanha de League of Legends para etapa de votação popular

A Riot Games, distribuidora mundial de jogos para videogames, iniciou na sexta-feira, dia 10, uma votação popular para destinar recursos para projetos sociais. A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é a única instituição da região norte na competição. 

14.04.2020 – Pode ser que, durante este período de quarentena em função do coronavírus, jogadores e jogadoras de videogames dediquem mais tempo para jogos. O que não seria uma surpresa já que mais da metade da população brasileira têm o hábito de jogar games eletrônicos, segundo pesquisas realizadas em 2019. Interessada em engajar seu público para causas sociais e ambientais, a Riot Games, desenvolvedora e distribuidora de jogos conhecida pelo League of Legends (LoL), abriu para votação popular a etapa final de um fundo que deve distribuir cerca de seis milhões de dólares para causas ao redor do planeta. 

A campanha Karma Emissária da Luz é uma das primeiras iniciativas que usa a plataforma de votos da Riot. De 10 a 23 de abril, os jogadores de LoL poderão fazer login no cliente do jogo e votar na @fasamazonas, que concorrem com outras duas instituições brasileiras. Quando a votação acabar, a organização local com mais votos receberá 50% da arrecadação regional. O Fundo de Impacto Social da Riot Games garante um mínimo de 10 mil dólares para cada organização sem fins lucrativos. Quem não é jogador também pode votar baixando o jogo no Google Play da LoL+.  

“A iniciativa da Riot Games mostra como é possível diversificar os canais de divulgação, utilizando a plataforma dos games, sensibilizando diferentes públicos ao redor do mundo para a causa da Amazônia, conciliando entretenimento e engajamento. No futuro, além de sermos tema das causas defendidas pela empresa, poderemos também inspirar histórias para esses jogos”, analisou André Ballesteros, Coordenador de Desenvolvimento Institucional e Parcerias da FAS. 

Em pesquisas com os jogadores e com a ajuda dos escritórios locais da Riot e da GlobalGiving , o Fundo de Impacto Social da Riot Games selecionou 46 parceiros sem fins lucrativos que são eficientes, impactantes e trabalham em causas importantes em suas comunidades locais. O valor dos fundos será calculado com base nas vendas proporcionais da campanha Karma Emissária da Luz em cada região.

“É uma honra saber que nossos jogadores são tão generosos. Dia após dia, eles mostram como se importam em melhorar o mundo e as comunidades onde vivem”, comenta Jeffrey Burrell, Chefe do (Impacto Social) da Karma na Riot Games. “Estamos comprometidos em encontrar novas formas de causar impactos positivos em escala global e local. Queremos muito ver toda a dedicação que colocamos no Fundo de Impacto Social beneficiando as pessoas ao redor do mundo!”

A Campanha de Caridade Karma Emissária da Luz segue a campanha Cho’Gath Estrela Negra do ano passado. Os jogadores doaram comprando uma skin feita por Bryan, uma criança da Fundação Make-A-Wish e jogador assíduo de League of Legends. Os jogadores arrecadaram mais de 6,1 milhões de dólares para mais de 20 organizações sem fins lucrativos ao redor do mundo, com cada organização recebendo um mínimo de 10 mil dólares.

A abertura da etapa de votação popular agitou os perfis da FAS nas redes sociais durante o último final de semana. As declarações de votação vieram das mais diversas regiões do Brasil, como foi o caso do gamer Odair Lima, estudante de engenharia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Manaus também declarou seu voto à FAS. ”Eis que você entra para jogar LOL e se depara com votação. E o meu voto é com certeza na FAS”, disse a jornalista Dani Araújo no Instagram. 

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira, não governamental, sem vínculos político partidários, que promove o desenvolvimento sustentável ao cuidar das pessoas que cuidam da floresta, como forma efetiva de conservação ambiental. Atua há 12 anos no Amazonas, beneficiando anualmente 39.467 pessoas que vivem em 581 comunidades ribeirinhas em áreas protegidas, promovendo ações de inovação, conservação e manejo de recursos naturais. 

