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Fundação Amazonas Sustentável discute soluções aos problemas da Amazônia com Hamilton Mourão

Reunião, sugerida pelo deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), abordou a retomada do Fundo Amazônia, soluções para o enfrentamento ao coronavírus e o fortalecimento da Zona Franca de Manaus

O superintende geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgilio Viana, reuniu-se hoje, dia 28, com o vice-presidente Hamilton Mourão para discutir soluções aos problemas da Amazônia e pedir apoio do governo federal nas ações desenvolvidas pela entidade. O deputado federal, Marcelo Ramos, e o superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS, Victor Salviati, também participaram do encontro.

Na reunião, a comitiva fez proposições em relação ao Fundo Amazônia. “É muito importante destravar e fortalecer os projetos apoiados pelo Fundo Amazônia, que incluem órgãos dos governos federal, estaduais e municipais, academia e organizações da sociedade civil. É necessário desenvolver novos projetos estruturantes de combate aos crimes relacionados, direta ou indiretamente, ao desmatamento e queimadas”, afirmou Virgilio Viana.

A Aliança Covid-Amazonas também foi apresentada ao vice-presidente como uma importante estratégia de enfrentamento ao coronavírus no Amazonas. A Aliança reúne 89 instituições que apoiaram financeiramente e com materiais mais de mil comunidades e aldeias em regiões remotas do Amazonas.

A comitiva apresentou uma carta ao vice-presidente que, entre outros assuntos, solicita uma reunião com as organizações da sociedade civil ambientalistas da Amazônia, fazer um debate com o estudo que a FAS preparou sobre Reforma Tributária, sustentabilidade e Zona Franca de Manaus, realizar uma audiência com o Conselho da Amazônia e apoiar o movimento de concepção do projeto “SUS na Floresta”, por meio da Aliança Covid-Amazonas.

“Existe um grande número de organizações do terceiro setor com profundo conhecimento teórico e prático sobre as alternativas mais eficazes e eficientes para vencer esse desafio. Temos forte convicção de que a grande maioria das instituições da sociedade civil comunga da visão de que o desmatamento e as queimadas ilegais são contra o interesse nacional”, argumentou Viana em carta entregue à autoridade.

Outro ponto abordado foi a Zona Franca de Manaus como um instrumento essencial para o combate ao desmatamento e para a descentralização do desenvolvimento econômico.

Confira aqui a íntegra da carta entregue ao vice-presidente.

Foto: Bruno Batista

FAS promove encontro de lideranças com participação de lideranças e Sema

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) promoveu nesta quarta-feira, dia 22 de julho, o 25º Encontro de Lideranças das Unidades de Conservação (UC). O encontro contou com a participação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas e discutiu a promoção de políticas públicas para melhorar a gestão ambiental e a qualidade de vida dentro das áreas protegidas estaduais.

O encontro reuniu líderes comunitários de 13 UC gerenciadas pela Sema, que são contempladas pelo Programa Floresta em Pé, executado pela FAS. O evento reúne, desde 2010, as principais lideranças das comunidades para discutir os avanços e desafios das ações em Unidades de Conservação.

Para a superintendente de Desenvolvimento Sustentável da FAS, Valcléia Solidade, o objetivo do evento é manter o diálogo e a presença – mesmo que virtual – nas comunidades onde a FAS atua. “Também traz um pouco de conforto e segurança e a mensagem é de que as comunidades não estão sozinhas. Os encontros vão acontecer mensalmente fortalecendo a estratégia de articulação e envolvimento das comunidades em nossos projetos, atividades e formações”, afirmou.

“Esta foi uma reunião mediada pela tecnologia, por conta da pandemia, mas ainda assim foi um evento muito proveitoso, pois dá a oportunidade para que a gente converse em conjunto com todos os líderes, apresente os resultados e discuta juntos a implementação das políticas de meio ambiente no nosso estado”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

Durante a reunião, o secretário da Sema conversou com as lideranças sobre as estratégias de atuação do Estado no combate ao desmatamento e queimadas no Amazonas. O evento também serviu para que os comunitários tirassem dúvidas a respeito da gestão ambiental nas áreas protegidas.

