Alunos de escolas pUblicas de vários estados do Brasil visitaram a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro (74km de Manaus) na Ultima semana, para conhecer iniciativas da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em comunidades ribeirinhas. A excursão foi composta por 18 estudantes e professores vencedores do concurso “Descobrindo a Amazônia”, promovido pelo Itamaraty, que coletou vídeos sobre o tema em instituições de ensino do país entre outubro e novembro de 2015.
Os estudantes conheceram o NUcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS) Agnello Bittencourt Uchôa, na Comunidade Tumbira, que oferece ensino fundamental, médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA) para cerca de 60 alunos de comunidades do baixo Rio Negro. O espaço oferece salas de aula, biblioteca, laboratório de informática e alojamento para professores e alunos, como base para diversos projetos da FAS na região.
“Essa experiência tem sido muito inovadora, fez eu renovar minha percepção sobre educação na Amazônia. Tem sido muito bom conhecer pessoas novas, culturas novas, adquirindo conhecimentos fora da sala de aula, saindo da parte urbana e mudando minha opinião sobre outros lugares”, conta Suemylly Pereira Sousa, vencedora de Palmas-TO.
A ideia do concurso foi abordar nas escolas brasileiras a relevância e a riqueza da Amazônia, com enfoque no tema “Água: conexão entre povos e cooperação regional para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”. As escolas participantes desenvolveram oficinas e debates em sala de aula, e a partir de vídeos, as melhores ideias e seus respectivos autores foram selecionadas. Foram escolhidos alunos do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais e Porto Alegre. 
“Estou achando essa experiência de ficar na comunidade muito legal. Nunca tinha visto uma comunidade em que vivem todos juntos, bonita e bem cuidada. Conhecer as pessoas, a floresta, os animais que vivem aqui, tudo tem sido legal, por ser tudo muito bonito e as pessoas unidas”, relata Rodrigo Costa Arimateia, 12, que veio de Rio Branco-AC.
Para o professor Genildo Alves da Silva, de Rio Branco-AC, a visita mostra que é possível estabelecer uma harmonia entre homem e natureza, contando também com o comprometimento das instituições que atuam na região.
“Mesmo sendo da Amazônia, ainda não tinha vivenciado algo desse tipo, vendo que é possível vivermos aqui sem destruir. Estamos muito admirados, às vezes tem instituições que geralmente a gente critica e diz que não funciona, mas na verdade, são sérias e preocupadas com o meio ambiente”, destaca.

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