Opinião: “Falem dos indígenas e povos tradicionais da Amazônia, para não lembrar após uma tragédia a ser evitada”

Foto: Bruno Kelly

Não devemos esperar que a tragédia vire manchete de jornal para agir. Será tarde demais para proteger as populações que cuidam do mais importante patrimônio para o futuro do Brasil

VIRGILIO VIANA

A Amazônia corre o risco de ser, uma vez mais, esquecida para depois ser lembrada apenas quando a tragédia atingir proporções alarmantes. Falo isso sobre a crise da Covid-19, com especial ênfase para a Amazônia profunda, habitada por populações tradicionais e povos indígenas.

A Amazônia possui mais de 10.000 comunidades de populações tradicionais (ribeirinhos, extrativistas, quilombolas, pescadores etc.) ―a maior parte delas sequer catalogada pelos órgãos governamentais. Na Amazônia continental, que envolve nove países, existem 511 povos indígenas, sendo 66 em isolamento voluntário. Esses segmentos das nossas sociedades são os mais vulneráveis à crise do coronavírus e ainda não tem recebido a devida atenção dos governos, empresas e instituições privadas de investimento social. O primeiro caso de coronavírus numa pessoa indígena (etnia Kokama) ocorreu no final de março, em Santo Antônio do Içá, situada a nove dias de viagem de barco até Manaus.

A maior vulnerabilidade e risco dessas populações pode ser resumida em seis fatores. Primeiro, existe uma maior dificuldade de acesso às informações sobre como prevenir e lidar com os casos de contágio. A maior parte dessas populações não possui energia elétrica regular, tendo acesso muito limitado ―e às vezes inexistente― aos meios de comunicação (televisão, telefone, internet, etc.). Segundo, possuem pouco acesso à água limpa (livre de contaminantes), assim como material de limpeza para higienização pessoal (sabão, álcool, etc.). Terceiro, possuem acesso muito limitado aos serviços do SUS que, na maior parte das vezes se resume a um agente indígena ou comunitário de saúde com pouco ou nenhuma capacitação técnica e com pouquíssimos recursos para atendimento. Quarto, possuem custos de deslocamento de pacientes em estado grave muito maiores do que os moradores da zona urbana. Quinto, possuem um maior risco de contágio com a migração desordenada das comunidades para as sedes municipais. Isso sobrecarrega ainda mais os SUS municipais, que já são precários na maior parte dos municípios do interior. Sexto, possuem um risco crescente de contágio em função da migração de pessoas das áreas urbanas para as comunidades em busca de se isolar do coronavírus. Essa migração local aumenta a velocidade da disseminação do vírus para essas populações.

Essas especificidades da Amazônia profunda criam um contexto totalmente singular e requerem uma estratégia de ação diferenciada. Diante disso, o que fazer?

Primeiro, é necessário sensibilizar as autoridades e instituições responsáveis pela saúde pública para as especificidades da Amazônia profunda. Segundo, é necessário criar uma coalizão de atores locais para desenhar uma estratégia de ação que incorpore o estado da arte das ciências da saúde e, ao mesmo tempo, o conhecimento da realidade de logística, infraestrutura, economia, ambiente e cultura dessas populações. Terceiro, é essencial mobilizar recursos públicos e privados para implementar ações práticas eficazes e eficientes.

Dentre as ações práticas, podemos identificar cinco eixos. Primeiro, um programa de comunicação, voltado para reduzir o contágio e, ao mesmo tempo, como lidar com os doentes. Essa campanha deve usar rádios e TVs locais, cartazes educativos e, quando disponível, redes de WhatsApp e internet. Segundo, um programa de educação à distância, voltado para a formação de agentes indígenas ou comunitários de saúde. Terceiro, um programa de telesaúde, usando as estruturas de internet já disponíveis em algumas comunidades e que podem ser multiplicadas. Quarto, o fortalecimento e ampliação da rede de ambulanchas e rádios de comunicação já disponíveis para a remoção de casos mais graves para os centros urbanos. Quinto, um programa de auxílio financeiro emergencial, nos moldes do que vem sendo ofertado para as populações pobres urbanas. Esse programa deve ser complementado pelo envio de gêneros de primeira necessidade (sal, açúcar, combustível etc.) para diminuir o fluxo de pessoas entre as populações da floresta e as áreas urbanas.