“Nós mostramos um panorama do desmatamento de toda a Amazônia Legal, mostrando as contribuições do Amazonas e ressaltando o papel das Unidades de Conservação do estado na proteção das florestas. Foi importante ouvir as percepções dos comunitários para que a gente consiga tomar decisões no sentido de continuar o fortalecimento desses territórios”, pontuou.

Participaram do encontro desta quarta-feira lideranças das Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, Amanã, Catuá-Ipixuna, Uatumã, Canumã, Piagaçu-Purus, Juma, Rio Madeira e Rio Amapá, além de representantes da Reserva Extrativista (Resex) Rio Gregório e da Floresta Estadual de Maués.

Texto: Assessoria de Comunicação da Sema.

Webinar discute os direitos de crianças e adolescentes ribeirinhas

O evento virtual reuniu especialistas da área de educação e primeira infância para debater os avanços do estatuto na região

Em comemoração aos 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi realizado nesta segunda-feira, 20, o webinar “Diálogos sobre a proteção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes no Amazonas”, promovido pelo Programa de Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinha da Amazônia (Dicara) da Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

Cerca 40 pessoas participaram do evento virtual, entre graduandos de serviços social, assistentes sociais e psicólogos. O evento reuniu  especialistas das áreas da educação como a coordenadora do Projeto Dicara, Fabiana Cunha;  a educadora social da (FAS), Fernanda Cidade;  a analista técnica da primeira infância da  (FAS), Francinete Lima;  a representante Instituto de Assistência à Criança e Adolescente Santo Antônio (Iacas), Amanda Ferreira e a representante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Dra. Iolete Ribeiro. Todo o webinar foi mediado pelo Gerente Programa de Educação, Saúde e Cidadania da  FAS, Anderson Mattos. 

O mês de julho foi marcado pelos 30 anos do ECA, que tem como missão regulamentar os direitos fundamentais previstos na constituição e, assim, garantir os direitos e a proteção integral de todas as crianças e adolescentes. Mesmo tendo passado por grandes avanços no combate ao trabalho infantil  e avançado no campo da  assistência às famílias pobres – promovendo assim uma equiparação social e na escolarização, ainda  existem vários desafios pela frente considerando os desafios existentes na região amazônica.Segundo a doutora em Psicologia pela Universidade de Brasília (UnB), Iolete Ribeiro, é preciso que a sociedade entenda a importância do ECA para que todos possam usufruir das garantias que ele proporciona. 

“Avançamos em alguns aspectos, mas precisamos de muitos diálogos para que a sociedade enxergue o ECA como instrumento de direito e cidadania que é importante para todos”, explicou Iolete. Para a coordenadora do projeto DICARA, Fabiana Cunha, é importante abrir espaços como o webinar para diálogos sobre os direitos da criança e do adolescente, principalmente neste ano, quando o ECA completou 30 anos de atuação e considerando que há muito que se avançar com os temas na região. 

“É preciso celebrar os avanços ao longo da trajetória do ECA, mas também é preciso refletir sobre como o ECA tem garantido a efetivação dos direitos e quais os desafios para sua integral implementação, em especial nas comunidades ribeirinhas. Pensando nisso, dividimos a programação do evento a parte histórica do ECA – cenário das crianças e adolescentes amazonenses – , e apresentação do programa DICARA e o Projeto Primeira Infância Ribeirinha (PIR)”, apontou Cunha. 

 

Sobre o DICARA

O Amazonas enfrenta algumas dificuldades a mais do que outros estados do Brasil, principalmente na questão quando se fala em acesso territorial, às comunidades ribeirinhas e  indígenas e  onde a informação é limitada.  O acesso é demorado, dificultando a garantia dos direitos das crianças e adolescentes dessas localidades.

