A aldeia Kambeba localizada na comunidade Três Unidos, Ãrea de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, recebeu neste domingo (16) uma missa com apresentação da EncÃclica do Papa Francisco ‘Laudato Si’, carta que destaca as mudanças climáticas e pede atenção com urgência para a conservação da Amazônia. O evento foi promovido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), e contou com a participação do Monsenhor Marcelo Sanchez Sorondo, chanceler da PontifÃcia Academia de Ciências Sociais do Vaticano.
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A missa foi realizada em uma capela à s margens do Rio Cueiras, que banha a aldeia indÃgena. Cerca de 100 pessoas de diferentes comunidades do Rio Negro foram à tribo para o encontro.
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A EncÃclica ‘Laudato Si’ (Louvado Seja), lançada em junho deste ano, é o primeiro documento da Igreja Católica que trata de questões ambientais. A carta é direcionada a todas as pessoas do planeta. Na missa, lideranças da Igreja no Brasil, América Latina e o representante levaram a mensagem do Papa aos comunitários.
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Na homilia, o representante do Vaticano destacou ainda a injustiça social como um dos males para a chamada “casa comum”. “Ã? preciso mudar a nossa maneira de agir. A essência do problema são os combustÃveis fósseis usados pela sociedade. Ainda assim, as mudanças climáticas e o aquecimento global atingem mais os povos, como o daqui, que contribuem menos para o problema global, por usarem poucos combustÃveis fósseis”, afirmou o monsenhor Marcelo Sorondo Sanchez.
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Para o superintendente-geral da FAS, Virgilio Viana, levar a mensagem do Papa à s comunidades ribeirinhas é essencial. “Na comunidade Três Unidos e em outras comunidades da região, temos centenas de guardiões da floresta. Ã? um momento de agradecer a essas pessoas que cuidaram e vêm cuidando da floresta. O ato de lançar parte da encÃclica no Amazonas é um ato singelo, mas é muito simbólico”, declarou.
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O lÃder da comunidade, tuxaua Valdemir Triukuxuri, agradeceu a presença dos representantes da Igreja. “A Amazônia é nossa mãe. Dela que recebemos esse ar, água, tudo que temos. Como o Papa disse, nós homens somos os destruidores da Amazônia, da nossa mãe, mas podemos melhorar, ter um novo renascer, e cuidar bem da nossa mãe Amazônia”, afirmou.
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A atriz e ativista ambiental, Christiane Torloni, também participou da cerimônia. Representante da ONG Amazônia Para Sempre, a atriz destacou que a mensagem da EncÃclica deve ser lida por todos, até os não-católicos. “A encÃclica é um antÃdoto que chegou para nós, independentemente de religião e credo que as pessoas tenham. Ã? um estÃmulo para que possamos fazer algo e para quem está fazendo é um sopro de esperança também. O tempo dirá que a encÃclica é um dos livros mais importantes”, disse.