A boa notícia é que algumas das ações elencadas acima já começam a ser colocadas em prática no Amazonas. Entretanto, é essencial ampliar o engajamento de outros atores e mobilizar recursos adicionais para enfrentar um desafio dessa magnitude.

Vale lembrar que devemos a essas populações um reconhecimento pelos serviços ambientais (regime de chuvas, mitigação da mudança climática, conservação da biodiversidade, entre outros), que são essenciais para a produção agropecuária, geração de energia elétrica e abastecimento urbano de água em quase todo o Brasil. É hora de retribuir a esses guardiões da floresta amazônica um pouco dos benefícios que eles têm gerado para todo o Brasil e o planeta.

Nesse caso, assim como na agenda de desmatamento e queimadas, é mais inteligente prevenir do que remediar. Não devemos esperar que a tragédia vire manchete de jornal para agir. Aí será tarde demais para proteger as populações que cuidam do mais importante patrimônio para o futuro do Brasil: a Amazônia.

Virgilio Viana é engenheiro florestal pela ESALQ, Ph.D. pela Universidade de Harvard, ex-secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas e Superintendente Geral da Fundação Amazonas Sustentável.

Foto: Bruno Kelly

Crianças yanomami em Roraima, em abril de 2016.BRUNO KELLY / REUTERS

Originalmente publicado em El País Brasil, em 10/04/2020
https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-04-10/falem-dos-indigenas-da-amazonia-para-nao-serem-lembrados-apos-uma-tragedia-que-pode-ser-evitada.html

Coronavírus: aliança solidária em prol de ações pelas populações tradicionais e povos indígenas do Amazonas

A Aliança dos povos indígenas e populações tradicionais e organizações parceiras do Amazonas para o enfrentamento do coronavírus, articulada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com universidades, instituições públicas, empresas e organizações da sociedade civil, irá disseminar informações, arrecadar recursos e equipamentos de saúde e apoiar a distribuição de produtos de assistência básica.

Em grandes centros urbanos há excesso de informação e também, desinformação. Mesmo assim, as dificuldades de atendimento e prevenção ao novo coronavírus já são imensas. Agora, imagine as populações tradicionais e comunidades ribeirinhas da Amazônia onde a disponibilidade de internet e o acesso a serviços públicos é quase inexistente. Imagine também locais onde não há médicos, nem enfermeiros, e o deslocamento até a cidade mais próxima pode demorar vários dias. Essa é a realidade que muitas vezes é esquecida e a prioridade da rede interinstitucional.

O objetivo da Aliança é disseminar e estimular a adoção de boas práticas para reduzir os riscos de contágio, oferecer produtos básicos para 19 mil famílias (rurais e urbanas) e estabelecer condições mínimas de atendimento remoto e transporte de pacientes graves. Segundo o Superintendente Geral da FAS, Virgílio Viana, a prioridade é atender essas especificidades de populações tradicionais e povos indígenas que se situam em locais distantes dos centros urbanos e que possuem alta vulnerabilidade do coronavírus.

“Essas populações são as mais vulneráveis por conta da logística desafiadora existente no interior do estado. Se na cidade o sistema de saúde não supre a necessidade, no interior o alcance é irrisório. Se nas cidades o atendimento é difícil, no interior as distâncias e a falta de acesso à informação faz com que estas populações estejam ainda mais em risco”, explicou Viana.

A ação é coordenada pela FAS, em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação de Medicina Tropical (FMT), Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Prefeituras municipais e Associações locais.