Pensando nisso, a FAS criou em 2014, o programa DICARA que tem como público crianças e adolescentes de  a 17 anos em comunidades ribeirinhas e bairros periféricos de municípios do interior do Amazonas.  As ações do DICARA estão estruturando nos eixos de Educação, Saúde e Cidadania  que visam a proteção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes, o empoderamento e o desenvolvimento de habilidades e potencialidades já existentes. Como alvo está a melhoria da qualidade de vida de todos os envolvidos.

Jirau da Amazônia registra marca junto ao INPI

Registro garante proteção comercial e jurídica da marca contra a pirataria e uso indevido por parte de terceiros

      O Jirau da Amazônia, projeto lançado em junho de 2019 que por meio de seus produtos leva histórias incríveis de artesãos da floresta para todo Brasil, passou a ter o registro de sua marca junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). A marca Jirau da Amazônia é mais um “case” de sucesso dos projetos de  Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com  B2W Digital, empresa detentora da Americanas.com.

    O registro é resultado do trabalho de construção de credibilidade, reputação e posicionamento da marca Jirau da Amazônia.  É uma conquista que vai assegurar o direito de utilização e exclusividade da marca para os 231 artesãos amazônidas, que vivem em 22 comunidades onde a FAS atua. Isso significa para os artesãos a garantia de proteção comercial e jurídica da marca contra a pirataria e uso indevido por parte de terceiros. 

    Para o coordenador de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da FAS, Wildney Mourão, os beneficiados com titularidade da marca são os artesãos ribeirinhos que terão mais crescimento do valor agregado em seus trabalhos e  irão estar protegidos contra possíveis plágios.

    “Hoje a marca Jirau da Amazônia consegue proteger e atender os 231 artesãos, empreendedores e produtores que trabalham nas cadeias que a FAS apoia. Todos eles também serão contemplados com tal conquista, a medida que formos lançar um produto no mercado com o selo Jirau da Amazônia. Isso fortalecerá e irá valorar as técnicas tradicionais e cultura que estão na identidade dos produtos amazônicos feitos por amazônidas”, explica Wildney. 

    Os próximos passos, após o registro no Inpi, incluem a construção do selo Jirau da Amazônia que possibilitará abranger mais produtos para serem apoiados pela marca e a franquia social. Isso vai permitirá replicar o projeto em outras comunidades ribeirinhas, atender mais artesãos que queiram integrar o Jirau da Amazônia e, assim, gerar renda por meio do artesanato da Amazônia.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não-governamental sem fins lucrativos que tem por missão promover ações de conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida de populações ribeirinhas e indígenas moradoras de 16 Unidades de Conservação (UC) no Amazonas. 

Tecnologia permite ajudar famílias em comunidade ribeirinhas, indígenas e isoladas no Amazonas, afetadas pela pandemia

Fundação Amazonas Sustentável recebe doações através da plataforma BSocial

Com mais de 40 mil casos de coronavírus e tendo ultrapassado 2 mil mortes pela doença, o Estado do Amazonas vive momento preocupante, com um dos índices mais graves do país na pandemia, que fica ainda pior com a situação das comunidades ribeirinhas, indígenas e isoladas. Os registros apontam mais de 700 indígenas com coronavírus e mais de 100 mortes. Cerca de 1 mil aldeias indígenas seguem em alerta por conta da pandemia. Cercadas por florestas e rios, as comunidades remotas do estado sofrem com acesso limitado à informação e a recursos para higiene, alimentação, medicamentos e serviços de saúde.

A distância criada não apenas pelo isolamento social imposto a grande parte do país, mas também pelas próprias características geográficas em que estão situadas as comunidades, tem sido vencida graças à solidariedade e aos recursos oferecidos pela tecnologia. Mais de 38 mil pessoas de comunidades ribeirinhas, indígenas e isoladas, além de bairros periféricos de Manaus, já foram beneficiadas com as ações da “Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus”, que é coordenada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) com o apoio de 86 instituições, empresas e prefeituras para combater as consequências da pandemia.

A Aliança trabalha fornecendo informações relevantes de prevenção e cuidados com a higiene, alimentos básicos e produtos de higiene que não se encontram facilmente em comunidades ribeirinhas remotas, treinamento para técnicos de saúde, atendimento de telessaúde e transporte fluvial para pacientes em estado críticos. A Plataforma BSocial, que atua como ponte entre doadores e os que necessitam de doação, tem uma sessão chamada Situações Emergenciais. Através dela a Fundação Amazonas Sustentável recebe doações para continuar ajudando as famílias dessas comunidades. “As doações através da plataforma permitem conectar quem pode apoiar e os que mais necessitam, de forma prática e transparente”, avalia Maria Eugenia Duva Gullo, cofundadora e curadora da BSocial.

Estudantes ribeirinhos se reúnem em fórum virtual para discutir retomada das aulas no pós-pandemia

O Fórum Médio Juruá reuniu estudantes, lideranças ribeirinhas organizações da sociedade civil, setor público, privado e terceiro setor

Com o objetivo de discutir sobre a retomada das aulas do curso de Pedagogia do Campo e de como se dará essa volta considerando o “novo normal”, alunos que vivem na comunidade do Bauana, localizado no município de Carauari (a 788 quilômetros de Manaus) se reuniram no 24º reunião do Fórum Médio Juruá (FMJ), realizado em ambiente virtual.

O Fórum Médio Juruá (FMJ), secretariado pela Sitawi Finanças do Bem por meio do Programa Território Médio Juruá (PTMJ) é composto por organizações da sociedade civil, setor público, privado e terceiro setor. Uma das pautas do fórum foi a perspectiva de retorno das aulas do curso de Pedagogia do Campo, curso que possibilita o acesso ao ensino superior em comunidade ribeirinhas.

O anseio de ribeirinhos pelo acesso ao ensino superior sem que tivessem que sair de suas comunidades se tornou realidade por meio da articulação do Programa Território Médio Juruá (PTMJ) onde a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é integrante.

Segundo o coordenador local do Programa Território Médio Juruá, Felipe Pires, o curso foi muito sonhado pelo território Médio Juruá e hoje é realidade na comunidade. Para ele tem sido recompensador ver o esforço dos alunos que participam de forma remota das reuniões e estão ansiosos para a retomada das aulas.

“O que me faz ficar muito feliz é ver os alunos do curso participando de forma remota da discussão. Nas reuniões do fórum eles têm mostrando o anseio de retomar as aulas, falam, opinam e se fazem presentes. Isso para nós é recompensador pois demonstra interesse e o valor que o conhecimento tem para eles”, disse Felipe.

Na reunião do fórum, o superintende geral da FAS, Virgílio Viana e o coordenador do Programa de Educação, Saúde e Cidadania da FAS, apresentaram os cenários para retomada dos projetos de dedicação pós-pandemia. Para Anderson Mattos, o Fórum do Território Médio Juruá é um espaço de escuta qualificada, troca de experiências, apresentação de resultados do trabalho desenvolvido pelas instituições que atuam na região e também na construção de caminhos com as lideranças e movimentos sociais.

“A FAS, na área de educação, tem levado projetos de educação que buscam oferecer aos jovens um ensino contextualizado, relevante, com foco na sustentabilidade e no empreendedorismo, respondendo aos desafios locais. No núcleo João Derickx, comunidade do Bauana, acontece o curso superior de Pedagogia do Campo, em parceria com a UEA e CAPES atendendo 50 estudantes de 20 comunidades. Esses estudantes têm acesso a cursos de qualificação, com vivência da Pedagogia da Alternância”, explicou Anderson.

Sobre a FAS

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não governamental, sem fins lucrativos, criada em 8 de fevereiro de 2008, pelo Banco Bradesco em parceria com o governo do Estado do Amazonas. Posteriormente, passou a contar com o apoio da Coca-Cola Brasil (2009), do Fundo Amazônia (2010) e da Samsung (2010). Tem por missão promover ações de conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida de populações ribeirinhas e indígenas moradoras de 16 Unidades de Conservação (UC) no Amazonas.