A vulnerabilidade das populações tradicionais da Amazônia ocorre em decorrência da dificuldade de acesso a informação segura (muitas áreas não possuem escolas, acesso à internet ou ainda, energia elétrica), e o aumento dos casos pode se dar também pelo baixo acesso a água potável para higienização e maior dificuldade logística.

Há risco de migração desordenada das comunidades para as sedes municipais, sobrecarregando os sistemas municipais de saúde, além do risco de pessoas das áreas urbanas migrarem para comunidades isoladas em busca de fugir da contaminação em suas cidades.

Sobre a governança

A governança da Aliança dos povos indígenas e populações tradicionais e organizações parceiras do Amazonas para o enfrentamento do coronavírus tem como coordenação executiva, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e conta com instituições, secretarias de Estado e universidades na gestão de três comitês:

  • Comitê de levantamento de demandas relacionadas aos públicos

Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS)

Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn)

Associações locais.

  • Comitê de operação técnica e institucional de diagnóstico e atendimento

Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), Fundação Nacional do Índio (Funai)

Secretaria de Estado de Saúde (SUSAM)

  • Comitê de treinamento e capacitação de profissionais de saúde no interior

Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati)

Na estratégia de comunicação, a FAS e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema) produzem spots, cartazes e material para ser divulgado por whatsApp, visando levar informações e instruções para a prevenção ao contágio. A FAS também está colocando à disposição sua infraestrutura: são 92 ambulanchas espalhadas pelo estado e 161 rádios VHF para facilitar a comunicação com áreas isoladas. Sachês purificadores para tratamento de água serão distribuídos às comunidades remotas, resultado de uma parceria entre a FAS e a P&G (Procter & Gamble).

Quem está conosco

Secretaria de Estado de Saúde (Susam)

Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema)

Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)

Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS)

Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Fundação de Medicina Tropical (FMT)

Prefeitura do Novo Aripuanã

Prefeitura de Carauari

Prefeitura de Itapiranga

Prefeitura de Nova Olinda do Norte

Associações das RDS Rio Negro, Puranga Conquista, Piagaçu Purus, Rio Madeira, Juma, Mamirauá e Resex do Rio Gregório

Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn)

Como ajudar?

Há várias formas de ajudar a Aliança pelos povos da floresta para enfrentamento ao coronavírus”. Pessoas físicas podem fazer doações pelo link https://www.welight.io/combate-covid-no-am, e pessoas jurídicas podem entrar em contato pelo e-mail corona@fas-amazonas.org. Esses apoios podem ser de qualquer espécie, financeiro ou material.

Virada Sustentável Manaus realiza lives com conteúdo zen, kids e cultural no Instagram

Para levar cultura, bem-estar e positividade para a população durante o período de isolamento social, a Virada Sustentável Manaus começa, nesta quinta-feira (2), uma maratona de lives em seu perfil no Instagram (@viradasustentavelmanaus). A iniciativa faz parte do projeto  #EuViroManausdeCasa, que visa incentivar o público a utilizar os dias de quarentena para refletir sobre como reforçar as redes de transformação e impacto social existentes na cidade.

Maior festival de sustentabilidade da América Latina, a Virada Sustentável Manaus é correalizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), com apoio de um Conselho Criativo formado por mais de 50 organizações da sociedade civil que trabalham com ações educativas e socioculturais em prol da promoção de práticas saudáveis e sustentáveis na cidade. 

Segundo a coordenadora do festival, Paula Gabriel, a proposta das lives é mostrar um pouco do que ocorrerá na sexta edição da mobilização, marcada para o segundo semestre do ano. “Estamos vivendo um momento de transformação e é muito importante que movimentos como a Virada se fortaleçam e sejam porta-vozes de iniciativas positivas, que inspirem a sociedade a pensar na coletividade. O #EuViroManausdeCasa é uma maneira de ajudar as pessoas a se conectarem e se ajudarem enquanto mantêm a distância necessária neste período de prevenção”, explica.