Sobre o Programa Território Médio Juruá

O Programa Território Médio Juruá é uma iniciativa focada na região do Médio Juruá, no município de Carauari, no estado do Amazonas. O programa é financiado pela USAID, Natura e Coca-Cola Brasil, coordenado pela SITAWI, e realizado em parceria com cinco membros do Fórum do Território Médio Juruá. O objetivo do programa visa a conservação da biodiversidade e a implementação de um Plano de Desenvolvimento Territorial para a região. Neste sentido, envolve uma ampla base de atores para aumentar a escala e o impacto das iniciativas de conservação e de desenvolvimento social, ambiental e econômica.

Editais visam valorizar iniciativas de enfrentamento ao Coronavírus

As iniciativas dividem-se em 3 editais com inscrições abertas até os dias 8 e 17 de julho

 A Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com o Instituto Amigos da Amazônia (iIAMA), a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia) e a Coordenadoria das Organizações para da Bacia Amazônica (COICA), publicou três editais que buscam propostas para apoiar projetos voltados ao enfrentamento da Covid-19 na região da bacia Amazônica.

O primeiro edital oferece um financiamento de até R$ 25 mil para dois projetos de Pesquisa & Desenvolvimento & Inovação selecionados. Podem participar da chamada universidades, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil filiadas à rede SDSN Amazônia, na qual a secretaria executiva é realizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS). A iniciativa busca projetos nos nove países da Bacia Amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.

Os interessados podem realizar a submissão de propostas até o dia 8 de julho, por meio do link: bit.ly/financ2020. A divulgação do resultado da chamada com o anúncio dos dois projetos selecionados será feita no dia 17 de julho. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail: info@sdsn-amazonia.com. Confira o edital

O segundo edital visa financiar projetos nas comunidades atendidas pelo Programa Floresta em Pé (PFP) que atuem no combate ao Covid-19. Serão selecionados oito projetos no valor total R$ 15 mil por proposta e podem participar da chamada associações comunitárias que fazem parte do Programa Floresta em Pé.

Os interessados podem inscrever suas propostas até o dia 17 de julho. O resultado será anunciado no dia 31/07. O formulário detalhado do projeto deve ser enviado por e-mail para editais.iama@gmail.com até o dia 17 de julho. Confira o formulário de inscrição, o formulário financeiro e o edital.

O terceiro edital tem como objetivo principal subsidiar plano de ação projetos de planos de vida territorial para o enfrentamento da Covid-19 para as organizações indígenas nacionais e comunidades da COICA. Podem participar organizações indígenas e povos indígenas da estrutura da COICA: organizações nacionais, regionais e comunidades nativas afiliadas a Coordenadoria das Organizações para da Bacia Amazônica (COICA). A iniciativa busca projetos nos nove países da Bacia Amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.

O edital financiará três projetos no valor total de R$ 30 mil por proposta. O resultado também será anunciado no dia 31/07. O formulário detalhado do projeto deve ser enviado por e-mail para editais.iama@gmail.com até o dia 17 de julho. Confira o edital.

Serão apoiados os gastos essenciais para a execução bem-sucedida do projeto, que devem ser justificados no orçamento financeiro com base nos objetivos, atividades, metas e resultados a serem alcançados. 

Energia limpa e acessível: FAS implementa em sua sede o uso de energia solar

A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) leva a ‘sustentabilidade’ em seu nome, missão e propósito de vida para todos seus beneficiários. Como forma de pôr em prática a energia sustentável – que é um dos ODS da ONU ( ODS 7- Energia limpa e acessível), difundir o uso de energias limpas na região, contribuir com o cumprimento dos acordos climáticos e promover a descentralização, descarbonização e digitalização da transformação de energia no Brasil, a FAS adotou, no último mês, o uso de energia solar em sua sede em Manaus, Amazonas.

Após intensa pesquisa, seguido de um processo de decisão, foi iniciado a implementação do projeto de geração de energia distribuída na sede de Manaus. O sistema consiste em captar energia solar por painéis fotovoltaicos, com capacidade de geração de 214 KwP suprindo as necessidades diárias de energia.