As transmissões ao vivo ocorrerão toda quinta-feira, em três horários, reunindo alguns dos artistas e projetos que estão envolvidos no festival para compartilhar suas ações e também realizar apresentações culturais. 

A primeira live do dia será realizada às 8h, horário de Manaus, sempre com uma atividade zen, estimulando o relaxamento, autoconhecimento e harmonia para começar a rotina. A partir das 11h será a vez do público infantil, que poderá se divertir e aprender sobre temas diversos através de atividades lúdicas. Para encerrar, às 19h, uma atração cultural assumirá o perfil da Virada Sustentável Manaus promovendo a experiência de um show em casa. 

*Programação*

A programação desta quinta-feira (2) começará com uma meditação para quem quer iniciar o dia mais leve e conectado com o seu ser. A atividade será conduzida pela coordenadora do festival, Paula Gabriel, que também fará uma partilha sobre a importância do autocuidado na quarentena. 

A live kids terá a participação da cantora e compositora Lorena Pisque, que interpretará no ukulele músicas autorais com temática infantil. E, à noite, o público poderá se divertir com a apresentação musical do vocalista e guitarrista da banda Vultos Viscerais, Thiago Smoker. 

Na próxima semana, a primeira transmissão ao vivo será com a instrutora de yoga Cristine Rescarolli, que promoverá uma aula de yoga postural. A prática tem a finalidade de fortalecer e alongar os músculos, especialmente neste período com pessoas passando muito tempo no computador e no celular em casa. 

Já o público infantil poderá conferir a live “Espaço Curupira Online”, na qual a analista de educação ambiental da FAS, Kelly Souza, promoverá atividades lúdicas sobre a preservação da fauna amazônica, entre elas, criação de desenhos de animais da região, contação de histórias e conscientização sobre a destinação correta de resíduos. 

*Confira o cronograma:*

*Quinta-feira (2)*

8h – Zen – Meditação e partilha sobre a importância do autocuidado na quarentena (Paula Gabriel)

11h – Kids – Show com músicas autorais infantis (Lorena Pisque)

19h – Cultural – Show de Thiago Smoker

*Quinta-feira (9)*

8h – Zen – Prática de yoga postural (Cristine Rescarolli)

11h – Kids – Espaço Curupira Online (Kelly Souza)

19h – Cultural – Atração musical a definir

Congresso da Juventude da Floresta reuniu 300 jovens ribeirinhos

O evento promovido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) aconteceu na RDS Uacari, na zona rural do município de Carauari, à 788 kms de Manaus para discutir políticas públicas na Amazônia.

A primeira edição do Congresso da Juventude da Floresta realizada nos dias 13, 14 e 15 de março, marcou o início de uma história inédita para os povos tradicionais da Floresta. Foram três dias de imersão no Núcleo de Conservação e Apoio ao Empreendedorismo Sustentável (NCAES) Pe.João Derickx, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, médio Juruá.

O objetivo do evento, idealizado pelo Programa de Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinhas na Amazônia (Dicara), foi reunir os jovens para debater problemáticas atuais envolvendo mudanças do clima,  envolvimento sustentável, economia da floresta e políticas públicas para a juventude ribeirinha. A programação contou com mesas de discussões com especialistas, com a apresentação dos jovens de cada município participante sobre sua realidade local, roda de conversa com lideranças veteranas, debate sobre políticas sociais e dinâmicas estilo carrossel com temáticas fixas. 

Os assuntos trabalhados em grupos foram: educação diferenciada; economia da floresta e empreendedorismo; infraestrutura comunitária; empoderamento social; cidadania; esporte cultura e lazer; segurança pública e saúde. Nos grupos os jovens sugeriram soluções e alternativas que contribuem com a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas. As trocas de experiências entre as comunidades foi um fator chave para a criação da proposta final, já que a maioria vive em lugares remotos com realidades diferentes.

Jaíze, por exemplo, viajou cerca de 121 horas de barco para chegar ao congresso. Foi uma longa viagem em uma pequena embarcação que saiu da comunidade do Gregório subindo o rio Juruá. 

“Pra mim é um privilégio estar aqui representando a minha comunidade, a minha vontade é voltar e montar um grupo de jovens para repassar tudo o que aprendi aqui, pois quero uma reserva melhor pra mim, meus colegas e minha família.” explicou Jaíze, moradora da comunidade do extremo, resex do rio Gregório.

Ao final do evento os jovens apresentaram em plenária as propostas sugeridas pelos grupos. Um manifesto foi criado para ser enviado em anexo ao documento oficial que será entregue para todas as prefeituras dos municípios envolvidos e o governo do Estado.

No total foram 451 participantes, entre jovens ribeirinhos, lideranças comunitárias e 26 instituições parceiras da FAS envolvendo organizações públicas, municipais, governamentais, associações e centro de pesquisas. Estiveram presentes ainda representantes dos municípios de Eirunepé, Carauari, Uarini, Tefé, Novo Aripuanã, Itapiranga, Maraã Jutaí. E pessoas de outros  estados como do Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e Pará. 

O Congresso da Juventude da Floresta foi realizado através de parcerias com instituições que assim como nós acreditam que o caminho seja cuidar das pessoas que cuidam da floresta. Alguns deles são: Lojas Americanas, Unilever, Vivara, EMS, Raízen, Ball, BIC, Yamaha e EMS.

 

 

Estudantes visitam comunidade ribeirinha para propôr soluções em tecnologias socioambientais

Desenvolver soluções na área da Educação para escolas dos Núcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCS) da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), utilizando como aliada tecnologias socioambientais, levou estudantes do projeto ‘Latin America Practices and Soft Skills for an Innovation Oriented Network (Lapassion)’, nos dias 06 e 07 de março, a conhecer o núcleo Agnello Bittencourt, localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, comunidade Tumbira.

No total, 28 alunos de institutos e universidades da América do Sul e Europa integram o projeto, entre elas: o Instituto Politécnico do Porto – IPP (Portugal); a Universidade de Ciências Aplicadas de Tampere (Finlândia); a Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC); além dos institutos federais brasileiros: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFsul). 

O projeto iniciado em 2018 por instituições nacionais, latino-americanas e europeias em parceria com o IFAM, proporciona o intercâmbio de alunos de ensino superior, orientados por professores e parceiros externos para atuarem em projetos com a metodologia Design Thinking.  Formado por cinco grupos de trabalho com alunos de cursos e países diferentes, os estudantes trabalham durante dez semanas para apresentar uma solução a um desafio proposto por um parceiro externo como a Transire Eletrônicos, Samsung, Caloi, Secretaria de Estado Do Meio Ambiente – (SEMA) e Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

A FAS, parceira da iniciativa, propôs o seguinte desafio: desenvolver soluções na área da Educação para as escolas dos NCS’s utilizando como aliada tecnologias socioambientais. 

Segundo a supervisora da agenda de pesquisa científica da FAS, Liane Lima, os indicadores nacionais de rendimento em educação nas comunidades remotas do Amazonas estão atrelados a falta de métodos e ferramentas que dialoguem com essa realidade, o que é possível ser mudado por meio de tecnologias e parcerias fortes.

“Os núcleos da FAS executam uma importante tarefa na promoção de educação nessas áreas, pois eles servem de apoio ao poder público, levando soluções em educação adaptada às realidades desses locais. Com o desenvolvimento de app e/ou ferramentas, estes irão auxiliar os professores e educadores na inserção de temas regionais em sala de aula, destacando elementos e valores da cultura local, assim como soluções para o desenvolvimento sustentável”, explicou Liane Lima.

Os próximos passos do desafio proposto aos alunos, será o desenvolvimento da ferramenta com a validação da FAS de cada processo durante o período de construção de soluções até o evento de encerramento, onde os alunos irão apresentar as soluções finais.