O sistema gera energia durante o dia e, à noite, e em dias sem expediente de trabalho ou eventos, o excedente de geração de energia solar não utilizado é devolvido para a concessionária de eletricidade local, diretamente para a rede de distribuição. No total, foram instalados 520 painéis solares.

Para o superintendente administrativo financeiro da FAS, Luiz Villares, os benefícios proporcionados por essa escolha serão vistos na redução do custo de energia, na contribuição com o meio ambiente e também, irá preparar a instituição para o “novo normal”, resultado das transformações já vistas com a pandemia do novo coronavírus.

“A economia estimada é de 85% em nosso custo de energia – só não será 100% porque há uma parcela de custo obrigatória a se pagar para a concessionária local, por força de contrato e lei. Estamos revendo nosso padrão de consumo para os próximos tempos, elevando também nosso padrão de edificação sustentável, com alta aderência ao nosso nome e missão e também com significativa redução do consumo de energia. Esperamos um menor consumo futuro em relação aos anos anteriores e nos prepararmos ao “novo normal” que viveremos pós pandemia coronavírus”, explicou Villares.

Todos os investimentos necessários para a implementação do projeto foram aprovados pelo Conselho de Administração da FAS com uso de recursos de nosso fundo financeiro próprio. Segundo Villares, a previsão de recuperação do investimento está entre quatro e cinco anos, a depender do consumo de energia nos próximos anos.

Lideranças ribeirinhas debatem soluções para enfrentar a Covid-19 em encontro virtual

XXIV Encontro de Lideranças foi realizado pela primeira vez de forma virtual reunindo lideranças ribeirinhas do Amazonas

É sabido que o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impactou a sociedade como um todo, desde a economia até no modo como nos relacionamos. Mas e os ribeirinhos, que vivem distante das áreas urbanas, como eles foram impactados? Buscar ouvi-los e pensar em soluções para frear os impactos da pandemia nessas localidades, foram os objetivos do XXIV Encontro de Lideranças, realizado nesta sexta-feira (19), pela primeira vez via plataforma de videoconferência, com a participação de cerca de 30 lideranças de comunidades ribeirinhas de 27 municípios do Amazonas.

Todos os anos, o Encontro de Lideranças, um evento promovido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e seus parceiros, reúne lideranças ribeirinhas de comunidades localizadas em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas. O objetivo é discutir desafios e soluções que atendam as necessidades enfrentadas nessas comunidades, melhorem a qualidade de vida de ribeirinhos e diminuam o desmatamento nessas localidades.

Este ano, além das pautas habituais, os impactos do novo coronavírus nas comunidades foram debatidos pelas lideranças de comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, RDS Mamirauá, RDS Amanã, Resex do Rio Gregório, RDS Rio Negro, Floresta de Maués, Resex Catuá Ipixuna, RDS do Rio Madeira, RDS Piagaçu Purus, RDS de Uacari e RDS Canumã. Além dos males causados pela doença na saúde física e mental, a paralisação de atividades de geração de renda, a desinformação, o encarecimento dos preços dos alimentos e a falta de EPIs (equipamento de proteção individual) para redução do contágio de Covid-19 foram apontados pelas lideranças.

Segundo Andreane Sena, liderança na Resex Catuá Ipixuna, a 424 km de Manaus, a falta de EPIs (equipamento de proteção individual) e a desinformação promovida pelas fakes news promoveram o avanço da doença na comunidade onde vive. “Os ACS (Agentes Comunitários de Saúde) enfrentam dificuldades para visitar as famílias. A falta de EPIs também é outra dificuldade, pois têm comunidades que não receberam nem máscaras. Pra piorar, muitas famílias se recusam a receber os ACS por medo”, contou.

Outro ponto levantado no encontro, foi o custo dos alimentos que aumentam com a pandemia. “As pessoas estão usando a pandemia para se dar bem. Tudo está mais caro. Hoje, o preço do litro de óleo de soja está R$ 7,00. Nunca nós pagamos esse preço.Cabe as pessoas se conscientizarem”, afirmou Raimundo Rodrigues, liderança na RDS Mamirauá.