Sobre o projeto Lapassion 

O Projeto ‘Latin America Practices and Soft Skills for an Innovation Oriented Network – Lapassion’, proporciona o intercâmbio de alunos de ensino superior, orientados por professores e parceiros externos, para atuarem em projetos com a metodologia Design Thinking. O projeto já teve versões no Chile, Uruguai e Brasil (Maranhão e Minas Gerais) e em 2020 terá o LAPASSION Manaus, no período de 02 de março a 08 de maio de 2020, com o tema “Tecnologias socioambientais para a sustentabilidade da Amazônia”.

Amazonas avança na implementação da Política Estadual de Serviços Ambientais

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema) realizaram nesta quarta-feira (11), o seminário “REDD+: Oportunidades para o clima e conservação de florestas no Amazonas”. O objetivo do seminário foi compartilhar as lições aprendidas com a execução do projeto “Regulamentação e Implementação da Lei Estadual de Serviços Ambientais do Amazonas”.

Segundo a gerente do Programa de Soluções Inovadoras (PSI) da FAS, Gabriela Sampaio, o seminário é uma devolutiva para diferentes atores de como foi todo processo de implementação e execução do projeto e como tudo o que foi produzido será comunicado.

“Esse projeto permite a alavancagem de outros projetos para o estado do Amazonas. Temáticas como gênero, salvaguardas, sistema jurisdicional e a regulamentação da lei de serviços ambientais foram desenvolvidas e os resultados e recomendações foram apresentadas durante o seminário.  Os próximos passos do projeto que finda neste ano será encaminhar essas recomendações para a internalização por parte do Estado”, explicou Gabriela.

O seminário compartilhou as lições aprendidas do projeto iniciado no final de 2018 e conduzido pela Sema e FAS, com apoio do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), a Fundação Vitória Amazônica (FVA) e Conservação Internacional (CI-Brasil). O projeto foi financiado pelo edital da “Janela A” do Fundo criado pela Força Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas (GCF-Task Force) e gerido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Para o secretário-executivo da Sema, Luis Henrique Piva, o Amazonas está cumprindo mais uma etapa do planejamento estratégico da implementação da Política Estadual de Serviços Ambientais do Estado do Amazonas, voltada ao bem-estar dos povos tradicionais e originários e vinculada à conservação da floresta amazônica.

“Este momento é muito importante para nós porque estamos apresentando para a sociedade o conjunto de produtos e serviços contratados com recursos de cooperação internacional, desenvolvidos por profissionais com expertise em suas áreas e com participação da sociedade civil na condução de quais resultados se esperava desse produtos. É fundamental essa transparência na comunicação para o alcance do que foi planejado ”, explicou Luis Henrique Piva.

A coordenadora executiva adjunta da Fundação Vitória Amazônica (FVA), Ana Cristina Ramos, explicou que o projeto promoveu avanços da regulamentação da lei, dentre eles, a inclusão da temática de gênero. “A temática de gênero inicialmente não estava proposta na regulamentação da lei, isso foi um grande avanço incluir gênero na discussão e na estratégia. Entretanto, precisamos avançar na discussão da temática de salvaguardas, devido a sua complexidade por envolver diversos grupos”, afirmou Ana Cristina.

Foto: Macarena Mairata

FAS realiza expedição ao Rio Madeira

A iniciativa foi realizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e revelou os desafios de comercialização e de produção de polpas de frutas, óleos vegetais, açaí, chocolate e farinha.

De 04 a 09 de março, uma comitiva interinstitucional, liderada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), percorreu áreas protegidas localizadas na calha do Rio Madeira, no Amazonas.

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) promoveu uma expedição ao Rio Madeira, no sul do estado do Amazonas, para rever e avaliar projetos implantados pela fundação na região. Foram cinco dias de visitas às Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Amapá, Rio Madeira, Juma, Canumã, à Terra Indígena Coatá-Laranjal e comunidades ribeirinhas do entorno dessas áreas protegidas. A comitiva foi composta por 21 pessoas. Além de técnicos da Fundação, participaram da viagem prefeituras de Manicoré, Novo Aripuanã e Nova Olinda do Norte, as Secretarias de Estado do Meio Ambiente e de Educação do Amazonas e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas.

A expedição ao Rio Madeira proporcionou momentos de diálogo e troca de experiências entre a FAS, parceiros, lideranças comunitárias e indígenas e moradores das áreas protegidas. Ao longo de cinco dias, a comitiva ouviu demandas, necessidades e desafios: “Nós queremos que a Fundação nos ajude a ganhar o mercado”, disse a professora Joaceli Veiga, da Comunidade Urucuri, que fica no entorno da RDS Amapá. A comunidade possui uma cozinha comunitária, equipada com recursos do Fundo Amazônia, e vem produzindo biscoito de castanha.

O desafio da comercialização, principalmente para escoamento, se impõe em várias comunidades com vocação para produção de polpas de frutas, óleos vegetais, açaí, chocolate e farinha. De um total de 11 comunidades ribeirinhas e duas comunidades indígenas visitadas, a equipe técnica da FAS visualizou a oportunidade de mais de 50 projetos e ações nas áreas de educação, saúde, empoderamento e geração de renda nas comunidades visitadas. “Estamos aqui para sonhar junto com vocês [comunidades], elaborando projetos e tentado captar recursos para executar os desejos de vocês”, disse Virgílio Viana, superintendente geral da FAS.

Núcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS)

A equipe visitou os núcleos nas comunidades do Abelha e Boa Frente, ambos na RDS do Juma. “A proposta do núcleo é fazer uma educação diferenciada e nós não fazemos isso sozinho. A gente quer construir junto com os parceiros, a comunidade, com os jovens e transformar estes espaços em unidades produtivas aproveitando a vocação da comunidade”, disse Anderson Mattos, gerente do Programa de Educação, Saúde e Cidadania da FAS.

A iniciativa de viabilizar educação por meio dos NCS’s vem sendo realizada no Amazonas desde 2010 pela parceria entre a FAS e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Esta parceria fornece educação relevante para áreas remotas, além de soluções em saúde. Estes projetos possuem o financiamento do Bradesco, Samsung, Petrobras, Rosneft e Lojas Americanas.

Desde 2012, 576 alunos ribeirinhos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, 1º ao 3º ano do ensino médio e do Educação de Jovens e Adultos (EJA) foram atendidos pela iniciativa. “Queremos que os NCS’s se tornem uma escola para pequenos empreendedores. A gente acredita que há uma grande oportunidade para os jovens ganharem dinheiro e permanecer nas suas comunidades”, disse Virgílio Viana.

A visita ao NCS “Samuel Benchimol”, na comunidade Boa Frente, foi acompanhada do prefeito de Novo Aripuanã, Jocione Souza, que avaliou a infraestrutura da comunidade e oportunidades de parcerias com a FAS. “A gente começou a entender a riqueza que a gente tem e que a floresta vale mais em pé do que derrubada. Nós precisamos ter isso aqui preservado para as novas gerações”, disse o prefeito.

Assembleia Geral da Amurdesc

Na tarde de sábado (07), a equipe participou da Assembleia Geral da Associação de Moradores e entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Canumã (Amurdesc). Em pauta, a eleição e a posse da nova diretoria. Emerson de Macedo Moreira foi eleito para o mandato de dois anos e falou sobre a atuação da FAS: “Costumo dizer que nossa comunidade tem uma história antes da chegada da Fundação e depois. Se a gente está tomando água aqui é porque a FAS fez um poço artesiano. Na seca, o rio fica seco e a gente tinha que ir lá em baixo para buscar. Agora não é mais assim”.

A última atividade no domingo (08), foi uma palestra sobre desenvolvimento sustentável para estudantes de biologia e matemática da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Nova Olinda do Norte, Virgílio falou sobre objetivos do desenvolvimento sustentável e de perspectivas de parcerias entre a Fundação e a UEA no município de Nova Olinda do Norte.