Ações pelas populações tradicionais

Com o avanço da Covid-19 em Manaus, a FAS em parceria com universidades, instituições públicas, empresas e organizações da sociedade civil, criou a Aliança dos povos indígenas e populações tradicionais e organizações parceiras do Amazonas para o enfrentamento do coronavírus para disseminar informações, arrecadar recursos e equipamentos de saúde e apoiar a distribuição de produtos de assistência básica.

Os eixos de atuação da aliança e a programação da ações em todas as comunidades das 16 UCs onde a FAS atua, foram apresentados pelo superintendente geral da FAS, Virgílio Viana. “A atuação da aliança nas comunidades contempla desde a redução do contágio até o pós-calamidade. Pensamos em tudo para que as populações ribeirinhas não se sintam abandonadas. Tivemos que nos reinventar e replanejar todos os projetos. Criamos um novo programa, ‘Covid’, para atender da melhor forma todos os comunitários neste momento tão desafiador”, explicou Viana.

Momento histórico

Para o gerente do Programa Floresta em Pé (PFP), Edvaldo Corrêa, organizar um evento dessa proporção foi desafiador, exigiu muito planejamento e empenho da equipe envolvida, mas permitiu o surgimento de novas possibilidades. “O desafio foi grande, conseguir conectar via internet várias lideranças comunitárias das 16 unidades de conservação da Amazônia profunda distribuída nos 27 municípios no estado do Amazonas para nós foi histórico! Foram meses de planejamento, fizemos vários testes para identificar qual a melhor tecnologia a ser utilizada e por fim, vimos que conseguimos ”, disse Edvaldo. O evento pode ser realizado com apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Bradesco e Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Floresta em Pé

O Programa Floresta em Pé (PFP) implementa a política pública Bolsa Floresta em 16 Unidades de Conservação (UC), em cooperação técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), com objetivo de recompensar populações tradicionais, ribeirinhas e indígenas, que vivem dentro das áreas de floresta pelos serviços prestados em favor da conservação ambiental.

Parceria entre FAS e Ramo Sistemas Digitais resulta na melhoria da gestão de empreendimento comunitário

Sistema de gerenciamento de pequenos negócios foi implantado na Empresa de Base Comunitária do município de Carauari, que tem assessoria da Fundação Amazonas Sustentável (FAS)

A produção ribeirinha sustentável já é uma realidade e tem trazido muitos benefícios para as comunidades do interior do Amazonas. Um exemplo é a Empresa de Base Comunitária (EBC) da comunidade Bauana, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari, que fica no município de Carauari.
O negócio é liderado por jovens ribeirinhos empreendedores que, com uma ideia na cabeça e um sonho no coração, produzem óleos vegetais no interior. A iniciativa já comercializa para grandes empresas como a Natura e beneficia mais de 32 comunidades. “Menino dos óleos” é um dos empreendimentos incubados na FAS e extraem o óleo de andiroba famoso por seu poderoso ativo natural anti-inflamatório.
Para profissionalizar a gestão, a FAS firmou uma parceria, em 2019, com a Ramos Sistemas Digitais para implantação do SAP Business One na EBC Bauana. O software permite o gerenciamento de negócios e foi criado exclusivamente para pequenas e médias empresas, permitindo a automatização de funções administrativas básicas.
“Antes da implantação do sistema, a EBC Bauana registrava suas informações no caderno ou no excel. Após a implantação do sistema, os empreendedores conseguem visualizar, em um único ambiente digital de gestão, o conjunto de informações do empreendimento”, disse Wildney Mourão, coordenador de Empreendedorismo e Negócios Sustentável da FAS.
Em 2020, a EBC Bauana já produziu mais de três toneladas de óleo de andiroba, quantidade igual a produção total do ano de 2019. A meta este ano é produzir e vender cerca de dez toneladas de óleo de andiroba e cinco toneladas de manteiga de murumuru processado. “A prova de que os conhecimentos tradicionais associados com tecnologia podem ir muito mais longe”, afirmou Wildney.

Texto/Imagem: Debora Holanda